Com o olhar atento às mãos que produzem dentro de casa, as jovens artesãs encontram no ofício da família inspiração para seus próprios caminhos.
Trabalhando a criatividade, o afeto e a história de suas localidades, elas ajudam a construir uma trajetória de fortalecimento do feito à mão enquanto colaboram com a Geração de Renda em suas casas e regiões.
A manutenção dessa tradição tem o apoio do Governo do Ceará, por meio da Central de Artesanato do Ceará (CeArt), equipamento coordenado pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS).
Bisneta de rendeira, neta de bordadeira e filha de crocheteira, Emily Ferreira, do município de Barro, encontrou no bordado livre a sua paixão.
- O Artesanato é presente na minha vida desde sempre, e vem sendo repassado de mulher para mulher por gerações. Desde pequena eu admirava o bordado, e durante uma viagem, para ocupar a cabeça e presentear uma pessoa querida, decidi produzir minha primeira peça”, destaca Emily Ferreira.
Mesmo estudando Enfermagem atualmente, a jovem garante que pretende manter a produção do Artesanato, continuando a tradição da Família.
Nesse processo de Encontro com o bordado, Emily Ferreira buscou se profissionalizar. Aos 18 anos, ela se cadastrou na CeArt do Cariri para aproveitar as possibilidades de capacitação e canais de comercialização.
- Como minha mãe está à frente de uma associação de artesãos, eu já participei de feiras, vi a realização de cursos e enxerguei na Central uma oportunidade de reconhecimento e desenvolvimento do meu trabalho como artesã com vários benefícios”, conta Emily Ferreira.
Em Lavras da Mangabeira, o Artesanato também passou de geração em geração, ainda que explorando novas tipologias, com Helena Teles, de 17 anos. Inspirada pelos pais, que trabalham com pintura, a adolescente aprendeu na Internet a produzir os primeiros pontos em Crochê no ano de 2020. Satisfeita com o resultado das primeiras peças, ela começou a vender e procurou a CeArt para obter sua identidade artesanal:
- Meu pai e minha mãe já tinham cadastro ativo e me incentivaram a buscar ser reconhecida. Mostrei meus trabalhos, fiz o teste de habilidade virtual e já recebi a minha identidade”, diz Helena Teles.
Nas Redes Sociais, Helena Teles divulga e vende sousplats, organizadores, tapetes e diversos utilitários através do perfil Nobre Crochê (@nobre.croche) no Instagram.
Os sentimentos envolvidos na produção e o valor social do artesanato são os estímulos para as jovens artesãs desenvolverem seus trabalhos:
- Através de cada peça, contamos histórias de superação, de determinação, de força, de Empoderamento Feminino, de construção de territórios e do estilo de vida de um povo. Além de tudo isso, o Artesanato é uma alternativa sustentável de consumo que valoriza pessoas e comunidades”, destaca Helena Teles.
Para a primeira-dama do Ceará, Onélia Santana, o investimento no capital humano fortalece o trabalho do Setor Artesanal.
- Nosso Artesanato se apresenta como uma das grandes vocações produtivas do Estado, possuindo um elevado potencial de Geração de Trabalho e Renda. Por meio das belíssimas obras dos artesãos estamos disponibilizando para comercialização o que há de melhor do Artesanato Cearense, preservando a tradição e Cultura do nosso povo”, ressalta Onélia Santana.
Por isso, valorizar o desenvolvimento do artesanato na juventude é uma das missões da CeArt para a manutenção das técnicas em todo o Estado:
- Em todas as localidades, o repasse dos ofícios para as gerações presentes e futuras é a forma mais eficaz de manter o artesanato vivo. Ver jovens artesãs e artesãos aprendendo a produzir com suas famílias, além de fortalecer vínculos, estimula de forma significativa a manutenção da Cultura Viva que é o Artesanato”, detalha a titular da SPS, Socorro França.
- Através da realização de cursos nas localidades, e agora na modalidade EaD, dos benefícios fiscais e diversas outras formas de apoio, nós trabalhamos com o objetivo de incentivar o surgimento de novos artesãos e fortalecer o trabalho dos jovens que já desenvolvem o artesanato. Apesar de, muitas vezes, o Artesanato não ser a primeira opção para a geração de renda da juventude, o amor e a dedicação ao ofício são muito importantes para mantê-lo vivo”, explica a coordenadora da CeArt, Patricia Liebmann.
Com informações e fotos da Coordenadoria de Imprensa do Governo do Ceará.
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