Um trabalho desenvolvido pelos engenheiros agrônomos Paulo Ricardo Cerqueira e Elson Fernandes, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), é apresentado na 5ª Reunião Nordestina de Ciência do Solo, realizada no Hotel Praia Centro, em Fortaleza (CE), até esta quinta-feira (30).
A pesquisa 'Espacialização da salinidade e sodicidade dos solos no projeto público de irrigação Nilo Coelho, Petrolina-Pernambuco' realizou análises da salinidade e sodicidadede 84 lotes do perímetro, com o objetivo de auxiliar os agricultores no manejo dos solos cultivados, evitando perdas econômicas e ambientais e indicando o momento certo de intervir.
"Analisamos informações de um banco de dados formado pelas áreas ambiental e de irrigação da Codevasf, que contém diversos parâmetros das partes química e física dos solos dos projetos irrigados. Esse banco de dados está aberto a todos os colegas que queiram realizar pesquisas de interesses relacionados a química e física dos solos. Ele será intercambiado com outros órgãos no âmbito do Programa Nacional de Solos (Planosol)", explica o engenheiro agrônomo Paulo Ricardo Cerqueira.
A Reunião Nordestina de Ciência do Solo é um evento técnico-científico promovido pelo Núcleo Regional Nordeste da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Em sua quinta edição, o evento tem como tema "Solo como fator de produção frente às mudanças climáticas no Nordeste brasileiro". O objetivo é debater os diversos trabalhos na área de solos de instituições de pesquisa, ensino, extensão rural e desenvolvimento do Nordeste.
De acordo com a organização do encontro, a abordagem foi escolhida diante das evidências científicas a respeito das alterações ambientais ocorridas nos últimos anos, pelas previsões de acirramento das condições de aridez no Nordeste e em virtude das estreitas relações da ciência do solo na mitigação e convivência com os efeitos das mudanças climáticas previstas.
Projeto Senador Nilo Coelho - O projeto de irrigação Senador Nilo Coelho está inserido no polo de irrigação Petrolina/Juazeiro, o mais desenvolvido do Vale do São Francisco. Entrou em operação no ano de 1984, ocupando uma área que se estende ao longo do rio São Francisco, na sua margem esquerda, desde a barragem de Sobradinho, no município de Casa Nova (BA), até a sede do município de Petrolina (PE).
Esse projeto abrange uma superfície irrigável de 20.361 hectares, dos quais 12.027 hectares são ocupados por produtores familiares (colonos) e 7.584 hectares, por pequenas, médias e grandes empresas. Com predominância da fruticultura, tem destaque a produção de uva, manga e goiaba.
A pesquisa 'Espacialização da salinidade e sodicidade dos solos no projeto público de irrigação Nilo Coelho, Petrolina-Pernambuco' realizou análises da salinidade e sodicidadede 84 lotes do perímetro, com o objetivo de auxiliar os agricultores no manejo dos solos cultivados, evitando perdas econômicas e ambientais e indicando o momento certo de intervir.
"Analisamos informações de um banco de dados formado pelas áreas ambiental e de irrigação da Codevasf, que contém diversos parâmetros das partes química e física dos solos dos projetos irrigados. Esse banco de dados está aberto a todos os colegas que queiram realizar pesquisas de interesses relacionados a química e física dos solos. Ele será intercambiado com outros órgãos no âmbito do Programa Nacional de Solos (Planosol)", explica o engenheiro agrônomo Paulo Ricardo Cerqueira.
A Reunião Nordestina de Ciência do Solo é um evento técnico-científico promovido pelo Núcleo Regional Nordeste da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Em sua quinta edição, o evento tem como tema "Solo como fator de produção frente às mudanças climáticas no Nordeste brasileiro". O objetivo é debater os diversos trabalhos na área de solos de instituições de pesquisa, ensino, extensão rural e desenvolvimento do Nordeste.
De acordo com a organização do encontro, a abordagem foi escolhida diante das evidências científicas a respeito das alterações ambientais ocorridas nos últimos anos, pelas previsões de acirramento das condições de aridez no Nordeste e em virtude das estreitas relações da ciência do solo na mitigação e convivência com os efeitos das mudanças climáticas previstas.
