A Globo anunciou nesta quinta-feira (primeiro de abril), que fechou um acordo para vender a gravadora e desenvolvedora de talentos musicais Som Livre para a Sony Music Entertainment.
A Som Livre foi fundada em 1969 com o objetivo inicial de lançar as trilhas dos Programas da Rede Globo. Durante cinco décadas a empresa cresceu, virou uma das mais importantes da música brasileira e ajudou a revelar e construir carreiras de artistas como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos.
Jorge Nóbrega, presidente executivo da Globo, explicou que a Som Livre é um negócio "sólido e rentável" e que a decisão de venda faz parte de uma "análise detalhada do valor estratégico dos ativos da Globo, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal".
Atualmente, a Som Livre tem um elenco de cerca de 80 artistas, que inclui Marília Mendonça, Jorge & Mateus, Wesley Safadão (foto Romilson Sales), Lexa, Israel e Rodolffo, Dudu MC, Filipe Ret e Grupo Menos é Mais. A empresa também atua em edição musical, música ao vivo e distribuição digital.
Como o G1 mostrou, o Mercado Fonográfico Brasileiro tem alcançado crescimento um consistente que foi turbinado em 2020. A alta de 24,5% da do País foi destaque no relatório anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês).
A Som Livre é um dos destaques neste mercado que chama atenção do mundo. Apenas com conteúdo nacional, ela é terceira maior gravadora do Brasil hoje, atrás das multinacionais Sony e Universal e à frente da Warner Music.
A Sony Music Entertainment é uma empresa dos Estados Unidos que pertence ao conglomerado japonês Sony.
Segundo a empresa americana, a "Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu próprio elenco de talentos." O executivo Marcelo Soares continuará como CEO da Som Livre.
A conclusão da aquisição está sujeita às condições regulatórias e de fechamento que incluem a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
'Negócio sólido e rentável' - A Globo já havia anunciado em novembro que tinha iniciado estudos para a venda da Som Livre.
- A Som Livre é um negócio extremamente sólido e rentável. Há dez anos, fez uma grande e bem sucedida mudança em seu modelo de negócios, migrando seus investimentos para a gestão de talentos, e transformou sua marca numa grande potência do seu segmento, com atuação em várias plataformas", disse Jorge Nóbrega no comunicado em novembro.
Jorge Nóbrega explicou em novembro que a Globo vem fazendo uma análise detalhada do valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal.
O executivo ressaltou que a venda não significa que a música deixa de ser relevante no portfólio da empresa. Ele destacou a cobertura de festivais como Rock in Rio e o Lollapalooza, canais por assinatura, como BIS e Multishow, e programas como os da família The Voice, TVZ, Música Boa ao Vivo e outros.
Jorge Nóbrega disse em comunicado nesta quinta-feira:
- Estamos muito felizes em ter encontrado na Sony uma nova casa para a Som Livre, um negócio que foi construído dentro da Globo e que sempre foi muito querido por todos nós. A Som Livre produziu e lançou músicas com a Globo por mais de meio século, foi um importante capítulo na história da Globo. Nós queríamos assegurar que esse acordo preservasse tudo que a Som Livre representa para os brasileiros. Desde o início das conversas percebemos um alto nível de profissionalismo, interesse e respeito vindos da Sony Music, que fizeram dela a combinação perfeita para a Som Livre. Desejo à Som Livre e à Sony muitos mais anos de sucesso".
Com informações do G-1.
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