Insurgência nordestina contra a opressão monárquica, inspirada pelos ideais republicanos da Revolução Francesa e concebida intelectualmente no Seminário de Recife, a Confederação do Equador completa 200 anos em 2024. O Ceará teve papel destacado no movimento revolucionário, tendo como um dos seus principais mentores o jornalista e padre católico Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Mello, conhecido como Padre Mororó, que, seis meses antes da eclosão da Confederação, provocou a Câmara dos Vereadores de Quixeramobim a destituir o Imperador e a proclamar a República.
Dado o papel de destaque que teve o Ceará na Revolução Pernambucana, na Independência do Brasil e na Confederação do Equador, e na ausência de comemorações dos bicentenários destes movimentos à altura de suas importâncias, que a Fundação Sintaf convenceu o Governo do Ceará a reunir diferentes iniciativas e seus organizadores em uma programação comemorativa pelos 200 anos do movimento. O Instituto do Ceará, a Assembleia Legislativa, o Arquivo Público do Estado, o Museu do Ceará, o Sindicato dos Fazendários do Ceará e a Companhia Teatral Criando Arte participam da empreitada coordenada pela Fundação e patrocinada pela Casa Civil do Governo.
A Solenidade de Abertura acontecerá nesta quinta-feira (27 de junho), às 9 horas, no Palácio da Abolição em Fortaleza, onde serão condecorados com a Medalha Padre Mororó, outorgada pela Fundação Sintaf:
- Governador do Ceará, Elmano de Freitas (foto).
- Ex-governador do Ceará, Lúcio Alcântara.
- Deputado Federal Idilvan Alencar.
- Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado estadual Evandro Leitão.
- Presidente do Instituto do Ceará, general Júlio Lima Verde.
- Assessor Especial de Assuntos Municipais do Governo do Ceará, Artur Bruno.
- Diretora do Arquivo Público do Estado, Janaina Ilara.
- Diretora do Museu do Ceará, Raquel Caminha.
- Diretor de Organização do Sindicato dos Fazendários do Ceará, Carlos Brasil.
No decorrer de um ano a programação constará, além da Solenidade no Palácio do Governo com entrega da Medalha Padre Mororó, de duas Audiências Públicas realizadas pela Alece, sendo uma no Crato e outra em Fortaleza, de Seminário Conjunto sobre a Confederação realizado em Fortaleza pelo Instituto do Ceará e em Recife pelo Instituto de Pernambuco, de publicação de tomo especial da Revista do Instituto do Ceará sobre a Confederação, de exposições itinerantes e na sede do Arquivo Público e do Museu do Ceará, além da reedição de livros dos dois órgãos com documentos da Confederação, e de dez apresentações nas cidades de Fortaleza, Aracati, Crato, Icó, Quixeramobim e Sobral de espetáculo de teatro sobre a Confederação e o Martírio do Padre Mororó.
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