O Dia Nacional da Estagiária e do Estagiário é celebrado nesta quarta-feira (18 de agosto).
A data foi criada há 39 anos através da publicação do Decreto 87.497, em 18 de agosto de 1982.
- A experiência do Estágio é única e fundamental para o desenvolvimento humano e profissional”, explica a supervisora do Núcleo de Estágio e diretora da Escola Superior, Patrícia de Sá Leitão.
Atualmente, a Defensoria conta com o trabalho de mais de 250 estagiários de graduação empossados, atuando em diversos setores, sendo eles de Graduação e também do Programa Primeiro Passo.
Todos os processos seletivos são abertos, públicos e divulgados em forma de editais e, desde este ano, com inclusão de cotas para negros, indígenas e quilombolas, conforme Lei Estadual.
Para jovens como Lara Lourenço, de 22 anos, o estágio foi quando ela pôde colocar a teoria aprendida em sala de aula na prática. Ela ingressou na Defensoria em janeiro deste ano no setor da Ouvidoria e continuará até o final do mês, quando receberá seu diploma em Geografia na Universidade Estadual do Ceará (Uece).
- Ao longo desses oito meses trabalhando aqui, aprendi bastante e conheci pessoas maravilhosas que me deram tarefas relevantes e orientações para o meu desenvolvimento. Quem sabe um dia voltarei para a Defensoria como uma colaboradora”, pontua Lara Lourenço.
Helen Pinheiro, de 27 anos, também não vê a hora de terminar a faculdade de Direito na Universidade de Fortaleza (Unifor). Ela sonha em ser defensora. Iniciou em 2017 na Defensoria através do Programa Voluntariado, mas em julho de 2019 conseguiu, através de processo seletivo, ingressar no Estágio remunerado.
- Cada demanda e cada atendimento são únicos e possuem suas peculiaridades. Assim, aprendemos algo novo a cada dia”.
Ela garante que foi amor à primeira vista, e que já é ‘sangue verde’, quando dizem que a pessoa tem afinidades com o espírito da Defensoria.
- Trabalhar aqui é como se tivesse encontrado o meu lugar dentro da sociedade, ajudando quem, muitas vezes, não é visto e nem ouvido”, explica.
Acadêmica de Direito no Centro Universitário Christus, Maria Helena, de 21 anos, é uma das recém empossadas e está tendo sua primeira experiência de estágio através da Defensoria. A jovem que hoje atua na Defensoria Criminal, relata que a vontade de cursar Direito veio no Ensino Médio.
- Meus colegas falavam que eu levava muito jeito para argumentar e convencer os outros, comecei a pesquisar mais e me interessei”, conta a jovem.
Quando questionada se pretende ser defensora pública, Helena diz sim, com alegria.
- Quero trabalhar futuramente aqui. É uma profissão linda e necessária. É mais sobre o outro do que sobre mim: é sobre olhar pela vida de quem precisa ser olhada. Sobre dedicar sua vida para que outras possam ter a dela de volta”, assegura Maria Helena.
Outro importante instrumento para oferecer oportunidade para jovens é o Programa Primeiro Passo. Através da parceria com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), o projeto existe desde 2012 na Defensoria.
Assim, muitos estudantes do Nível Médio de Escolas Públicas do Estado têm a possibilidade de estagiar dentro da Defensoria e se qualificar para o Mercado de Trabalho.
Hoje, a Defensoria conta com 47 estudantes inscritos no Programa. Os jovens são distribuídos de acordo com o nível de demanda dos setores e suas funções são de auxiliar nas atividades administrativas do setor.
Carlos Kauan, de 18 anos, chegou na Defensoria em novembro do ano passado, ele atua no Núcleo de Atendimento de Petição Inicial (Napi). O jovem explica que no início precisou se adaptar e aprender muitos processos.
- No começo era tudo muito novo, diferente e estranho. Nunca foi algo que eu tinha no meu dia a dia, mas aprendi. É uma experiência muito boa. Inclusive, antes eu pensava que o Direito era muito entediante e inalcançável, mas agora vejo o quanto é legal e importante”, comenta o estudante do 3° ano do Ensino Médio. Carlos conta que, após a experiência do estágio, cogita fazer Direito.
- Quero fazer Odontologia, Biomedicina ou Direito”, fala, ainda em dúvida de qual carreira seguir.
- Assim como eu, que fui estagiária da Defensoria, aprendemos a amar e respeitar nossa instituição, e a fazer do direito um instrumento vivo para o pleno exercício da cidadania. Ser estagiária e estagiário é aprender a ser, antes de tudo, um cidadão”, finaliza a defensora pública Patrícia de Sá Leitão, ex-estagiária da Defensoria.
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