Puxado pelo aumento no Grupo Transportes, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24 de setembro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 1,14% em setembro. É o maior resultado para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,63%.
Em 2021, o IPCA-15 acumula alta de 7,02%, e nos últimos 12 meses já ultrapassa os dois dígitos (10,05%).
Já o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi a 2,77%, enquanto, em igual período de 2020, a variação havia sido de 0,98%.
Gasolina e energia elétrica foram os itens que, individualmente, tiveram o maior impacto na Inflação, ambos com 0,17 ponto percentual (pp). Por Grupos, as maiores influências vieram de:
- Transportes, com alta de 2,22% e impacto de 0,46 ponto percentual (pp).
- Alimentação e Bebidas,(1,27% e 0,27 pp).
- Habitação (1,55% e 0,25 pp).
Transportes - Nos Transportes, a alta dos combustíveis (3,00%) veio acima da registrada no mês anterior (2,02%). A Gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses.
Os demais combustíveis também apresentaram altas:
- Etanol (4,55%).
- Gás Veicular (2,04%).
- Óleo Diesel (1,63%).
No grupo, destaca-se a alta nos preços das Passagens Aéreas, que subiram 28,76% em setembro, exercendo o terceiro maior impacto (0,11 pp) no IPCA-15 do mês.
Alimentação - Em Alimentação e Bebidas, a Alimentação no domicílio acelerou de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro. Os preços das carnes subiram 1,10% e contribuíram com 0,03 p.p. de impacto.
Subiram também os preços da:
- Batata-Inglesa (10,41%).
- Café Moído (7,80%).
- Frango em Pedaços (4,70%).
- Frutas (2,81%).
- Leite Longa Vida (2,01%).
Por outro lado, houve queda pelo oitavo mês consecutivo nos preços do arroz (-1,03%) e pelo sexto mês consecutivo nos preços da cebola (-7,51%).
Habitação - Já o Grupo Habitação foi puxado mais uma vez pela alta na energia elétrica (3,61%),embora ela tenha desacelerado em relação a agosto (5,00%). No mês passado, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh.
IPCA-15 - Variação mensal (%)
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Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
Fortaleza - Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em setembro. O menor resultado foi em Fortaleza (0,68%), influenciado pela queda nos preços do:
- Tomate (-14,35%).
- Carnes (-0,94%).
- Produtos Farmacêuticos (-0,91%).
Curitiba - Já a maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), onde pesaram as altas da gasolina (5,90%) e da energia elétrica (4,92%).
Mais sobre a Pesquisa - O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) produz contínua e sistematicamente índices de preços ao consumidor.
Com divulgação na Internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA apenas no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, e na abrangência geográfica.
Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, as quais são: Regiões Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
Com informações e foto da Agência de Notícias IBGE.
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