Dia das Mães 2021.
Segunda vez que não comemoramos este dia com dona Luzanira.
Não por causa da Pandemia da Covid-19, mas porque minha mãe morreu antes dela.
Então neste Dia das Mães lembro dela que faria 80 anos.
Por força da Pandemia desde o ano passado não dá para visitar o túmulo dela no Cemitério.
Mas as lembranças são muitas.
Desde a Educação, ao sustento e a diversão.
Minha mãe dormiu na fila para conseguir uma vaga para mim no Grupo Escolar Antônio Bezerra onde estudei por nove anos.
Minha mãe me ensinou a trabalhar cedo e ter responsabilidade para isso.
Não, não era trabalho infantil. Era responsabilidade infantil, porque continuava estudando.
Lembro do trabalho no Mercado São Sebastião, que me deu cancha para meu primeiro emprego de carteira assinada no Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Era tão apegado a ela que para entrevista para entrar no BNB pedi a ela para ir comigo. Quando entrei na sala para entrevista, pedi para ela entrar e o entrevistador disse: 'não. A entrevista é com você. Não é com sua mãe'.
Eu tinha 15 anos.
Pensei que ali tinha cortado o cordão umbilical. Mas que nada fiquei cada vez mais preso à sua austeridade.
Foi ela que me ensinou o 'sujou, lavou' que levo até hoje nos altos dos meus pertos 56 anos.
Foi ela que me dava carão.
Foi ela que me chamava de Lauriberto com toda força, quando a maioria me chamava pelo apelido Manim.
Foi dona Luzanira, que me acompanhou na formatura em Jornalismo na Universidade Federal do Ceará (UFC), na solenidade no Ginásio Coberto Paulo Sarasate (foto).
Mãe de sete filhos, dona Luzanira dividiu suas atenções a todos.
Sou filho segundo dos sete, mas o primeiro que ingressou na Faculdade e isso foi motivo de grande orgulho para ela.
Foi para ela que primeiro autografei o único livro que escrevi.
Na sexta-feira passada (7), na apresentação do Programa Sala de Redação, na Rádio Fortaleza FM 90,7, homenageie as mães terrenas e as mães eternas (maternas), dentre elas dona Luzanira Braga Carneiro.
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