Jornalista Eliezer Rodrigues: Caso eleito presidente da Associação Cearense de Imprensa (ACI), pela CHAPA ALTERNATIVA, na próxima eleição, marcada para junho próximo, pretendo colocar em prática, com mais rigor, uma causa que defendo há anos: a preservação dos monumentos históricos que adornam praças e espaços públicos de Fortaleza. E, principalmente, fiscalizar o trabalho de restauração das peças, que nos últimos anos são efetuados por pessoas inabilitadas, sem respaldo técnicos, contratados aleatoriamente pela Prefeitura local.
O exemplo atual mais evidente de desprezo é o monumento ao escritor José de Alencar, edificado na Praça denominado com o nome do autor mais importante da literatura cearense. Completamente danificada, enxovalhada por vândalos, a belíssima obra do escultor Humberto Cozzo, inaugurada em 1929, por ocasião do centenário de nascimento de José de Alencar, nunca recebeu das autoridades cuidados nem tratamentos dignos e adequados de restauração, ao longo dos anos.
Detalhe: considerado o monumento escultórico público mais belo de Fortaleza, trabalhado em granito branco de Itaquera, foi edificado devido a uma campanha comandada pelo presidente da ACI, à época, Gilberto Câmara.
Então minhas amigas e meus amigos, o precioso monumento tem tudo a ver com a nossa ACI!!!!
Nos anos de 1960, a Associação Cearense de Imprensa (ACI) acolhia em suas dependências, o Clube de Cinema de Fortaleza- CCF-, criado em 1948 por Darcy Costa, Antônio Girão Barroso, Aderbal Nunes Freire, Aluísio Medeiro, Heitor Costa Lima e João Maria Siqueira. Presidido pelo entusiasta do grupo, Darcy Costa, o CCF promovia exibição de filmes e debates no auditório, como também, estudos sobre história do Cinema, numa das salas da ACI.
Lembra Ângela Barros Leal no seu livro “Associação de Imprensa 85 anos – na pauta do Ceará”, 2011, “o Clube de Cinema vivenciou momentos especiais, como a palestra ministrada no auditório pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos”. O cineasta estava no auge da carreira com o lançamento, em 1963, do seu filme “Vidas Secas”, baseado na obra de Graciliano Ramos. É um dos trabalhos cinematográficos brasileiros mais premiado em todos os tempos, sendo reconhecido como obra-prima.
Pretendo, caso eleito presidente da Associação Cearense de Imprensa, na eleição em junho próximo, realizar programação de exibição de filmes e debates. Ideia inspirada no Clube de Cinema de Fortaleza.
FOTO/Arquivo; Cena do filme “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos.
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