A Inflação fechou 2020 com alta de 4,52%, a maior desde 2016 (6,29%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o índice do ano ficou acima do centro meta, definido pelo Conselho Monetário Nacional, que era de 4,0%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%). Em 2019, a inflação foi de 4,31%.
No ano passado, a alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas pesou no bolso dos brasileiros.
Já os Transportes, segundo maior peso na composição do indicador, fecharam o ano com alta de 1,03%.
Pedro Kislanov observa que, no mês, todos os grupos pesquisados tiveram alta, mas o destaque ficou com habitação (2,88%), devido ao aumento de 9,34% na energia elétrica. “Em dezembro, passou a vigorar no país a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Além disso, houve reajustes tarifários em Rio Branco e Porto Alegre”, explica.
A segunda maior contribuição veio de alimentação e bebidas (1,74%), apesar da desaceleração frente ao mês anterior (2,54%). Houve queda nos preços do tomate (-13,46%) e altas menos intensas nas carnes (3,58%), no arroz (3,84%) e no óleo de soja (4,99%). Por outro lado, os preços das frutas subiram de 2,20% para 6,73%.
Outro destaque foi o grupo transportes (1,36%), com variação próxima a de novembro (1,33%). Os demais ficaram entre o 0,39% de comunicação e o 1,76% de artigos de residência.
Entre os locais pesquisados, a maior inflação de dezembro foi registrada no município de São Luís (2,18%), puxada pela alta de 11,30% no preço das carnes. Já o menor resultado ficou com o município de Aracaju (0,91%), por conta da queda nas mensalidades dos cursos regulares (-0,78%) e nos preços de alguns produtos alimentícios, como o queijo (-6,33%) e o tomate (-6,04%).
INPC fica acima do IPCA - O IBGE também divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação entre as família com menor rendimento, encerrou 2020 com alta de 5,45%, acima dos 4,48% de 2019. Em dezembro, o INPC acelerou para 1,46%, frente a alta de 0,95% registrada em novembro. Foi o maior resultado para o mês de dezembro desde 2002, quando o índice ficou em 2,70%. Em dezembro de 2019, a taxa foi de 1,22%.
Pedro Kislanov observa que INPC ficou acima do IPCA, tanto no acumulado do ano quanto na comparação mensal. “Isso é explicado, em grande medida, pelo peso de alimentação e bebidas na cesta de produtos e serviços das famílias, que é maior no INPC do que no IPCA. Habitação também tem peso maior, especialmente por causa da Energia Elétrica”.
O INPC é calculado com base em famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Já o IPCA abrange famílias que ganham até 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte
A alta dos preços foi generalizada em todas as 16 localidades pesquisadas pelo IBGE em 2020. Campo Grande (6,85%) teve a maior variação do ano, por conta das Carnes e da Gasolina. Em seguida:
- Rio Branco (6,12%).
- Fortaleza (5,74%).
- São Luís (5,71%).
- Recife (5,66%).
- Vitória (5,15%).
- Belo Horizonte (4,99%).
- Belém (4,63%), todas acima da média nacional (4,52%).
Já o menor índice ficou com Brasília (3,40%), onde pesaram as quedas nos preços das Passagens Aéreas (-20,01%), dos Transportes por aplicativo (-18,71%), dos itens de Mobiliário (-7,82%) e de Hospedagem (-6,26%).
Dezembro - O indicador de dezembro, que foi divulgado junto com o acumulado do ano, acelerou para 1,35%, a variação mais intensa desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).
No ano passado, a alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas pesou no bolso dos brasileiros.
O gerente da Pesquisa, Pedro Kislanov, explica que esse crescimento, o maior desde 2002 (19,47%), foi provocado, entre outros fatores, pela demanda por esses produtos, a alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional. Foi um movimento global de alta nos preços dos alimentos, num ano marcado pela pandemia de Covid-19.
Os preços do Óleo de Soja (103,79%) e do Arroz (76,01%) dispararam no acumulado do ano passado. Outros itens importantes na cesta das famílias também tiveram altas expressivas, como o Leite Longa Vida (26,93%), as Frutas (25,40%), as Carnes (17,97%), a Batata-Inglesa (67,27%) e o Tomate (52,76%).
Segundo Kislanov, a Inflação também foi puxada pela Habitação (5,25%), cuja alta foi influenciada pelo aumento da Energia Elétrica (9,14%). Os artigos de Residência também pesaram mais, por conta do efeito dólar sobre os preços dos Eletrodomésticos, Equipamentos e Artigos de TV, Som e Informática. Em conjunto, Alimentação e Bebidas, Habitação e Artigos de Residência responderam por quase 84% da inflação de 2020.
