O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou nesta quinta-feira (14), novas medidas para tentar conter a disseminação do Novo Coronavírus (Covid-19) e o consequente aumento do número de casos da covid-19 no estado. Entre as restrições está a proibição da circulação de pessoas nas ruas de todo o Amazonas, das sete da noite às seis da manhã.
O Governo Estadual já começou a transferir 235 pacientes diagnosticados com a Covid-19 para Hospitais de outras cinco unidades da federação (Goiás, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e Distrito Federal) e recorreu à Justiça para que a empresa White Martins seja obrigada a fornecer todo o Oxigênio hospitalar de que a Rede Pública de Saúde do Estado precisar.
- Estamos decretando o fechamento das atividades de circulação de pessoas entre sete da noite e seis da manhã, exceto de atividades e transporte de produtos essenciais à vida”, informou o governador nas redes sociais.
Wilson Lima explicou que o toque de recolher não atinge quem trabalha em atividades estratégicas e essenciais, como Saúde e Segurança Pública, nem profissionais de Imprensa. Farmácias também poderão atender os clientes, mas apenas por meio de entrega em domicílio.
A medida será detalhada em um decreto a ser publicado no Diário Oficial do Estado. O decreto também proibirá o transporte coletivo de passageiros por estradas ou barcos.
Quanto à remoção de pacientes para outras unidades da Federação, Lima garantiu que, além do traslado, o governo estadual vai oferecer apoio psicossocial para atender aos doentes e a seus parentes. “Estamos montando um grupo de apoio para esses pacientes e familiares que irão ser deslocados para os outros Estados”, disse o governador.
- Também já entramos com uma ação na Justiça contra a empresa [White Martins] para garantir que ela abasteça [com oxigênio medicinal] em quantidade suficiente a rede hospitalar para atender nossos irmãos acometidos da Covid-19”, acrescentou Lima, que disse que tem conversado com os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello; da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, sobre os riscos do desabastecimento do produto.
Nesta quarta-feira (13), a demanda por Oxigênio em estabelecimentos hospitalares públicos de saúde do Amazonas superou em mais de 11 vezes a média diária de consumo da terça-feira (12). Os hospitais particulares também já enfrentam dificuldades de abastecimento.
Nos últimos dois dias, a Justiça Estadual deu decisões favoráveis a estabelecimentos privados para que as empresas White Martins e Nitron da Amazônia sejam obrigadas a manter o fornecimento de uma quantidade mínima do produto.
- Estamos numa operação de guerra, onde os insumos, sobretudo a questão do oxigênio nas unidades hospitalares, é o produto mais consumido diante dessa pandemia”, disse o governador Wilson Lima.
Frentes - De acordo com o Governo Estadual, até quarta (13) à tarde, o Amazonas contabilizava 219.544 casos confirmados da Covid-19 e 5.879 óbitos, com 540 pacientes internados com a suspeita de terem sido infectados pelo Novo Coronavírus.
No início da semana, o Governo Estadual já tinha proibido o transporte fluvial e rodoviário intermunicipal de passageiros. A suspensão desses serviços foi estabelecida por Decreto publicado na terça-feira (12), e vai vigorar até domingo (17 de janeiro).
No mesmo decreto, foram suspensas o funcionamento de marinas para atividades de lazer e de academias, centros de ginástica e estabelecimentos semelhantes. Também devido aos reflexos da Covid-19, o governo estendeu até 31 de janeiro a determinação para que os órgãos e entidades da administração direta e indireta do Poder Executivo estadual que não estejam diretamente envolvidos com o enfrentamento da Pandemia mantenham no mínimo 70% de seus servidores e empregados em trabalho remoto.
A gravidade da situação no Amazonas motivou o Governo do Pará a proibir a entrada em seu território de embarcações de passageiros provenientes do Amazonas, em vigor a partir desta quinta-feira (14).
No início da semana, o Governo Estadual já tinha proibido o transporte fluvial e rodoviário intermunicipal de passageiros. A suspensão desses serviços foi estabelecida por Decreto publicado na terça-feira (12), e vai vigorar até domingo (17 de janeiro).
No mesmo decreto, foram suspensas o funcionamento de marinas para atividades de lazer e de academias, centros de ginástica e estabelecimentos semelhantes. Também devido aos reflexos da Covid-19, o governo estendeu até 31 de janeiro a determinação para que os órgãos e entidades da administração direta e indireta do Poder Executivo estadual que não estejam diretamente envolvidos com o enfrentamento da Pandemia mantenham no mínimo 70% de seus servidores e empregados em trabalho remoto.
A gravidade da situação no Amazonas motivou o Governo do Pará a proibir a entrada em seu território de embarcações de passageiros provenientes do Amazonas, em vigor a partir desta quinta-feira (14).
Fonte: Agência Brasil
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