O Instituto Luiz Girão, iniciativa da Betânia Lácteos de fomento ao produtor de leite nordestino, completa um ano de atuação.
As ações do Instituto são baseadas em três pilares essenciais: Econômico/Prosperidade da Cadeia: ações de profissionalização da cadeia produtiva para aumento de renda; Social/Valor em Ser do Campo: serviços básicos, valorização, consciência de seu papel e importância, sucessão rural Ambiental/Garantia de Recursos Futuros: respeito e conservação da Caatinga e o bem-estar animal.
Neste período, foram realizados um total de 1558 atendimentos, que beneficiaram 549 famílias nos estados do Ceara, Pernambuco, Sergipe e Bahia. Os atendimentos são divididos em três ações:
• Assistência técnica gerencial, onde o pecuarista aprende a visualizar sua fazenda como uma empresa e recebe toda a orientação para a gestão. Entraram nesse programa 20 fazendas no Ceará, 20 em Pernambuco, 10 em Sergipe e 10 na Bahia. Essas ações são realizadas em parceria com instituições como: QConz, pelo Programa Mais Leite Saudável, além da Cooperideal e o Sindicato de Quixeramobim, beneficiando um total de 104 produtores afiliados a essas instituições.
• Boas práticas agropecuárias, que faz parte do programa Mais Leite Saudável, que consiste no mapeamento das atividades do produtor, que está dividida em quatro pilares: gestão, infraestrutura, qualidade do leite e bem-estar animal. Dentro de cada pilar existe um conjunto de rotinas que o produtor deverá adotar. Nesta prática existe um acompanhamento de perto, por uma equipe de consultores, que implementam o programa. Após cinco meses da implementação, ocorre a auditoria onde o produtor recebe a certificação, que retorna em forma de bônus no valor do litro de leite comprado pela Betânia. Esse valor gira em torno de 1% no valor recebido.
• Aferição de equipamento de ordenha, um fator importante para garantir a produtividade em uma fazenda e que nem sempre é suportado pelas empresas que comercializam os equipamentos. Neste projeto, o Instituto disponibiliza uma empresa para fazer a manutenção do equipamentos de ordenha, auxiliando os produtores a manterem sua produção em quantidade e qualidade.
O Instituto contou ainda com o estímulo à plantação de Palma na região, uma cultura que exige pouca água para o cultivo e é considerada um alimento de altíssimo valor nutricional para o gado. Neste ano, 20 famílias produtoras implantaram o projeto e receberam auxílio técnico presencial. O produtor é orientado a plantar em um espaço pequeno, que irá gerar as mudas de palma para o plantio de áreas maiores. Além de investimento menor, o produtor terá uma economia substancial, visto que cerca de 50% do valor na cultura da palma é destinado à aquisição das mudas. "Há um pequeno investimento inicial, mas que terá benefícios enormes a longo prazo, garantindo a alimentação dos animais no período de seca", afirma David Girão, presidente do Instituto.
Pandemia e a produção - A pandemia do novo Coronavírus impactou as iniciativas previstas para este ano. Todas as ações de formação e profissionalização da cadeia tiveram que ser adaptadas ao novo momento. Com isso, o Instituto promoveu mais de 29 sessões de treinamento e capacitação, mas de forma online, totalizando mais de 11 mil pessoas impactadas, por meio de visualizações.
Foram workshops com veterinários, agrônomos, zootecnistas, especialistas em biotecnologia leiteira e geneticistas animais, entre outros, que abordaram temas diversos e de interesse dos produtores, entre eles "o manejo da reprodução e as doenças do gado leiteiro", "A melhor genética de gado leiteiro para fazendas do Nordeste brasileiro" e "transferência de embriões em vaca leiteira".
"Tivemos que nos adaptar para seguirmos adiante com nossos planos. Isso reduziu nosso alcance, uma vez que a internet ainda é um problema na área rural do Nordeste, mas ainda assim conseguimos levar informação e formação a um número satisfatório de produtores", declara David Girão.
E os produtores reconhecem o trabalho. Para Moisés Maia, da fazenda São Francisco, "o Instituto Luiz Girão veio na hora certa. As palestras e minicursos online foram muito valiosos para nós, que nos ensinaram sobre tecnologias, inovação e produtividade. Um exemplo muito interessante que aprendemos foi sobre a substituição da soja pela parte aérea da mandioca para alimentar o gado e fazer silagem. "
Apesar do momento delicado, em 2020 houve um aumento de mais de 15% na captação de leite, com relação a 2019, que teve uma produção de 529,9 milhões de litros de leite. Já em 2020, até o momento, esse volume foi de 611,3 milhões litros.
O Instituto foi criado para proporcionar perspectivas melhores aos produtores e longevidade para a produção de leite no Nordeste. "Além de ajudar o produtor a profissionalizar a sua produção com inovação e melhorias técnicas, nossa missão é contribuir para educação e levar conhecimento para o campo", explica Davi Girão.
Sobre o Instituto Luiz Girão - O Instituto Luiz Girão é uma iniciativa da Betânia Lácteos que nasceu para dar vida ao propósito da empresa de promover e desenvolver a pecuária de leite no semiárido nordestino de forma sustentável, valorizando e proporcionando perspectivas melhores aos produtores de leite.
Presidido por David Girão (foto), o Instituto atua diretamente em ações como: a melhora da qualidade do leite, o incentivo ao uso de tecnologia no campo, o planejamento forrageiro e reserva alimentar, microcrédito, assistência técnica e de gestão da fazenda, garantia de compra de toda a produção e a escola do Leite para formação de mão de obra qualificada.
A escolha do nome do Instituto é uma homenagem a Luiz Girão, o fundador da história do lacticínio. A concepção do Instituto foi inspirada no sistema de ODS da ONU, uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas, sobre o Desenvolvimento Sustentável nas áreas de Erradicação da Pobreza, Segurança Alimentar, Agricultura, Saúde, Educação e Redução das Desigualdades.
Sobre a Betânia Lácteos - Fundada em 1971 em Quixeramobim, a Betânia Lácteos conta com seis fábricas localizadas no Ceará, Pernambuco, Bahia e Sergipe, além de doze centros de distribuição.
Maior indústria de lácteos do Nordeste e líder em leite UHT na região, com 41% de share e vice-líder em iogurtes, movimenta uma cadeia produtiva 100% de origem local. São mais de 3.500 famílias produtoras de leite, em cerca de 130 cidades do sertão nordestino, nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia e Sergipe.
Atualmente, a Betânia Lácteos possui mais de 2 mil colaboradores e está presente em 57 mil pontos de venda. Possui uma linha de produtos com mais de 120 itens, como leites pasteurizados, leites longa vida, bebidas lácteas, iogurtes, queijos, requeijões, leite em pó, creme de leite e leite condensado. A companhia tem orgulho de sua origem, de valorizar a família nordestina, alimentando o corpo e inspirando o coração.
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