O Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE), em Sessão Extraordinária realizada nesta terça-feira (31 de agosto), aprovou com ressalvas o Parecer Prévio das Contas de 2020 do governador Camilo Santana (PT).
A decisão foi unânime, acompanhando o voto do relator do Processo 01236/2021-0, conselheiro Rholden Queiroz. Foram emitidas 52 recomendações.
Em seu Relatório, o conselheiro Rholden Queiroz (foto) falou sobre os principais aspectos envolvendo as Contas de Governo Estadual: Conjuntura Socioeconômica, Planejamento e Execução Orçamentária, Análise das Demonstrações Contábeis, Conformidade Financeira e Orçamentária e Transparência na Administração Pública.
Também abordou sobre a avaliação das ações governamentais sobre o atendimento das recomendações emitidas em 2019. Após a apresentação do Parecer do Ministério Público de Contas, foi realizada sustentação oral pelo procurador-geral do Estado, Juvêncio Viana, que representou Camilo Santana.
A Sessão Extraordinária do Pleno, transmitida pelo canal do TCE-CE no YouTube, foi presidida pelo conselheiro Valdomiro Távora e contou com a presença dos conselheiros Soraia Victor, Edilberto Pontes, Ernesto Saboia e Patrícia Saboya, além do relator Rholden Queiroz e do procurador-geral do Ministério Público Especial junto ao TCE, Júlio César Saraiva. Também esteve presente o conselheiro substituto, Itacir Todero.
A emissão do Parecer Prévio das Contas anuais do Governador do Estado é de competência deste Tribunal, órgão de controle externo, conforme disposto no Artigo 42 da Lei Orgânica. Após apresentação, o documento é encaminhado à Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE), a quem cabe julgar as contas do chefe do Executivo.
- O Parecer Prévio das Contas do Governador é um documento técnico especializado, que contém uma apreciação objetiva e imparcial das contas consolidadas e prestadas pelo Poder Executivo. Além de ser uma peça indispensável para subsidiar a Assembleia no julgamento das contas, é um dos mais importantes instrumentos de transparência da gestão governamental e de fortalecimento do controle social,” afirmou o presidente do TCE-CE, conselheiro Valdomiro Távora.
Do Governo, acompanharam a sessão extraordinária:
- Procurador-geral Juvêncio Viana.
- Procuradora de Justiça, Vanja Fontenele.
- Secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Mauro Benevides Filho.
- Secretária da Fazenda (Sefaz), Fernanda Pacobahyba.
- Secretário de Estado Chefe da Controladoria e Ouvidoria Geral, Aloísio Carvalho.
- Secretário-executivo de Acompanhamento de Projetos Especiais da Casa Civil, Flávio Jucá.
A análise técnica dos documentos foi feita pela Diretoria de Contas de Governo, composta pelos servidores:
- Francisco Gennison Sales Lins (diretor).
- Cléa Sabino de Matos Brito Bessa, José Edmar Firmino de Farias Filho, Paulo Eduardo Juvêncio Neri e Vanessa Aragão de Goes Salgueiro.
- Gerência de Fiscalização de Demonstrações Financeiras e Receitas formada por Hennya Nunes Lemos Cardoso (gerente) e Samuel Leite Castelo.
- A coordenação ficou a cargo da Secretaria de Controle Externo.
Do Gabinete do conselheiro Rholden Queiroz, participaram da análise dos documentos:
- Meiry Mesquita Monte, Moisés de Sousa Oliveira, Simone Coelho Aguiar e José Sinval Teles.
A apresentação gráfica foi diagramada pela publicitária Lorena Barbosa, com apoio da jornalista Carolina Madeira, ambas da Assessoria de Comunicação Social do TCE-CE. Além da divulgação prévia, a equipe da Ascom fez a divulgação e cobertura de imagens da sessão.
Saiba mais sobre a análise feita pelo TCE-CE
Conjuntura socioeconômica - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, em 2020, retraiu 4,1% em relação ao ano anterior, devido aos efeitos da Pandemia do Coronavírus. No âmbito estadual, o PIB cearense apresentou uma queda de 3,56%. Observou-se que os setores da indústria e de serviços, no Ceará, apresentaram queda de 7,11% e 3,60%, respectivamente, em relação a 2019. Por outro lado, o setor da agricultura apresentou aumento de 10,31% no mesmo período.
Em relação ao Mercado de Trabalho, pode-se confirmar que o Estado do Ceará está se recuperando das perdas sofridas no auge dos meses de combate a pandemia, pois ao final de 2020 apresentou um saldo acumulado positivo em 18.546 vagas.
