O período de chuvas levanta um alerta para os cuidados com as Arboviroses. E a prevenção é a forma mais eficaz de evitar o contágio e a proliferação de Dengue, Zika e Chikungunya.
Com 1.985 casos notificados no Ceará nos dois primeiros meses deste ano, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) orienta a população a tomar as medidas necessárias para evitar doenças infecciosas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypty, principalmente durante a Pandemia de Covid-19, em que fluxo nas Unidades de Saúde é maior.
Do total de casos notificados no Ceará entre janeiro e fevereiro de 2021, 1.763 foram notificados como dengue (518 confirmados). Apenas um caso grave foi apontado, em Viçosa do Ceará. As demais Arboviroses, Zika (171) e Chikungunya, representam 222 notificações do total de casos (31 confirmados para Zika e 16 casos para Chikungunya). Em comparação ao mesmo período do ano passado, que teve 5.835 casos notificados, foi observada uma redução de 66% no número de notificações por arboviroses no Estado.
Com isso em 2021 o Ceará tem:
- 518 casos confirmados de Dengue.
- 31 de Zika.
- 16 de Chikungunya.
- A publicação explana sobre a necessidade de estratégias de Educação, Comunicação e Mobilização Social para a que seja alertado que a prevenção das Arboviroses e a eliminação dos criadouros do Aedes aegypti depende de cada um”, afirma assessora técnica de Controle Vetorial das Arboviroses e Malária da Sesa, Bruna Holanda Duarte.
A notificação ocorre a partir da suspeita de um caso da doença, de acordo com a definição estabelecida pelo Guia de Vigilância Epidemiológica. Enquanto a confirmação ocorre após definição de critério laboratorial, clínico ou clínico epidemiológico de acordo com o cenário.
Às gestões municipais, cabe também o monitoramento de notificações e priorização de controle nas áreas de maior risco.
- É imprescindível evitar o adoecimento por arboviroses como prevenção para evitar a busca por atendimento nas unidades de saúde”, argumenta a assessora técnica Bruna Duarte.
Prevenção e diagnóstico - Cuidados simples podem evitar o contágio das doenças.
- Encher de areia os pratinhos das plantas, jogar no lixo os objetos que não estão sendo utilizados e que podem acumular água, por exemplo”, indica a orientadora da Célula de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Raquel Magalhães. A vedação das caixas d’águas, tonéis e barris de água, bem como evitar o acúmulo de água sobre as lajes também são recomendados.
- As residências que possuem piscinas ou fontes precisam manter a manutenção em dia, sempre utilizando os produtos químicos apropriados, além de manter limpa a bandeja do ar-condicionado para evitar o acúmulo de água. Enfim, eliminar qualquer recipiente que possa acumular água e que venha a tornar-se um potencial criadouro para o mosquito”, complementa Bruna Duarte.
O diagnóstico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é feito com exame de sangue.
- Com a coleta de sangue, são feitas as sorologias para identificação dos anticorpos da doença, Dengue, Zika ou Chikungunya, e PCR para o isolamento viral de Dengue”, explica Raquel Magalhães.
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