Informa o professor Evaldo Lima:
- Moção de Pesar - Antônio Carlos Campelo Costa - Lamento profundamente o falecimento do arquiteto e urbanista Campelo Costa, talento e nome fundamental nas artes visuais e nas soluções arquitetônicas do País. Nosso último encontro foi na abertura da Exposição 'Traços de um Percurso Artístico', em comemoração aos 50 anos da sua primeira Mostra Individual realizada em 1968. Para além da Mestre respeitado, Campelo era um amigo querido. Potência, alegria, boêmia, amizade, talento e rebeldia. Minha solidariedade aos familiares, alunos e amigos. Meu abraço especial ao professor Campelo Júnior e sua linhagem, orgulhos do Campelão, Mariana, Fred, Álgea, Anderson. Que tempo triste em que nos despedimos de quem a gente respeita e quer bem. Obrigado, Mestre Campelo!
CAU - O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) informa com pesar o falecimento nesta terça-feira (3 de maio de 2022), aos 83 anos, em Fortaleza, do arquiteto e urbanista Antônio Carlos Campelo Costa.
Campelo Costa nasceu, em 1939, em Pernambuco e radicou-se jovem no Ceará, onde se formou em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará. Exerceu distintas funções nas três esferas do Poder Público. Foi presidente do IAB/DN em 1985-1986 e presidente e vice-presidente do IAB/CE.
É autor e coautor de projetos e obras de arquitetura em Fortaleza e outras regiões do país e de Requalificação Urbana para sítios históricos tombados pelo IPHAN no Ceará. Recebeu diversos prêmios em concursos, exposições e recebeu distinções e homenagens outorgadas por diversas instituições.
- Campelo soube como ninguém traduzir a luta pela democracia e pela cultura, dizer o que nosso ofício pode ser, o que o Brasil ainda será”, afirma nota de pesar do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
- As palavras, na sua mão, eram armas agudas, e, ainda assim, doces, da doçura da verdade conhecida, vivida, esperançada. Vá em paz, amigo, que aqui continuaremos seu sonho de um país justo, alegre, de um povo altaneiro, que você desenhou tão bem”.
Campelo era reconhecido como um dos mais significativos artistas do traço que atuaram em Fortaleza, tendo realizado várias exposições individuais, além de importantes mostras coletivas e recebido relevantes premiações em diversos salões de artes plásticas realizados na cidade, dos quais se destacam os Salões de Abril de 1966, 1967, 1968, sempre deslumbrando pela precisão e competência expressiva.
No final de 2019, em comemoração aos 80 anos do arquiteto e a Universidade de Fortaleza (Unifor), da Fundação Edson Queiroz, realizou a exposição Arquitetura e Cidade – Campelo Costa, com curadoria de Roberto Galvão. A mostra reuniu cerca de 40 desenhos de paisagens urbanas que marcaram o olhar do arquiteto em sua passagem por várias cidades, como Paris, Nova Iroque, Roma, Milão, Amsterdam, Lisboa, Porto, São Paulo, Olinda, Igarassu, Fortaleza, Sobral, entre outras.
Campelo Costa era graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFC, exerceu distintas funções nas três esferas do Poder Público. Já foi secretário municipal de Urbanismo e Cultura de Sobral, além de outras funções de Assessoria. Autor e coautor de projetos e obras de Arquitetura em Sobral, na capital Fortaleza e outras Regiões do Brasile de Requalificação Urbana para sítios históricos tombados pelo IPHAN em Sobral. Premiado em concursos, exposições e recebeu distinções e homenagens outorgadas por diversas instituições.
Além da arquitetura também tem incursões nas diversas linguagens artísticas. Na sua carreira, já foi premiado em salões de artes plásticas, exposições e ensaios.
Professora Lauriberto Braga - Quando trabalhei, na Sucursal Zona Norte do Diário do Nordeste (2010-2011), encontrei professor Campelo em Sobral. Fiz várias entrevistas com ele para o Diário do Nordeste, sempre versando sobre Cultura. Vá em paz, querido mestre...
Professor Eduardo Freire - Minha rápida parceria com Campelo. Conheci Campelo quando eu ainda era menino. Ele era meu vizinho na Praia de Iracema, pai de um um amigo escoteiro como eu, Campelo Filho. Era um condomínio cheio de artistas: Campelo, Medina, Alano Freitas, Francis Vale, Ana Fonteles... E Campelo era um dos mais charmosos de todos. Uma figura super alegre, ácida e um intelectual refinado. Lembro dos seus desenhos nas paredes do apartamento do Condomínio Iracema, que muitos anos depois virou Melrose. Muitos anos depois, fui convidado por Manoela Queiroz Bacelar para transformar a dissertação de mestrado dela num livro, e um dos pedidos dela era de que eu usasse os desenhos do Campelo no livro, bem como as fotos do Celso Oliveira. Foi um presente pra mim, uma oportunidade de ter uma parceria, mesmo que transversal com dois amigos e ídolos queridos. Na capa, fiz questão de colocar este desenho lindo da Igreja do Pequeno Grande, patrimônio histórico tombado onde Manoela se casou com Ricardo Bacelar. Esta é uma noite triste, foi-se mais um grande artista e uma pessoa imprescindível. Meus Sentimentos Antonio Carlos Campelo Costa Junior,
Mariana Costa, Fred e Alja.
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