O Laboratório Sismológico do Nordeste (LabSis), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anota intensa atividade sísmica na Bahia desde este domingo (30). Foram registrados novos terremotos já nesta segunda-feira (31)..
O sismo de maior magnitude ocorreu às 7h44 deste domingo com magnitude de 4,6 graus. Este e outros eventos, foram sentidos principalmente no Recôncavo Baiano, Vale do Jiquiriçá e em Salvador.
Segundo levantamento da Prefeitura de Amargosa os efeitos maiores foram constatados no distrito de Corta Mão, constatando-se avarias em casas.
Nesta segunda (31) às 3h42 da madrugada aconteceu um novo tremor desta vez de magnitude preliminar 3,5 graus. Esse evento foi sentido em Amargosa e em outros municípios próximos.
Figura 1 - Em azul, o epicentro segundo a RSBR. Em vermelho o epicentro segundo o USGS. Em destaque, os limite de Amargosa
Na Figura 1 estão os epicentros determinados pela Rede Sismológica Brasileira (RSBR) e pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Ambos tem incertezas grandes pois, no caso do USGS a estação mais próxima está a cerca de mil quilômetros e no caso da RSBR de cerca de 220 quilômetros.
A localização da área epicentral com maior precisão vai ser possível com a instalação de uma Rede Sismográfica Local, pelo LabSis/UFRN, com financiamento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Estudos Tectônicos, prevista para os próximos dias.
Figura 2 - Sismograma de NBIT de domingo (30). Podem-se ver os registros de vários eventos sendo que o maior está em vermelho após às 10h45 UTC. O evento abaixo em azul, após as 21h24, é de um evento de magnitude 6.5 na Dorsal Meso-Oceânica do Atlântico
Figura 3 - Sismograma de NBIT desta segunda (31). O registro do evento de magnitude 3.5 está em vermelho após as 6h42 UTC
Em 1899 - O evento mais antigo que se tem notícia nesta Região Baiana foi o de um tremor de magnitude estimada em 3,5 graus, que ocorreu em dezembro de 1899, sentido em Amargosa. Nos anos seguintes, até 1920, houve uma Intensa Atividade Sísmica na Bahia, no Recôncavo e suas vizinhanças, mas, posteriormente, a atividade diminuiu.
"Como em Sismologia é impossível fazer previsões, não é possível saber se esses eventos vão ficar circunscritos às proximidades de Amargosa ou vão iniciar um novo ciclo de Intensa Atividade Sísmica nesta Região da Bahia", informam os pesquisadores do LabSis-UFRN, Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes, Aderson do Nascimento, Flauber Costa e Marconi Oliveira.
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