O Grupo de Pesquisa Práxis no Jornalismo (PraxisJor), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) e ao Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará, apresentará na próxima quinta-feira (29), às 18 horas, o relatório Arranjos alternativos de jornalismo no Ceará: relações de comunicação e condições de trabalho, que traz os primeiros resultados de uma ampla pesquisa coletiva sobre os modos de produção e trabalho no chamado Jornalismo Independente.
Os dados, análises e reflexões contidos no relatório serão discutidos em uma live aberta ao público, no canal do Curso de Jornalismo da UFC no YouTube. A obra será também lançada em livro durante o 18º Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR 2020), que ocorrerá de forma remota de 3 a 6 de novembro.
O Estudo do PraxisJor é um desdobramento da investigação iniciada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da Universidade de São Paulo (USP), sob coordenação da professora Roseli Fígaro. Na esteira dos estudos do CPCT, os pesquisadores da UFC foram a campo para identificar as relações de comunicação e trabalho jornalístico em arranjos alternativos às grandes corporações de mídia no Ceará.
CONTEXTO – O exercício do jornalismo profissional no Brasil tem enfrentado uma série de adversidades de ordem estrutural, financeira e trabalhista. Estima-se que metade dos municípios brasileiros, muitos deles localizados no interior das regiões Norte e Nordeste, não possuam nenhum veículo de imprensa, caracterizando os chamados desertos de notícias.
Nos centros urbanos, em que se verifica maior variedade de produtos e instituições jornalísticas, as injunções financeiras, sobretudo no tocante à queda de receita e circulação, apontam um cenário de precarização das condições de trabalho dos jornalistas e de escassez de postos de trabalho formais nas redações de grandes veículos jornalísticos.
Em paralelo a esse cenário, muitos jornalistas brasileiros se arranjam em coletivos de trabalho, utilizando plataformas e ferramentas digitais para produzir o jornalismo em que acreditam de modo independente das grandes corporações de mídia.
ACHADOS DA PESQUISA – O estudo local do PraxisJor consistiu no mapeamento de 63 arranjos alternativos de trabalho no jornalismo no Ceará, bem como a coleta e análise de autodeclarações presentes em sites institucionais dessas iniciativas. A maioria dos arranjos se localiza em Fortaleza e funciona por meio de plataformas digitais, como redes sociais, ou com sites próprios na web.
Entre os resultados encontrados estão a presença da regionalidade como um marcador para o trabalho de muitos arranjos cearenses e a centralização de alguns perfis das iniciativas em torno de um autor e de sua trajetória jornalística, caracterizando o que a pesquisa identificou como o fenômeno "autor(a)-arranjo".
O relatório foi redigido e organizado pelos pesquisadores:
Os dados, análises e reflexões contidos no relatório serão discutidos em uma live aberta ao público, no canal do Curso de Jornalismo da UFC no YouTube. A obra será também lançada em livro durante o 18º Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR 2020), que ocorrerá de forma remota de 3 a 6 de novembro.
O Estudo do PraxisJor é um desdobramento da investigação iniciada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da Universidade de São Paulo (USP), sob coordenação da professora Roseli Fígaro. Na esteira dos estudos do CPCT, os pesquisadores da UFC foram a campo para identificar as relações de comunicação e trabalho jornalístico em arranjos alternativos às grandes corporações de mídia no Ceará.
CONTEXTO – O exercício do jornalismo profissional no Brasil tem enfrentado uma série de adversidades de ordem estrutural, financeira e trabalhista. Estima-se que metade dos municípios brasileiros, muitos deles localizados no interior das regiões Norte e Nordeste, não possuam nenhum veículo de imprensa, caracterizando os chamados desertos de notícias.
Nos centros urbanos, em que se verifica maior variedade de produtos e instituições jornalísticas, as injunções financeiras, sobretudo no tocante à queda de receita e circulação, apontam um cenário de precarização das condições de trabalho dos jornalistas e de escassez de postos de trabalho formais nas redações de grandes veículos jornalísticos.
Em paralelo a esse cenário, muitos jornalistas brasileiros se arranjam em coletivos de trabalho, utilizando plataformas e ferramentas digitais para produzir o jornalismo em que acreditam de modo independente das grandes corporações de mídia.
ACHADOS DA PESQUISA – O estudo local do PraxisJor consistiu no mapeamento de 63 arranjos alternativos de trabalho no jornalismo no Ceará, bem como a coleta e análise de autodeclarações presentes em sites institucionais dessas iniciativas. A maioria dos arranjos se localiza em Fortaleza e funciona por meio de plataformas digitais, como redes sociais, ou com sites próprios na web.
Entre os resultados encontrados estão a presença da regionalidade como um marcador para o trabalho de muitos arranjos cearenses e a centralização de alguns perfis das iniciativas em torno de um autor e de sua trajetória jornalística, caracterizando o que a pesquisa identificou como o fenômeno "autor(a)-arranjo".
O relatório foi redigido e organizado pelos pesquisadores:
- Rafael Costa, professor do Curso de Jornalismo da UFC.
- Naiana Rodrigues, professora do Curso de Jornalismo da UFC e pesquisadora do CPCT (ECA-USP).]
- Mayara de Araújo, doutoranda no PPGCOM-UFC.
- Raphaelle Batista, mestranda no PPGCOM-UFC.
- Os demais pesquisadores do PraxisJor colaboraram para a coleta e organização dos dados da pesquisa, sob a coordenação do professor Edgard Patrício, coordenador do PPGCOM-UFC e professor do Curso de Jornalismo da UFC.
Serviço
- Live de apresentação do relatório Arranjos alternativos de jornalismo no Ceará: relações de comunicação e condições de trabalho – Fase 1
- Quinta (29), às 18 horas
- canal do Curso de Jornalismo da UFC no YouTube
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