A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza um Painel que permite verificar a produção, o consumo e a distribuição de Oxigênio no Brasil. Os dados foram fornecidos pelas empresas fabricantes, envasadoras e distribuidoras de Oxigênio Medicinal, em atenção ao Edital de Chamamento 5, de 12 de março de 2021.
Os primeiros dados dizem respeito ao período compreendido entre 13 e 17 de março. O Painel será atualizado todas as sextas-feiras, com a informação dos últimos sete dias.
Neste Painel 1 do Oxigênio Medicinal o Ceará aparece com o segundo maior estoque proporcional de Oxigênio Hospitalar, perdendo apenas para São Paulo.
O Ceará é o segundo estado com maior estoque de oxigênio, com 1 milhão de metros cúbicos (m³), de acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O primeiro lugar é São Paulo com 1,18 milhão de metros cúbicos. O terceiro é Minas Gerais com 875 mil de m3. Os dados são relativos ao período de 13 a 17 de março e trazem um total de 100 empresas atuando na produção de oxigênio. No geral, 71,7% eram de companhias privadas, 25,9% de instituições públicas e 2,46% de distribuidoras.
A Anvisa explicou em comunicado oficial que os dados sobre estoque devem ser observados de acordo com a capacidade de cada estado. “Eventuais dados de estoque zerados podem ocorrer devido à ausência de fornecimento de informações por parte das empresas ou por inexistência de empresas no estado. Assim, estados como o Acre, onde não existem empresas produtoras, não constarão no painel”, explica.
Dificuldades - Apesar de ser um dos estados com maiores estoques de oxigênio, de acordo com o Plano Oxigênio Brasil do Ministério da Saúde, o Ceará integra os estados com dificuldade de abastecimento deste insumo, junto com Acre, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia
De acordo com a pasta, já começaram a ser transportados cilindros e estruturas relacionadas à oferta de oxigênio de Manaus para outras localidades. Para o Ceará foram enviados 100 cilindros de oxigênio via Ministério da Saúde a partir de requisição do Estado.
Sem riscos - No início de março a A&G, empresa responsável pelo fornecimento de oxigênio medicinal para os hospitais de Fortaleza, informou que os fornecedores do Ceará “estão com a sua capacidade de envase totalmente comprometida” devido a alta demanda.
Reagindo ao comunicado da A&G, a Secretaria de Saúde do Cará (Sesa) informa que estabeleceu um planejamento e mantém contato com as empresas fornecedoras do insumo, para garantir o estoque nas unidades do Estado. “Este suprimento tem como base de cálculo números cinco vezes maiores que a demanda máxima do pico da pandemia de covid-19 do ano passado, considerando manutenção do abastecimento por 90 dias”, diz a nota.
Eventuais dados de estoque zerados podem ocorrer devido à ausência de fornecimento de informações por parte das empresas ou por inexistência de empresas no Estado. Assim, Estados como o Acre, onde não existem empresas produtoras, não constarão no Painel.
O Painel é uma ferramenta para acompanhamento do possível desabastecimento do Mercado, possibilitando, assim, conduzir ações preventivas, em médio e longo prazo. As informações disponíveis sempre tratam de um cenário fixo que considera um período de sete dias anteriores.
Como usar o Painel - São disponibilizadas duas telas para consulta, com informações separadas por estado. A primeira tela traz os dados dos fabricantes de Oxigênio e a segunda as informações das envasadoras do produto.
Nas duas telas são exibidos os dados do estoque disponível (em verde) e da venda (em vermelho) no período citado (nesse primeiro painel, entre 13 e 17 de março).
Na lateral esquerda do painel é possível saber para onde os produtos foram enviados: instituições privadas, públicas ou distribuidoras. Todas as informações são disponibilizadas em metros cúbicos.
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