Projeto Senador Nilo Coelho - O projeto de irrigação Senador Nilo Coelho está inserido no polo de irrigação Petrolina/Juazeiro, o mais desenvolvido do Vale do São Francisco. Entrou em operação no ano de 1984, ocupando uma área que se estende ao longo do rio São Francisco, na sua margem esquerda, desde a barragem de Sobradinho, no município de Casa Nova (BA), até a sede do município de Petrolina (PE).
Esse projeto abrange uma superfície irrigável de 20.361 hectares, dos quais 12.027 hectares são ocupados por produtores familiares (colonos) e 7.584 hectares, por pequenas, médias e grandes empresas. Com predominância da fruticultura, tem destaque a produção de uva, manga e goiaba.
UFC - A discussão sobre a desertificação do semiárido e o papel da Universidade em buscar soluções para mitigar os efeitos desse processo através de pesquisas de alto padrão deu o tom da abertura da 5ª Reunião Nordestina de Ciência do Solo (5ª RNCS), na manhã desta segunda-feira (27). O evento, que traz como tema "Solo como fator de produção frente às mudanças climáticas no Nordeste brasileiro", é promovido pelo núcleo regional da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e realizado pela Universidade Federal do Ceará (UFC). A programação segue até quinta-feira (30) no Hotel Praia Centro.
O evento reúne estudantes, professores, pesquisadores, extensionistas, consultores e produtores rurais, contando nesta edição com mais de 700 trabalhos inscritos. De acordo com a coordenadora da 5ª RNCS, Maria Eugenia Ortiz Escobar, o objetivo da reunião é compartilhar os avanços em Ciência do Solo do Nordeste, com a apresentação dos resultados das pesquisas que vêm sendo realizadas na região.
"É para todos nós um momento de atualização, esclarecimentos e de enriquecimento científico", informou, destacando a importância da universidade na produção de pesquisas na área de Ciência do Solo. "Somente no ambiente universitário é possível combinar o ensino, a pesquisa e a extensão, e é nosso desejo termos condições de continuar e assim podermos contribuir na formação de novos profissionais", afirmou a coordenadora em seu discurso no auditório lotado.
Para o diretor da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Regional Nordeste, Júlio César Nóbrega, o tema escolhido para a reunião é desafiador. "O tema se justifica diante das evidências científicas a respeito das alterações ambientais ocorridas nos últimos anos, bem como pela precisão do acirramento da aridez no semiárido e devido às estreitas relações da convivência frente aos efeitos das mudanças climáticas". Reforçando o discurso de Maria Eugenia Escobar, Nóbrega defendeu que as soluções para essas questões só podem ser alcançadas no meio universitário.
O diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Ângelo José de Negreiros Guerra, também presente à abertura, apontou que o estudo agronômico deve influenciar na reversão do quadro de desertificação. Segundo ele, muitas vezes as soluções são simples e de baixo custo. O diretor ressaltou que o Dnocs, criado há 110 anos, sempre teve uma relação muito próxima com a Escola de Agronomia, fundada há 101 anos, e que hoje compõe o Centro de Ciências Agrárias da UFC. "As ações do Dnocs estão bem associadas à Escola de Agronomia. O Dnocs precisa dela, porque ele precisa se modernizar", disse.
A diretora do CCA, professora Sônia Pinheiro de Oliveira, lembrou que a Escola de Agronomia foi criada com o intuito de contribuir com o desenvolvimento agronômico do Ceará e para formar um quadro técnico que pudesse interferir de forma racional nos efeitos da seca na economia cearense. Hoje, os cursos de graduação e pós-graduação do CCA estão consolidados, com qualidade reconhecida pelas avaliações do Ministério da Educação. "O CCA fortalece o comprometimento com a missão da UFC, que se movimenta cada vez mais para explorar um importante canal de conexão com a sociedade por meio da inovação, transformando conhecimentos em produtos, processos e políticas públicas com alto valor agregado, não somente financeiro, mas principal e fundamentalmente de natureza social".
