A escritora e atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, foi eleita por 32 votos como nova membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), nesta quinta-feira (4 de novembro de 2021). Fernanda Montenegro vai ocupar a Cadeira 17. A posse será em março de 2022.
Senador licenciado Tasso Jereissati (PSDB-Ceará) - Fernanda Montenegro é um ícone da Cultura Brasileira. A imortalidade que agora lhe é conferida, com a sua eleição para ocupar a Cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL), apenas formaliza o que é próprio dos verdadeiros mitos, que se constroem com talento natural, esforço intelectual e compromisso com sua arte e com sua gente.
ABL - A Academia Brasileira de Letras elegeu a nova ocupante da Cadeira 17, na sucessão do Acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, falecido no dia 15 de março de 2020. A vencedora foi a atriz Fernanda Montenegro, que recebeu 32 votos, de 34 votantes (dois votaram em branco). Os ocupantes anteriores da cadeira 17 foram: Sílvio Romero (fundador) – que escolheu como patrono Hipólito da Costa –, Osório Duque-Estrada, Roquette-Pinto, Álvaro Lins e Antônio Houaiss.
Marco Lucchesi - Fernanda Montenegro é um dos grandes ícones da cultura brasileira. Intelectual engajada e sensível leitora do real. Sua presença enriquece os laços profundos da Academia com as artes cênicas. Com ela, adentram luminosos personagens que marcaram gerações, passado, presente e futuro”, declarou o Presidente da ABL, Acadêmico Marco Lucchesi.
A Acadêmica Eleita - Fernanda Montenegro nasceu, em 16 de outubro de 1929, no bairro do Campinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Pisou em um palco, pela primeira vez, aos oito anos de idade para participar de uma peça na igreja. Mas sua estreia oficial no Teatro ocorreu em dezembro de 1950, ao lado do marido Fernando Torres, no espetáculo 3.200 Metros de Altitude, de Julian Luchaire.
Na Tupi, participou, por dois anos, de cerca de 80 peças, exibidas nos programas Retrospectiva do Teatro Universal e Retrospectiva do Teatro Brasileiro. Ganhou o prêmio de Atriz Revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, em 1952, por seu trabalho em Está Lá Fora um Inspetor, de J.B. Priestley, e Loucuras do Imperador, de Paulo Magalhães. Mudou-se para São Paulo em 1954, onde fez parte da Companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).
Com o marido, formou sua própria companhia, o Teatro dos Sete – acompanhada também de Sergio Britto, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli e Alfredo Souto de Almeida. A estreia da Companhia fez sucesso: O Mambembe (1959), de Artur Azevedo, atraiu centenas de espectadores ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1963, estreou na TV Rio, com as novelas Amor Não é Amor e A Morta sem Espelho, ambas de Nelson Rodrigues. Na recém-criada TV Globo, nesse período, fez participação na Série de Teleteatro 4 no Teatro (1965), dirigida por Sérgio Britto. Em 1967 também integrou o elenco da TV Excelsior: interpretou a personagem Lisa, em Redenção, de Raimundo Lopes.
Ao longo da carreira, a atriz participou de minisséries como Riacho Doce (1990), Incidente em Antares (1994), O Auto da Compadecida (1999) e Hoje é Dia de Maria (2005). No caso da Minissérie baseada na obra do Acadêmico Ariano Suassuna, Fernanda Montenegro viveu a própria Compadecida.
Em 1999, Fernanda Montenegro foi condecorada com a maior comenda que um brasileiro pode receber da Presidência da República, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito “pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras”. Na época, uma exposição realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, comemorou os 50 anos de carreira da atriz. Em 2004, aos 75 anos, recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Tribeca, em Nova Iorque, por sua atuação em O Outro Lado da Rua, de Marcos Bernstein.
Em 1963, estreou na TV Rio, com as novelas Amor Não é Amor e A Morta sem Espelho, ambas de Nelson Rodrigues. Na recém-criada TV Globo, nesse período, fez participação na Série de Teleteatro 4 no Teatro (1965), dirigida por Sérgio Britto. Em 1967 também integrou o elenco da TV Excelsior: interpretou a personagem Lisa, em Redenção, de Raimundo Lopes.
Ao longo da carreira, a atriz participou de minisséries como Riacho Doce (1990), Incidente em Antares (1994), O Auto da Compadecida (1999) e Hoje é Dia de Maria (2005). No caso da Minissérie baseada na obra do Acadêmico Ariano Suassuna, Fernanda Montenegro viveu a própria Compadecida.
Em 1999, Fernanda Montenegro foi condecorada com a maior comenda que um brasileiro pode receber da Presidência da República, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito “pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras”. Na época, uma exposição realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, comemorou os 50 anos de carreira da atriz. Em 2004, aos 75 anos, recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Tribeca, em Nova Iorque, por sua atuação em O Outro Lado da Rua, de Marcos Bernstein.
Livros - Fernanda Montenegro é autora dos livros:
- A Liberdade é Uma Escolha.
- Em Defesa da Liberdade.
- Prologo, Ato e Epilogo.
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