O coletivo Mães da Periferia, realiza neste sábado (7 de maio), no Passeio Público, no Centro de Fortaleza, um dia de autocuidado. Formado por mulheres mães de vítimas da violência policial no Ceará, o Mães da Periferia foi criado em 2020 e desde então é um espaço de compartilhamento da dor, mas também de afeto, e sobretudo luta. Com apoio de movimentos sociais e organizações não-governamentais, elas buscam justiça e reparação.
Realizado anualmente, o Encontro da Beleza desse ano começa às 8h com café da manhã coletivo e entrega de kits de higiene às mães. Em seguida, haverá um trabalho voltado à autoestima delas, que maquiadas vão fazer um book fotográfico. À tarde, todas participam de uma conversa sobre saúde mental, com a participação de uma psicóloga que acompanha famílias desse perfil.
Entre as mães participantes estão Edna Carla, mãe de Álef Sousa, assassinado aos 17 anos em 2015 na Chacina do Curió, e Sandra Sales, mãe de Ingrid Mayara, assassinada aos 19 anos em 2013 por um policial militar enquanto trabalhava.
Relembre esses dois casos:
Caso Àlef e Chacina do Curió
Caso Ingrid Mayara
A violência policial no Ceará - O levantamento do Monitor da Violência aponta que 143 pessoas foram mortas por policiais militares e civis em 2020 no Ceará. Um acréscimo de 5,14% em comparação a 2019 quando foram registradas 136 mortes. Desde a 1ª edição do estudo , em 2015, o ano que mais registrou mortes por policiais no estado foi em 2018, quando 221 pessoas perderam a vida em intervenções de agentes de segurança.
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