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFC, Prof. Antônio Gomes, defendeu a necessidade de se valorizar a produção científica nacional. "As dificuldades e os desafios que todos nós temos como humanidade não podem passar por soluções que não venham da ciência. É muito complicado e delicado escutar discursos e achismos de tomadores de decisão que pouco conhecem, pior, que ignoram os avanços científicos que a humanidade fez ao longo do tempo. A ciência é iluminadora das nossas ações".
Após a cerimônia de abertura, a 5ª Reunião Nordestina de Ciência do Solo seguiu com conferência com Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, professor da Universidade de São Paulo (USP), que falou sobre "O solo como mitigador das mudanças climáticas no Nordeste brasileiro". Até quinta-feira (30), a reunião contará com duas conferências e 10 seminários, trazendo, pela primeira vez no evento, dois palestrantes internacionais.
O evento reúne estudantes, professores, pesquisadores, extensionistas, consultores e produtores rurais, contando nesta edição com mais de 700 trabalhos inscritos. De acordo com a coordenadora da 5ª RNCS, Maria Eugenia Ortiz Escobar, o objetivo da reunião é compartilhar os avanços em Ciência do Solo do Nordeste, com a apresentação dos resultados das pesquisas que vêm sendo realizadas na região.
"É para todos nós um momento de atualização, esclarecimentos e de enriquecimento científico", informou, destacando a importância da universidade na produção de pesquisas na área de Ciência do Solo. "Somente no ambiente universitário é possível combinar o ensino, a pesquisa e a extensão, e é nosso desejo termos condições de continuar e assim podermos contribuir na formação de novos profissionais", afirmou a coordenadora em seu discurso no auditório lotado.
Para o diretor da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Regional Nordeste, Júlio César Nóbrega, o tema escolhido para a reunião é desafiador. "O tema se justifica diante das evidências científicas a respeito das alterações ambientais ocorridas nos últimos anos, bem como pela precisão do acirramento da aridez no semiárido e devido às estreitas relações da convivência frente aos efeitos das mudanças climáticas". Reforçando o discurso de Maria Eugenia Escobar, Nóbrega defendeu que as soluções para essas questões só podem ser alcançadas no meio universitário.
O diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Ângelo José de Negreiros Guerra, também presente à abertura, apontou que o estudo agronômico deve influenciar na reversão do quadro de desertificação. Segundo ele, muitas vezes as soluções são simples e de baixo custo. O diretor ressaltou que o Dnocs, criado há 110 anos, sempre teve uma relação muito próxima com a Escola de Agronomia, fundada há 101 anos, e que hoje compõe o Centro de Ciências Agrárias da UFC. "As ações do Dnocs estão bem associadas à Escola de Agronomia. O Dnocs precisa dela, porque ele precisa se modernizar", disse.
A diretora do CCA, professora Sônia Pinheiro de Oliveira, lembrou que a Escola de Agronomia foi criada com o intuito de contribuir com o desenvolvimento agronômico do Ceará e para formar um quadro técnico que pudesse interferir de forma racional nos efeitos da seca na economia cearense. Hoje, os cursos de graduação e pós-graduação do CCA estão consolidados, com qualidade reconhecida pelas avaliações do Ministério da Educação. "O CCA fortalece o comprometimento com a missão da UFC, que se movimenta cada vez mais para explorar um importante canal de conexão com a sociedade por meio da inovação, transformando conhecimentos em produtos, processos e políticas públicas com alto valor agregado, não somente financeiro, mas principal e fundamentalmente de natureza social".
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFC, Prof. Antônio Gomes, defendeu a necessidade de se valorizar a produção científica nacional. "As dificuldades e os desafios que todos nós temos como humanidade não podem passar por soluções que não venham da ciência. É muito complicado e delicado escutar discursos e achismos de tomadores de decisão que pouco conhecem, pior, que ignoram os avanços científicos que a humanidade fez ao longo do tempo. A ciência é iluminadora das nossas ações".
Após a cerimônia de abertura, a 5ª Reunião Nordestina de Ciência do Solo seguiu com conferência com Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, professor da Universidade de São Paulo (USP), que falou sobre "O solo como mitigador das mudanças climáticas no Nordeste brasileiro". Até quinta-feira (30), a reunião contará com duas conferências e 10 seminários, trazendo, pela primeira vez no evento, dois palestrantes internacionais.
Comentários
Postar um comentário