O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (21 de setembro), ao abrir a sessão de debates da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que o Brasil está trabalhando na atração de investimentos da iniciativa privada e que possui “tudo o que investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes ativos, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso Governo”.
Modal Ferroviário - Bolsonaro afirmou que o País está promovendo o Modal Ferroviário e outras ações dentro do seu Programa de Parceria de Investimentos, e que já foram firmados mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas Ferrovias.
O presidente lembrou, que em agosto o Governo instituiu um Novo Marco Legal para o Setor Ferroviário, permitindo que a construção de novas Ferrovias seja feita por meio de uma autorização simplificada.
- Em poucos dias, recebemos 14 requerimentos de autorizações para novas Ferrovias com quase US$ 15 bilhões de investimentos privados”, disse.
- Como reflexo, menor consumo de combustíveis fósseis e redução do custo Brasil, em especial no barateamento da produção de alimentos”, complementou Bolsonaro.
Por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), segundo o presidente, já foram contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos e arrecadados US$ 23 bilhões em outorgas. Para os próximos dias, o Governo também vai realizar o leilão para implementação da Tecnologia 5G no Brasil, disse o presidente.
Cúpula do Clima - Durante seu discurso, o presidente reafirmou o compromisso firmado na Cúpula de Líderes sobre o Clima, em abril, de alcançar, até 2050, a neutralidade zero de emissões de gases de efeito estufa no país, antecipando em dez anos a sinalização anterior, prevista no Acordo de Paris.
Os artigos 5º e 6º do Acordo de Paris, firmado em 2015, tratam sobre os procedimentos financeiros para alcançar a redução das emissões, tema que deverá ser debatido na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP26, que será realizada em novembro em Glasgow, na Escócia.
No evento, o Brasil quer buscar consenso sobre as regras do Mercado de Crédito de Carbono Global, o que deve atrair mais investimento para o país.
- Esperamos que os países industrializados cumpram efetivamente seus compromissos com o financiamento de clima em volumes relevantes. O futuro do Emprego Verde está no Brasil: Energia Renovável, Agricultura Sustentável, Indústria de Baixa Emissão, Saneamento Básico, Tratamento de Resíduos e Turismo”, afirmou.
Covid-19 - Ainda em meio à Pandemia da covid-19, esta edição da Assembleia Geral da ONU é realizada de forma híbrida, com declarações presenciais e por vídeo. No ano passado, o evento foi totalmente virtual. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a fazer um pronunciamento e o presidente Jair Bolsonaro optou em ir pessoalmente a Nova Iorque.
Ele lamentou as mortes por Covid-19 e disse que o governo vai vacinar “todos que escolheram ser vacinados no Brasil” até novembro. O presidente se manifestou contra o Passaporte da Vacinação, que cobra imunização dos cidadãos para acesso a serviços.
- Apoiamos a Vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”, destacou Bolsonaro.
Durante seu discurso nas Nações Unidas, Bolsonaro disse que o Governo Brasileiro apoia “a autonomia do médico na busca do tratamento precoce”. “Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label”, frisou.
O medicamento chamado off-label é aquele prescrito pelo médico que diverge das indicações da bula. Desde o início da Pandemia, no ano passado, o presidente defende o uso dessas medicações como, por exemplo, a hidroxicloroquina, que não tem eficácia científica comprovada contra a Covid-19, mas pode ser prescrito por médicos com a concordância do paciente.
- Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A História e a Ciência saberão responsabilizar a todos”, complementou.
Em sua fala, o presidente salientou a atuação brasileira no campo humanitário e no combate à Pandemia; às mudanças que seu governo está promovendo no país e o retorno do Brasil ao Conselho de Segurança da ONU. No biênio 2022-2023, o Brasil ocupará um assento não permanente na entidade.
Leia a íntegra do discurso.
Com informações da Agência Brasil e foto da Presidência da República.
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