O Monitor do PIB-FGV aponta, na série com ajuste sazonal, crescimento de 0,3% da atividade econômica no segundo trimestre, em comparação ao primeiro trimestre; esta é a sexta taxa positiva consecutiva nesta comparação, conforme apresentado no Gráfico 1, abaixo. Na variação mensal, o crescimento de junho foi de 3,3%, quando comparado a maio que retraiu 2,6%. Na comparação interanual, a atividade econômica cresceu 1,2% no segundo trimestre e 2,4% em junho.
"O crescimento positivo de 0,3% do PIB no segundo trimestre indica que, a despeito dos impactos negativos que a greve dos caminhoneiros ocasionou na economia em maio; estes efeitos foram, em grande parte, revertidos em junho. Mesmo com o trimestre tendo sido encerrado com retrações em segmentos chaves como indústria, formação bruta de capital fixo e exportação, houve crescimento da agropecuária, serviços e consumo das famílias, fazendo com que a economia continue na sua trajetória de lenta retomada", afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
1)Na comparação interanual, conforme já mencionado, a atividade econômica cresceu 1,2% no segundo trimestre. Pela ótica da oferta, embora as atividades de extrativa mineral (-0,6%), construção (-0,5%) e serviços de informação apresentem variações negativas, estes resultados sinalizam uma trajetória de melhora com relação as taxas divulgadas nos trimestres anteriores. Na ótica da demanda, apenas a exportação retraiu, com queda de 2,9%.
2)O consumo das famílias apresentou crescimento de 1,8% no segundo trimestre, na comparação interanual, indicando movimento decrescente após ter crescido 3,1% no trimestre móvel findo em abril. Este resultado positivo teve forte contribuição do consumo de produtos duráveis (1,0 p.p.).
3)A FBCF cresceu 4,1% no segundo trimestre, na comparação interanual, revertendo a redução do crescimento observado em maio, em decorrência da greve. Todos os componentes melhoraram suas contribuições no segundo trimestre comparado aos resultados divulgados no trimestre móvel findo em maio; até mesmo a construção, que ainda está negativa, apresentou a melhor taxa (-1,0%) desde maio de 2014 (-0,9%).
4)A taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 18% no segundo trimestre.
5)A exportação retraiu 2,9% no segundo trimestre, na comparação interanual. Considerando os três grandes setores, apenas a exportação de produtos agropecuários apresentou crescimento (6,7%).
6)A importação cresceu 6,5% no segundo trimestre, na comparação interanual. As maiores contribuições para este resultado foram da importação dos bens de capital (2,7 p.p.) e dos bens intermediários (2,6 p.p.).
7)Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou a cifra de aproximadamente 3 trilhões, 467 bilhões, 157 milhões de Reais no acumulado do ano até junho.
APÊNDICE – NOTA EXPLICATIVA
O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE (Tabelas de Recursos e Usos, até 2015, último ano de divulgação) bem como as informações do PIB-Tri do IBGE, até o último trimestre divulgado (primeiro trimestre de 2018).
O indicador é ajustado ao PIB-Tri do IBGE sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, do PIB-Tri do IBGE. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais.
Assim, as estimativas do Monitor do PIB-FGV antecedem o PIB-Tri do IBGE nos meses em que este é divulgado. E, nos meses em que não há divulgação, o Monitor representa uma excelente antecipação para as tendências do PIB e seus componentes.
O Monitor do PIB-FGV compõe-se de um relatório descrevendo os principais resultados com ilustrações gráficas e de uma tabela Excel com informações de volume, em valores correntes, e a preços de 1995 das 12 atividades econômicas que agrupadas formam os 3 setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Apresenta, ainda, o Valor Adicionado a preços básicos, os impostos sobre os produtos e o PIB e também os componentes do PIB pela ótica da demanda. Outro ponto a ser destacado é que o Monitor torna disponíveis desagregações que não são divulgadas pelo IBGE, mas que são relevantes para um melhor entendimento da absorção doméstica e da demanda externa. As desagregações disponibilizadas pelo Monitor são:
Consumo das Famílias: bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. Adicionalmente eles são classificados em nacionais e importados;
Formação Bruta de Capital Fixo: em máquinas e equipamentos, construção e outros. Para máquinas e equipamentos e outros, há a desagregação entre nacionais e importados;
Exportações e Importações: em produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral, produtos industrializados de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis), produtos industrializados de uso intermediário, bens de capitais e serviços.