Os preços do Óleo de Soja (103,79%) e do Arroz (76,01%) dispararam no acumulado do ano passado. Outros itens importantes na cesta das famílias também tiveram altas expressivas, como o Leite Longa Vida (26,93%), as Frutas (25,40%), as Carnes (17,97%), a Batata-Inglesa (67,27%) e o Tomate (52,76%).
Segundo Kislanov, a Inflação também foi puxada pela Habitação (5,25%), cuja alta foi influenciada pelo aumento da Energia Elétrica (9,14%). Os artigos de Residência também pesaram mais, por conta do efeito dólar sobre os preços dos Eletrodomésticos, Equipamentos e Artigos de TV, Som e Informática. Em conjunto, Alimentação e Bebidas, Habitação e Artigos de Residência responderam por quase 84% da inflação de 2020.
IPCA - Variação acumulada no ano (%)
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Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Já os Transportes, segundo maior peso na composição do indicador, fecharam o ano com alta de 1,03%.
- Tivemos quedas fortes, em abril e maio, por conta do preço da Gasolina, que fechou o ano em queda (-0,19%), apesar das seis altas consecutivas de junho e dezembro. As passagens aéreas tiveram uma queda de 17,15% no acumulado ano, ajudando a puxar o resultado para baixo”, diz Pedro Kislanov.
O único grupo a apresentar variação negativa, observa o gerente do IPCA, foi Vestuário (-1,13%).
- Por conta do Isolamento Social, as pessoas ficaram mais em casa, o que pode ter diminuído a demanda por roupas. Tivemos quedas em Roupas Femininas (-4,09%) e masculinas (-0,25%) e infantis (-0,13%), calçados e acessórios (-2,14%). A única exceção foram joias e bijuterias (15,48%), por causa da alta do ouro”, explica Pedro Kislanov.
Inflação de dezembro é a maior desde 2003 - Em dezembro, a inflação acelerou para 1,35%, acima da registrada em novembro (0,89%). É a maior variação mensal desde fevereiro de 2003, quando o indicador foi de 1,57%, e o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%). Em dezembro de 2019, a variação havia ficado em 1,15%.
Pedro Kislanov observa que, no mês, todos os grupos pesquisados tiveram alta, mas o destaque ficou com habitação (2,88%), devido ao aumento de 9,34% na energia elétrica. “Em dezembro, passou a vigorar no país a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Além disso, houve reajustes tarifários em Rio Branco e Porto Alegre”, explica.
IPCA - Variação mensal (%)
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Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
A segunda maior contribuição veio de alimentação e bebidas (1,74%), apesar da desaceleração frente ao mês anterior (2,54%). Houve queda nos preços do tomate (-13,46%) e altas menos intensas nas carnes (3,58%), no arroz (3,84%) e no óleo de soja (4,99%). Por outro lado, os preços das frutas subiram de 2,20% para 6,73%.
Outro destaque foi o grupo transportes (1,36%), com variação próxima a de novembro (1,33%). Os demais ficaram entre o 0,39% de comunicação e o 1,76% de artigos de residência.
Entre os locais pesquisados, a maior inflação de dezembro foi registrada no município de São Luís (2,18%), puxada pela alta de 11,30% no preço das carnes. Já o menor resultado ficou com o município de Aracaju (0,91%), por conta da queda nas mensalidades dos cursos regulares (-0,78%) e nos preços de alguns produtos alimentícios, como o queijo (-6,33%) e o tomate (-6,04%).
INPC fica acima do IPCA - O IBGE também divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação entre as família com menor rendimento, encerrou 2020 com alta de 5,45%, acima dos 4,48% de 2019. Em dezembro, o INPC acelerou para 1,46%, frente a alta de 0,95% registrada em novembro. Foi o maior resultado para o mês de dezembro desde 2002, quando o índice ficou em 2,70%. Em dezembro de 2019, a taxa foi de 1,22%.
Pedro Kislanov observa que INPC ficou acima do IPCA, tanto no acumulado do ano quanto na comparação mensal. “Isso é explicado, em grande medida, pelo peso de alimentação e bebidas na cesta de produtos e serviços das famílias, que é maior no INPC do que no IPCA. Habitação também tem peso maior, especialmente por causa da Energia Elétrica”.
O INPC é calculado com base em famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Já o IPCA abrange famílias que ganham até 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte
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