Quanto à Saúde, verificou-se um aumento no montante aplicado quando comparado com o exercício anterior, no estado do Ceará, representando uma variação positiva de 1,85%. A subfunção que mais se destacou foi Vigilância Epidemiológica (305), em decorrência da Pandemia Covid-19.
De acordo com os dados da 14ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o estado do Ceará, em 2020, registrou o segundo maior número de homicídios dolosos (2.203 vítimas), concentrando 10,12% do total dos homicídios ocorridos no país.
Dos montantes empenhados pelo Estado do Ceará na função “Educação”, verificou-se que os valores totais aplicados no Estado do Ceará, em 2020, sofreram considerável retração, em comparação ao ano de 2019, no percentual de 23,55%, o que correspondeu ao total de R$ 1,04 bilhão. Dentre os tipos de despesas ligada à educação, houve uma fortíssima retração dos valores aplicados nas subfunções “Administração Geral” (-61%), “Formação de Recursos Humanos” (aplicação zerada), “Ensino Fundamental” (-39%), “Ensino Médio” (-27%), “Educação Infantil” (-52%) e “Infraestrutura Urbana” (-50%).
Em relação ao 3º ano do Ensino Médio, na Rede de Ensino Estadual, o Ceará obteve nota de 4,2 no IDEB, não atingindo a meta (4,5) para o ano de 2019. Logo, a recomendação emitida foi que o Governo do Estado do Ceará empreenda esforços concretos tendentes ao alcance e cumprimento das metas previstas para a Rede Estadual de Ensino.
Planejamento e Execução Orçamentária - No exercício financeiro de 2020, a execução dos Programas Governamentais, considerando-se os recursos autorizados pela Lei Orçamentária (LOA) e os créditos adicionais, alcançou R$ 28,5 bilhões. A execução dos programas finalísticos do Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, alcançou R$ 15,9 bilhões. Dos 88 programas finalísticos previstos neste PPA, verificou-se que 54 desses programas apresentaram execução orçamentária individualizada superior a 61% da dotação atualizada.
Por outro lado, o relatório técnico indicou que em alguns programas de governo, não está dimensionando a meta adequadamente para determinados bens ou serviços, tendo em vista que foram executadas metas acima de 1.000% da programada no PPA 2020-2023 para o exercício de 2020. Recomenda-se que a Seplag acompanhe a revisão do Plano Plurianual para envidar esforços juntos com os órgãos a fim de ajustar melhor suas metas, bem como impor ações corretivas para evitar dimensionamento abaixo ou acima da real expectativa a ser alcançada.
No exame do demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita, verifica-se a previsão de renúncia de receitas, para o exercício de 2020, de R$ 1 bilhão para o setor industrial e de R$ 23 milhões para o comércio.
O Orçamento Geral do Estado teve seus valores consignados na Lei Estadual 17.161, de 27 de dezembro de 2019, com as receitas estimadas em R$ 28.762.923.704,00 e as despesas fixadas em igual montante. Em relação à Receita Bruta Arrecadada (ingressos de disponibilidades nos cofres do Estado sem as deduções ao Fundeb), registrou-se um montante de R$ 33,38 bilhões, valor este inferior, em termos reais, em R$ 2,08 bilhões comparado ao ano anterior.
A Receita Tributária, que representa a principal fonte de recurso do Estado, teve uma diminuição real em relação ao exercício anterior 9,27%.
As transferências correntes, segunda maior fonte de ingressos de receitas correntes, teve um acréscimo em relação ao ano anterior 8,59%, totalizando em R$ 11,6 bilhões. A maior arrecadação nessas transferências se verificou no Fundo de Participação dos Estados (FPE) – a cota parte repassada ao estado do Ceará, expressa em seu valor bruto, atingiu o montante de R$ 6,7 bilhões no exercício de 2020, o que equivale a 57,93% do total bruto registrado na rubrica Transferências Correntes.
O Ceará recebeu da União, a título de transferência intergovernamental, R$ 2,2 bilhões para o enfrentamento e compensações do combate ao Covid-19 referentes a Medida Provisória 938 (R$ 499 milhões), como compensação dos repasses FPE e pela Lei Complementar nº 173/2020, que estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-COV-2.
Quanto à despesa total, o Ceará realizou R$ 28,5 bilhões, resultando em uma execução de 84,34% da despesa orçamentária autorizada para 2020. Analisando a evolução das despesas, houve aumento real de 1,48% das despesas correntes e aumento real de 12,27% das despesas de capital.
