Relatório da Rede de Vigilância Genômica da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) divulgado, nesta terça-feira (5 de julho de 2022) confirma a predominância das Sublinhagens BA.4 e BA.5 da Variante Ômicron no Ceará.
O documento se refere a 115 Amostras, colhidas no período de 27 de maio a 18 de junho de 2022, provenientes do Laboratório de Biologia Molecular para diagnóstico da Covid-19 do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), sendo três das Amostras encaminhadas pelo
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
(CIEVS-CE).
Do total de 115 Amostras:
- 50 Amostras foram classificadas como pertencentes à Sublinhagem BA.5.
- 10 da BA.4.
Isso representa cerca de 50% das Amostras analisadas.
- 29 Amostras foram classificadas como BA.2.
- 12 - BA.2.9.
- Duas - BA.2.12.1
- Duas como pertencentes a outras Sublinhagens (sendo um Genoma classificado como pertencente à Sublinhagem BA.1 e um Genoma como BA.1.1).
A maioria das Amostras é de residentes de Fortaleza.
As Variantes de Preocupação (VOCs) possuem em comum um Conjunto de Mutações características que as tornam evolutivamente mais adaptadas e competentes em parâmetros associados a infecção, transmissão e disseminação da doença quando comparados com outras Linhagens Circulantes. Também estão associados com maior capacidade de evasão do Sistema Imunológico.
Apesar da maioria dos casos estarem relacionados a sintomas leves, a Variante Ômicron possui alto índice de transmissibilidade, por isso a Fiocruz Ceará alerta ser indispensável manter e fortalecer as medidas de prevenção, como:
- Distanciamento Social.
- Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
- Intensificar as medidas de Higiene Pessoal.
- Evitar aglomerações.
- Atentar ao Calendário de Vacinação Anti Covid-19.
- Vale salientar que pessoas com o Esquema Vacinal Completo ou que tomaram as Doses de Reforço (Dose 3-D3 e Dose 4-D4), aumentam os níveis de proteção contra a Ômicron e a outras VOCs mais transmissíveis do SARS-CoV2", destaca a Nota da Fiocruz Ceará.
Os resultados das análises foram enviados à Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa-CE) e à Rede Genômica da Fiocruz. Os dados são computados periodicamente na plataforma da Rede Genômica FioCruz / Ministério da Saúde (http://www.genomahcov.fiocruz.br) para compor o panorama de circulação de linhagens em todo país.
A Ômicron (Linhagem B.1.1.529), foi detectada no final de novembro de 2021 pelos sistemas de vigilância da África do Sul. Ela é a VOC de mais preocupação, não somente por ser geneticamente mais distinta, mas por ser comprovadamente mais transmissível e competente do que a VOC Delta e, por conseguinte, do que as Variantes anteriormente circulantes. Desde a Emergência de VOCs, os Sistemas de Vigilância do mundo todo têm estado em alerta, sendo recomendado diligências de rastreio e busca ativa de casos suspeitos dentro de critérios de maior relevância epidemiológica.
As Novas VOCs possuem um Conjunto de Mutações, que as tornam mais transmissíveis. As Subvariantes são responsáveis pelo aumento das infecções na Europa e Estados Unidos. A infecção pode acontecer, inclusive, pouco tempo depois da imunização com a Vacina contra a Covid-19. Há relatos de pessoas que tomaram a 4ª Dose (D4) há uma semana e pegaram Covid em Fortaleza.
O resultado mostra que as Novas Sublinhagens já são maioria entre os casos no Ceará, tomando o espaço da variante BA.2, que até fevereiro de 2022 prevalecia entre os pacientes. Os dados explicam o recente aumento dos índices de infecção por Coronavírus no Ceará.
VACINAS E TESTAGEM - Além dos problemas com as Novas Sublinhagens, a falta de Testagem em Massa pode ser uma barreira na luta contra o Coronavírus. A falta de Testagem em Massa gera uma Subnotificação, acarretando uma deficiência dos órgãos responsáveis em acompanhar a evolução do Coronavírus em tempo real no Estado. Com a Testagem feita pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa-CE) no Aeroporto Internacional Pinto Martins, Hotel Excelsior, Sesi Parangaba, Sesi Maracanaú e Sesi Juazeiro do Norte tem um índice 41% de positividade. De cada 100 testes, 41% dão positivo para Covid e 59% negativo.
Por conta do surgimento dessas Mutações, as Vacinas devem passar por atualizações, para que tenham um maior campo de proteção contra as Variantes e Subvariantes.
São aliados para se evitar o maior contágio pelo Novo Coronavírus:
- Manter as Doses de Reforço (D3 e D4) em dia.
- Usar máscaras.
- Higienizar as mãos.
- Evitar Aglomerações.
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