Através de Carta 16 dos 27 governadores do Brasil apoiam a Campanha 'Renda Básica que Queremos'. Eis a íntegra da Carta dos Governadores divulgada nesta quarta-feira (24):
- Os governadores dos Estados abaixo assinados apoiam a iniciativa das 300 organizações que compõem a "Campanha Renda Básica que Queremos" e solicitam a adoção das providências necessárias para garantir segurança de renda à população, associada às medidas de distanciamento social, essenciais para serem adotadas neste momento de intenso aumento de casos e mortes decorrentes da Covid-19.
Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de Saúde. O calendário nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentas do que as respostas que precisamos para reverter esse quadro.
Agir contra esse cenário requer Medidas Sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte. Por isso, entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a Vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável.
Por isso, solicitamos ao Congresso Nacional que disponibilize os recursos necessários para o Auxílio Emergencial em níveis que superem os valores noticiados de R$ 150,00, R$ 250,00 e R$ 375,00.
Exatamente há um ano, no início da Pandemia, os Governadores manifestaram-se favoráveis à implantação de uma Renda Básica no País. Hoje, mais do que nunca, é comprovada a sua necessidade, urgência e o impacto que se pode alcançar. Por isso, neste momento, defendemos auxílio emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso de 2020.
Não obstante o exposto acima, os signatários desta carta entendem a importância de o País não se desviar de seu compromisso com a Responsabilidade Fiscal. É importante entender o esforço de mitigação da crise atual para os mais vulneráveis como extraordinário e temporário. Logo à frente precisaremos voltar a uma trajetória de ajustamento fiscal que compatibilize os necessários programas sociais com um financiamento responsável dos mesmos.
Brasília, 24 de março de 2021.
Assinam esta Carta:
- RENAN FILHO (MDB)-Governador do Estado de Alagoas
- WALDEZ GÓES (PDT)-Governador do Estado do Amapá
- RUI COSTA (PT)-Governador do Estado da Bahia
- CAMILO SANTANA (PT)-Governador do Estado do Ceará (foto)
- RENATO CASAGRANDE (PSB)-Governador do Estado do Espírito Santo
- FLÁVIO DINO (PCdoB)-Governador do Estado do Maranhão
- REINALDO AZAMBUJA (PSDB)-Governador do Estado de Mato Grosso do Sul
- HELDER BARBALHO (MDB)-Governador do Estado do Pará
- JOÃO AZEVÊDO (Cidadania)-Governador do Estado da Paraíba
- RATINHO JUNIOR (PSD)-Governador do Estado do Paraná
- PAULO CÂMARA (PSB)-Governador do Estado de Pernambuco
- WELLINGTON DIAS (PT)-Governador do Estado do Piauí
- FÁTIMA BEZERRA (PT)-Governadora do Estado do Rio Grande do Norte
- EDUARDO LEITE (PSDB)-Governador do Estado do Rio Grande do Sul
- JOÃO DORIA (PSDB)-Governador do Estado de São Paulo
- BELIVALDO CHAGAS (PSD)-Governador do Estado de Sergipe
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