O professor Evaldo Lima (PCdoB) lembra neste domingo (14) os três anos da morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista Anderson Gomes, no Rio de janeiro:
- Três anos depois, a pergunta que não cala: quem mandou assassinar Marielle? E por quê? Luto é luta! destaca Evaldo Lima no Twitter.
Neste compilado, o Instituto Marielle Franco, organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua nos temas de justiça racial e defesa de direitos humanos, busca apresentar de forma sistematizada as questões mais importantes a respeito da investigação e o árduo caminho de luta por justiça para o Caso de Marielle e Anderson, que demonstram que após longos três anos, a memória de Marielle segue viva, inspirando milhares de pessoas ao redor do mundo que lutam diariamente na busca por justiça de forma plena para Marielle e Anderson, e para todas e todos aqueles que perderam suas vidas na luta por um mundo mais justo.
O caso Marielle e Anderson não é apenas um marco em termos de violação de direitos humanos e um atentado contra a democracia brasileira. O episódio e sua investigação marcaram a história da Polícia Fluminense e auxiliou na abertura de investigações de diversos outros crimes do estado. Marielle é assassinada, e menos de um ano depois o presidente do Brasil, talvez o mais antidemocrático que já tivemos desde o período da ditadura toma posse, e o que desde o princípio foi um caso marcado por ataques e Fake News, fomento a violações de direitos humanos, agora, passa a ser investigado em governos (federal e estadual) de pessoas que se elegerem a partir do incentivo aos discursos de ódio e desinformação.
Após três anos da fatídica noite que tirou a vida de Marielle Franco e Anderson Gomes, as investigações do caso resultaram em inúmeras operações policiais, envolvendo uma ampla rede de criminosos do Rio de Janeiro, e que levou a mais de 65 prisões até hoje. Entre as pessoas presas, estão os executores de Marielle e Anderson, Roni Lessa e Élcio de Queiroz e integrantes de quadrilhas que foram desmanteladas em investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Assim, a partir do caso Marielle e Anderson, outros homicídios e crimes como tráfico de armas e extorsões foram esclarecidos. Mas, a pergunta de quem mandou matar Marielle e por quê, segue sem respostas, e com contornos cada vez mais confusos.
- Preparamos abaixo uma série de questões que permanecem abertas no caso Marielle e Anderson:
Sobre “O Crime” - Armas, munição e carro
- Quem mandou matar Marielle?
- Qual a motivação do mandante do crime?
- Por que ainda não se avançou na investigação sobre a autoria intelectual do crime?
- Qual é a ligação do responsável pela clonagem do carro com o crime e o grupo de milicianos ligado a Adriano Nóbrega e o Escritório do Crime?
- Qual é a conclusão das investigações sobre o extravio das munições e armas da Polícia Federal usadas no crime?
- Quem desligou, como e a mando de quem as câmeras de segurança do trajeto que Marielle e Anderson percorreram?
Sobre “A investigação”
- Por que não existe uma atuação coordenada das instâncias em níveis estadual e federal sobre a elucidação do caso de Marielle e Anderson?
- Por que até agora a Google não entregou os dados solicitados pelo MPRJ e a Polícia Civil para a investigação?
- Por que houve tantas trocas no comando da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, responsável pela investigação do caso Marielle?
- Houve tentativa de fraude nas investigações? Por quem?
- Foi aberto um inquérito pela Polícia Federal para apurar as interferências na investigação do caso. Por que em meio a estas investigações, o superintendente regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro foi trocado?
- O presidente Jair Bolsonaro informou que Ronnie Lessa foi ouvido pela polícia federal sobre o caso do porteiro. Este interrogatório foi entregue ao Ministério Público e à Polícia Civil do Rio de Janeiro?
Sobre “A atuação de órgãos externos”
- Por que o governo brasileiro não forneceu todas as informações demandadas pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas?
- Por que as recomendações da Comissão Externa realizada no âmbito do Congresso Nacional no ano de 2018 ainda não foram implementadas?
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