Importante apontar que 46,45% da despesa orçamentária executada se referem à Despesa com Pessoal e Encargos Sociais (R$ 13,25 bilhões), representando uma diminuição real de 17,52% em relação ao ano anterior, sendo que a maior concentração desses gastos está nas funções Previdência Social (28,06%), Segurança Pública (20,53%) e Educação 17,92%.
Quanto aos recursos alocados em Investimentos (R$ 2,22 bilhões), houve um decrescimento real de 8,82% (R$ 241,4 milhões) em relação ao ano anterior. Contudo, o estado do Ceará se encontra na primeira colocação no ranking dos investimentos públicos no Brasil.
No Relatório Técnico de 2020 também houve o exame da execução orçamentária dos investimentos, com ênfase nos direitos sociais e suas respectivas áreas de aplicação dos recursos. Embora o percentual de execução de investimentos tenha aumentado de um ano para o outro (8,72%), verifica-se um nível baixo de execução de valores (em 60,19%). Foram os casos das funções Segurança Pública, Assistência Social, Educação, Direitos da Cidadania, Saneamento e Desporto e Lazer, que sofreram as maiores reduções. Enquanto as funções Habitação, Trabalho e Saúde tiveram os maiores aumentos, esta última em decorrência dos gastos de enfrentamento à pandemia do Covid-2019.
Diante deste cenário, e considerando a situação de recorrência do baixo nível de investimentos com recursos próprios em relação aos anos anteriores, faz-se necessária a emissão de recomendação para aumentar de forma satisfatória o nível de execução dos investimentos com recursos próprios, principalmente os relacionados aos direitos sociais.
O relatório técnico trouxe dados sobre as receitas e despesas com relação direta com o enfrentamento da Pandemia de Coronavírus. Verificou-se que houve o repasse, pela União, da quantia de R$ 2,2 bilhões. Deste total, 33,16% tinham como destinação as despesas de combate direto ao Covid-19. E os demais valores, na ordem de R$ 1.491.740.317,71, estava direcionada à compensação ou mitigação dos efeitos financeiros decorrentes da Pandemia.
Foram observadas algumas fragilidades nos dados divulgados do Portal da Transparência referentes aos gastos no enfrentamento à pandemia do Covid-19 no exercício de 2020:
- Recursos Ordinários: não é possível distinguir a origem (Estadual ou Federal);
- Despesas por “Modalidade de Licitação”: omissão de informações (campos vazios);
- Despesas por “Situação de Entrega”: campos vazios; situações: “Não entregue”;
Foi recomendado ao Poder Executivo o aumento da transparência dos sites eletrônicos e o aprimoramento dos mecanismos para identificar os gastos executados com recursos ordinários.
Análise das Demonstrações Contábeis - As demonstrações contábeis evidenciam a posição financeira, orçamentária e patrimonial do setor público. Do ponto de vista orçamentário, verificou-se um superávit orçamentário de R$ 1.470.080.309,84, tendo-se verificado a execução de R$ 1.463.284.425,66, proveniente de Superavit Financeiro do exercício anterior.
No Balanço Patrimonial observa-se superavit financeiro de R$ 5.508.459.408,43. O saldo patrimonial que representa a situação patrimonial líquida do Estado, equivalendo à soma dos superavits financeiro e patrimonial, no exercício de 2020, atingiu o valor de R$ 41.198.962.585,02, superior 4,44% em relação ao exercício anterior.
A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciou um resultado patrimonial negativo de R$ 2.408.129.574,44, valor resultante do confronto entre as variações patrimoniais aumentativas com as diminutivas.
O saldo de caixa e equivalente de caixa final evidenciado tanto no Balanço Patrimonial como na Demonstração de Fluxo de Caixa foi de R$ 8.129.159.796,50, tendo ocorrido um aumento de 34,76%. O fluxo de caixa líquido, das atividades operacionais e de financiamento, foi positivo nas cifras de R$ 3.803.898.668,27 e R$ 429.230.448,15, respectivamente, enquanto o fluxo das atividades de investimento foi negativo no valor de R$ 2.137.489.690,44, indicando que as fontes de recursos dos fluxos operacionais e de financiamento cobriram seus desembolsos, e foram suficientes para financiar as atividades de investimento, bem como, gerar caixa para o Estado.
Na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), observa-se que o patrimônio líquido consolidado das entidades estatais dependentes, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, teve uma variação positiva de 0,29%, na qual o seu saldo negativo passou de R$ 259.977.813 para R$ 259.234.555.
Dentre as recomendações emitidas estão, a inclusão no Orçamento Fiscal do Estado, em observância o disposto na Portaria STN 589/2001, a Companhia Cearense de Transp. Metropolitanos (Metrofor) por se caracterizar como Empresa Estatal Dependente, e a adoção de medidas efetivas, para que possa ser finalizado o processo de extinção da Cohab.
