Técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), da Superintendência do Meio Ambiente do Ceará (Semace) e do Corpo de Bombeiros começaram nesta sexta-feira (19 de novembro) a avaliação da área do Parque do Cocó atingida pelo incêndio.
Foram 46,2 hectares de área atingida pelo incêndio, no Parque do Cocó. Carros dos Bombeiros, Defesa Civil e da Semace continuam na área afetada, principalmente pelo lado da Avenida Murilo Borges, bloqueando o tráfego de veículos em duas vias da via, liberando duas. Isso tem ocasionado grande engarrafamento.
A coordenação do Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna), fez sobrevoo sobre a Unidade de Conservação (UC) pela manhã e realizou o levantamento inicial do cenário do incêndio florestal e estimativa da área impactada pelo fogo. Com o apoio da aeronave do Ciopaer, foram registradas imagens aéreas e coletados pontos das coordenadas.
A partir da vistoria aérea e de campo, foram encontrados os seguintes dados:
- Perímetro do incêndio florestal de 3,77 quilômetros aproximadamente.
- Área impactada pelo fogo: 46,2 hectares aproximadamente.
Segundo Leonardo Borralho, técnico da Sema responsável pelo Previna, foi elaborado mapa de localização com inserção da poligonal da área atingida pelo sinistro, plotando sobre a poligonal da unidade de conservação Parque Estadual do Cocó e ainda zoneamento do plano de manejo da Unidade de Conservação (UC).
- No caso, a área impactada se encontra totalmente inserida no Parque Estadual do Cocó, estando na Zona de Adequação Ambiental, conforme zoneamento da UC. A Brigada Florestal Especializada do Previna continua no local fazendo o rescaldo e o monitoramento da situação”, explicou.
O secretário cearense de Meio Ambiente, Artur Bruno, que acompanha a situação desde cedo com o gerente do Parque, Paulo Lira, informou que, no período da tarde, a equipe do Previna está com a equipe de fiscalização da Semace, bem com profissionais do Corpo de Bombeiros para fazer uma avaliação mais criteriosa da área queimada e seus impactos à biodiversidade.
Ações preventivas - Bruno ressalta que a Sema realiza rondas periódicas semanais com fiscais próprios e agentes do Batalhão da Polícia Militar Ambiental no Parque Estadual do Cocó.
- Temos inclusive instalados 30 quilômetros de gradis e cercas no perímetro do Parque, que tem uma área enorme, de 1.580 hectares, percorrendo vários bairros de Fortaleza, acompanhando 20 quilômetros do Rio Cocó. Infelizmente, mesmo com um forte trabalho de educação ambiental, ainda não há uma cultura de preservação da natureza em muitas pessoas. Convivemos com o roubo de gradis – que são constantemente substituídos – e algumas invasões, que prejudicam o nosso trabalho”, afirmou.
A Sema foi criada em 2015, quando do primeiro ano da gestão do governador Camilo Santana. Desde então, houve um incremento na quantidade (eram 24 em 2015 e deverão ser 42 até o final de 2022) e na qualidade das Unidades de Conservação do Estado. A regulamentação do Parque Estadual do Cocó, em 2017, inclusive, foi fruto de uma luta de 40 anos do Movimento Ambiental.
Em relação especificamente aos incêndios (médios e grandes), observa-se a queda de ocorrências ano a ano, sempre no segundo semestre por conta do clima seco e a intensidade dos ventos, notadamente desde a criação do Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (PREVINA), debatido em 2017 e formalizado em 2018: 2015 (8), 2016 (15), 2017 (6), 2018 (4), 2019 (6), 2020 (2), 2021 (4).
Os 19 brigadistas assinaram, em 29 de outubro, o Termo de Admissão, na função de Brigadista Florestal, para prevenção e combate a incêndios florestais em atendimento à necessidade excepcional de interesse público, do Sistema Estadual do Meio Ambiente (Siema) e Unidades de Conservação (UCs) estaduais. Eles foram fundamentais, junto com o Corpo de Bombeiros e o Ciopaer, no combate ao incêndio que atingiu o Parque Estadual do Cocó nesta quarta (17) e quinta-feira (18).
Comentários
Postar um comentário