São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior, e os valores nominais correntes e a preços de 1995.
"O crescimento positivo de 0,3% do PIB no segundo trimestre indica que, a despeito dos impactos negativos que a greve dos caminhoneiros ocasionou na economia em maio; estes efeitos foram, em grande parte, revertidos em junho. Mesmo com o trimestre tendo sido encerrado com retrações em segmentos chaves como indústria, formação bruta de capital fixo e exportação, houve crescimento da agropecuária, serviços e consumo das famílias, fazendo com que a economia continue na sua trajetória de lenta retomada", afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
1)Na comparação interanual, conforme já mencionado, a atividade econômica cresceu 1,2% no segundo trimestre. Pela ótica da oferta, embora as atividades de extrativa mineral (-0,6%), construção (-0,5%) e serviços de informação apresentem variações negativas, estes resultados sinalizam uma trajetória de melhora com relação as taxas divulgadas nos trimestres anteriores. Na ótica da demanda, apenas a exportação retraiu, com queda de 2,9%.
2)O consumo das famílias apresentou crescimento de 1,8% no segundo trimestre, na comparação interanual, indicando movimento decrescente após ter crescido 3,1% no trimestre móvel findo em abril. Este resultado positivo teve forte contribuição do consumo de produtos duráveis (1,0 p.p.).
3)A FBCF cresceu 4,1% no segundo trimestre, na comparação interanual, revertendo a redução do crescimento observado em maio, em decorrência da greve. Todos os componentes melhoraram suas contribuições no segundo trimestre comparado aos resultados divulgados no trimestre móvel findo em maio; até mesmo a construção, que ainda está negativa, apresentou a melhor taxa (-1,0%) desde maio de 2014 (-0,9%).
4)A taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 18% no segundo trimestre.
5)A exportação retraiu 2,9% no segundo trimestre, na comparação interanual. Considerando os três grandes setores, apenas a exportação de produtos agropecuários apresentou crescimento (6,7%).
6)A importação cresceu 6,5% no segundo trimestre, na comparação interanual. As maiores contribuições para este resultado foram da importação dos bens de capital (2,7 p.p.) e dos bens intermediários (2,6 p.p.).
7)Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou a cifra de aproximadamente 3 trilhões, 467 bilhões, 157 milhões de Reais no acumulado do ano até junho.
APÊNDICE – NOTA EXPLICATIVA
O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE (Tabelas de Recursos e Usos, até 2015, último ano de divulgação) bem como as informações do PIB-Tri do IBGE, até o último trimestre divulgado (primeiro trimestre de 2018).
O indicador é ajustado ao PIB-Tri do IBGE sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, do PIB-Tri do IBGE. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais.
Assim, as estimativas do Monitor do PIB-FGV antecedem o PIB-Tri do IBGE nos meses em que este é divulgado. E, nos meses em que não há divulgação, o Monitor representa uma excelente antecipação para as tendências do PIB e seus componentes.
O Monitor do PIB-FGV compõe-se de um relatório descrevendo os principais resultados com ilustrações gráficas e de uma tabela Excel com informações de volume, em valores correntes, e a preços de 1995 das 12 atividades econômicas que agrupadas formam os 3 setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Apresenta, ainda, o Valor Adicionado a preços básicos, os impostos sobre os produtos e o PIB e também os componentes do PIB pela ótica da demanda. Outro ponto a ser destacado é que o Monitor torna disponíveis desagregações que não são divulgadas pelo IBGE, mas que são relevantes para um melhor entendimento da absorção doméstica e da demanda externa. As desagregações disponibilizadas pelo Monitor são:
Consumo das Famílias: bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. Adicionalmente eles são classificados em nacionais e importados;
Formação Bruta de Capital Fixo: em máquinas e equipamentos, construção e outros. Para máquinas e equipamentos e outros, há a desagregação entre nacionais e importados;
Exportações e Importações: em produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral, produtos industrializados de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis), produtos industrializados de uso intermediário, bens de capitais e serviços.
São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior, e os valores nominais correntes e a preços de 1995.
Com informações da FGV.
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