Conformidade Financeira e Orçamentária - O Ceará atendeu, no exercício de 2020, ao determinado nos artigos 212 (Aplicação de recursos em manutenção e desenvolvimento do Ensino – 27,04%), 60, ADCT (Recursos destinados ao Fundeb na remuneração de profissionais do magistério da Educação – 92,24%) e 198, §2º, (Aplicação de recursos públicos nas ações e serviços públicos de saúde – 16,55%) da Constituição Federal; art. 205, §2º (Meta anual de investimentos custeados com recursos provenientes da receita de arrecadação tributária) e 258, §2º (Despesa com pessoal em relação ao orçamento global da Fundação de Amparo à Pesquisa – 2,37%) da Constituição Estadual e ao artigo 3º (Recursos destinados ao FUNDEB na remuneração de profissionais do magistério da Educação) da Lei Estadual 15.064/2011.
Entretanto, não foram atendidos os limites indicados nos artigos 210 (Aplicação de Recursos com Investimentos no Interior do Estado – 44,78%), 209 (Aplicação de Recursos em Fundos de Financiamento ao Setor Produtivo) e 258 (Aplicação de Recursos com Fomento das Atividades de Pesquisa Científica e Tecnologia – 0,73%) da Constituição Estadual.
O Ceará obteve, no exercício de 2020, uma Receita Corrente Líquida de R$ 22.028.314.984,46, correspondendo a um aumento, em termos reais, de 0,93% em relação à RCL do ano anterior.
Quanto às Despesas com Pessoal, o total das despesas com pessoal do Poder Executivo, para fins de apuração do limite fixado na LRF, atingiu o montante de R$ 8.875.576.224,20, correspondendo a um percentual de 40,55% da Receita Corrente Líquida Ajustada (R$ 21.886.952.291,67). No Regime de Previdência do Estado, foi necessário um aporte do tesouro no valor de R$ 1.518.421.075,68 para cobertura de insuficiência financeira do Plano de Custeio Financeiro do RPPS.
Em relação ao endividamento do Estado, a dívida consolidada interna e externa do Estado do Ceará, atingiu o montante de R$ 17.783.339.122,52, considerando o total de precatórios. Houve um acréscimo no total da dívida consolidada no valor de R$ 2.876.964.004,53 em relação ao exercício de 2019, o que equivale a uma variação de 19,30%.
Em relação às metas estabelecidas para a Dívida Pública Consolidada na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO (R$ 21.910.960.000,00), o Estado não ultrapassou o valor projetado. A Dívida Consolidada Líquida apresentou um montante de R$ 11.973.622.896,16, correspondendo a 54,42% da Receita Corrente Líquida, abaixo do limite fixado pela Resolução do Senado, 200%.
Transparência na Administração Pública - Em 2020, não foram feitas ressalvas em relação ao cumprimento das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei de Acesso à Informação pelo Estado do Ceará.
Quanto aos índices de transparência, o Ceará obteve o 1º lugar (com Minas Gerais e Espírito Santo) no índice elaborado pela Controladoria Geral da União em 2020.
Em relação ao portal de dados abertos, verificou-se à publicação de vários conjuntos de dados em formatos adequados de acesso, entretanto há uma necessidade de disponibilização de bases de dados referentes a outros temas prioritários ou oriundos de outras Secretarias, além da Sefaz e da Seplag. Ademais, faz-se necessário que haja uma ampla divulgação do portal, com o objetivo de incentivar o controle social pela população, através do acesso aos dados ou desenvolvimento de aplicativos.
Ao se comparar essa análise realizada, com a disposta no relatório de Contas de Governo do exercício de 2019, identificou-se que no exercício de 2020, houve uma melhoria significativa na disponibilização dos dados e demonstrativos nos portais dos consórcios públicos de saúde.
O Governo do Ceará disponibilizou informações sobre o Covid-19 para os cidadãos e os profissionais de saúde, bem como os serviços e ações de governo no combate ao Coronavírus em seu território. Essas informações podem ser acessadas através do sítio eletrônico https://coronavirus.ceara.gov.br/
No portal Ceará Transparente, foram publicadas as principais informações relacionadas no enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Estado do Ceará, tais como despesa, legislação, doações, estatísticas de Ouvidoria, estatística de Acesso à Informação, Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia, Boletim epidemiológico e óbitos por Covid. As medidas de proteção social e de estímulo econômico também foram divulgadas no portal da transparência.
Com informações e fotos da Assessoria de Comunicação do TCE-CE.
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