"O cacique Yawalapiti Aritana, liderança do Parque Indígena do Xingu (MT), morreu nesta quarta-feira (5), em Goiânia (GO), em consequência do Covid-19, aos 74 anos.
O cacique yawalapiti Aritana, uma das principais lideranças do Parque Indígena do Xingu, enfrentava problemas respiratórios, foi diagnosticado, a partir dos sintomas, com Covid-19 e foi internado no Hospital Municipal de Canarana (MT).
Com 74 anos de idade e hipertenso, seu Estado de Saúde era preocupante, entretanto seus familiares, amigos, parentes de outras etnias e apoiadores dos indígenas do Xingu sentem imensamente a partida do Cacique Aritana.
Aritana viveu na Aldeia Yawalapiti, no coração do Parque do Xingu, a cerca de oito quilômetros do Posto Leonardo. Ele não queria deixar a terra indígena porque os xinguanos temem as condições dos hospitais da região, onde não há UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e também da capital de Mato Grosso, Cuiabá, onde a pandemia levou ao colapso de unidades hospitalares, porém foi convencido a viajar. De Canarana seguiu para Goiânia, mas os pulmões comprometidos forçaram o grande Aritana fazer a passagem.
Tapi, seu filho, conta que o Cacique Aritana estava muito preocupado com o avanço do Covid no Xingu.
"Após a morte dos seus parentes, Aritana iniciou uma campanha para arrecadar fundos e levar cuidados médicos para essa terra indígena, que não tem recursos ou remédios para atender os pacientes mais graves", disse Tapi.
A ideia era tentar “montar um hospital de campanha ou comprar remédios, porque sem remédios no Posto de Saúde da Vila, como o médico vai tratar febre, dor de cabeça, diarreia e dores no corpo?”, questionou.
"Aritana, o guerreiro, não teve tempo de fazer o pretendido e o governo tem se furtado a cumprir seu papel de cuidar dos povos originários, dos povos indígenas. Se não enfrentam mineradores, destruidores da floresta, encontram um inimigo atroz, o Covid-19, que veio do exterior e para o qual não possuem nenhuma imunidade.
Que o Cacique seja recebido em grande festa do outro lado: añu naku; añu taku.
Que os apapalutápa permitam seu cortejo fúnebre como ele sempre imaginou: no centro de sua aldeia.
Xamãs, pajés, familiares de sua putaka, parentes e caraíbas lamentam sua partida, Cacique Aritana!", destaca o site xapuri.info.
Aritana viveu na Aldeia Yawalapiti, no coração do Parque do Xingu, a cerca de oito quilômetros do Posto Leonardo. Ele não queria deixar a terra indígena porque os xinguanos temem as condições dos hospitais da região, onde não há UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e também da capital de Mato Grosso, Cuiabá, onde a pandemia levou ao colapso de unidades hospitalares, porém foi convencido a viajar. De Canarana seguiu para Goiânia, mas os pulmões comprometidos forçaram o grande Aritana fazer a passagem.
Tapi, seu filho, conta que o Cacique Aritana estava muito preocupado com o avanço do Covid no Xingu.
"Após a morte dos seus parentes, Aritana iniciou uma campanha para arrecadar fundos e levar cuidados médicos para essa terra indígena, que não tem recursos ou remédios para atender os pacientes mais graves", disse Tapi.
A ideia era tentar “montar um hospital de campanha ou comprar remédios, porque sem remédios no Posto de Saúde da Vila, como o médico vai tratar febre, dor de cabeça, diarreia e dores no corpo?”, questionou.
"Aritana, o guerreiro, não teve tempo de fazer o pretendido e o governo tem se furtado a cumprir seu papel de cuidar dos povos originários, dos povos indígenas. Se não enfrentam mineradores, destruidores da floresta, encontram um inimigo atroz, o Covid-19, que veio do exterior e para o qual não possuem nenhuma imunidade.
Que o Cacique seja recebido em grande festa do outro lado: añu naku; añu taku.
Que os apapalutápa permitam seu cortejo fúnebre como ele sempre imaginou: no centro de sua aldeia.
Xamãs, pajés, familiares de sua putaka, parentes e caraíbas lamentam sua partida, Cacique Aritana!", destaca o site xapuri.info.
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