A Guerra na Ucrânia chega aos 33 dias.
A jornalista russa Zhanna Agalakova trabalhou por mais de 20 anos na emissora estatal Channel One — a mesma em que uma editora protestou ao vivo contra a guerra na Ucrânia neste mês e foi acusada de ser espiã britânica.
A invasão da nação vizinha motivou Agalakova a pedir demissão do meio de comunicação número 1 do Kremlin, deixando o cobiçado posto de correspondente em Paris.
Com a experiência de quem viu a engrenagem da propaganda política do Kremlin por meio das mídias estatais funcionar por dentro, ela fez um relato sobre como funciona o processo e o quanto é nocivo para a população da Rússia.
Jornalista russa denuncia manipulação de fatos na TV estatal
“Não foi possível para mim trabalhar chamando o que está acontecendo na Ucrânia de ‘operação pacífica’”, disse ela a jornalistas de vários países na sede da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), em Paris, onde fez seu relato.
“É uma guerra e isso deve ser dito claramente.”
Zhanna Agalakova ingressou no Pervi Kanal (Channel One, em inglês) em outubro de 1999. Ela foi âncora de programas diurnos e noturnos, incluindo o principal telejornal de notícias da emissora, o Vremya.
No dia 14 de março, imagens da editora Marina Ovsyannikova protestando contra a guerra com um cartaz ao vivo no telejornal viralizaram nas redes sociais.
Após ser detida por algumas horas e receber uma multa, Marina foi acusada de ser espiã do Reino Unido pelo chefe da divisão de notícias da emissora estatal, Kirill Kleimyonov, e deve enfrentar um processo legal para provar sua inocência.
Leia mais
Jornalista de TV russa que protestou ao vivo contra guerra é acusada por chefe de ser espiã britânica
Assim como a editora que protestou no ar, Zhanna Agalakova estava frustrada com a cobertura da guerra na Ucrânia feita pelo Channel One.
Na emissora, a jornalista russa também trabalhou como correspondente em Paris de setembro de 2005 a janeiro de 2013 e, depois, foi correspondente especial em Nova York até agosto de 2019.
Até sua demissão, ela era a correspondente da estatal russa na capital francesa, um posto importante na hierarquia do jornalismo.
Na sede da RSF, Agalakova relatou conhecer bem o funcionamento da propaganda do Kremlin na televisão.
Ela disse que já havia pensado em deixar o emprego várias vezes devido à forma como as notícias são manipuladas no Channel One, assim como em todos os meios de comunicação estatais na Rússia, mas que até agora “não tinha tido coragem de sair. ”
A invasão da nação vizinha motivou Agalakova a pedir demissão do meio de comunicação número 1 do Kremlin, deixando o cobiçado posto de correspondente em Paris.
Com a experiência de quem viu a engrenagem da propaganda política do Kremlin por meio das mídias estatais funcionar por dentro, ela fez um relato sobre como funciona o processo e o quanto é nocivo para a população da Rússia.
Jornalista russa denuncia manipulação de fatos na TV estatal
“Não foi possível para mim trabalhar chamando o que está acontecendo na Ucrânia de ‘operação pacífica’”, disse ela a jornalistas de vários países na sede da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), em Paris, onde fez seu relato.
“É uma guerra e isso deve ser dito claramente.”
Zhanna Agalakova ingressou no Pervi Kanal (Channel One, em inglês) em outubro de 1999. Ela foi âncora de programas diurnos e noturnos, incluindo o principal telejornal de notícias da emissora, o Vremya.
No dia 14 de março, imagens da editora Marina Ovsyannikova protestando contra a guerra com um cartaz ao vivo no telejornal viralizaram nas redes sociais.
Após ser detida por algumas horas e receber uma multa, Marina foi acusada de ser espiã do Reino Unido pelo chefe da divisão de notícias da emissora estatal, Kirill Kleimyonov, e deve enfrentar um processo legal para provar sua inocência.
Leia mais
Jornalista de TV russa que protestou ao vivo contra guerra é acusada por chefe de ser espiã britânica
Assim como a editora que protestou no ar, Zhanna Agalakova estava frustrada com a cobertura da guerra na Ucrânia feita pelo Channel One.
Na emissora, a jornalista russa também trabalhou como correspondente em Paris de setembro de 2005 a janeiro de 2013 e, depois, foi correspondente especial em Nova York até agosto de 2019.
Até sua demissão, ela era a correspondente da estatal russa na capital francesa, um posto importante na hierarquia do jornalismo.
Na sede da RSF, Agalakova relatou conhecer bem o funcionamento da propaganda do Kremlin na televisão.
Ela disse que já havia pensado em deixar o emprego várias vezes devido à forma como as notícias são manipuladas no Channel One, assim como em todos os meios de comunicação estatais na Rússia, mas que até agora “não tinha tido coragem de sair. ”
Comentários
Postar um comentário