A dificuldade de acesso aos serviços de saúde, a subnotificação de casos ligados à Covid-19 e a falta de estrutura e de recursos para o tratamento da doença foram alguns dos principais desafios enfrentados pelas comunidades indígenas no Brasil ao longo de todo o período da Pandemia. Apesar de avanços na construção das políticas públicas no País, muito ainda precisa ser feito para que se possa alcançar uma abordagem fundamentada no respeito e na igualdade de direitos de povos originários.
Baseada nesta discussão e aproveitando a semana de comemoração ao Dia do Índio, celebrado neste 19 de abril, a Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), realizará mais uma edição do Papo SUS. A live será transmitida pelo perfil da autarquia no Instagram (@espceara).
Os convidados são Ceiça Pitaguary, membro do Conselho de Saúde Indígena e articuladora da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial (Ceppir) da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS); e Dourado Tapeba, assessor especial de saúde indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Ceará.
Durante uma hora, os participantes irão discutir sobre os desafios e os avanços conquistados no campo da saúde índigena; promoção e prevenção da saúde desses povos, além de debates sobre as políticas de saúde para esta comunidade no Brasil e o ponto de vista das lideranças a partir da perspectiva do controle social desta população.
Celebração da cultura indígena
Celebrado em 19 de abril, a comemoração do Dia do Índio foi oficializada no Brasil por meio de um Decreto-lei de 2 de junho de 1943. A data é uma forma de mostrar aos brasileiros toda a contribuição desses povos para a formação histórica do País e de reafirmar a importância da implementação de políticas públicas específicas, garantindo a manutenção de seus direitos no território brasileiro.
Estima-se que, na época da chegada dos colonizadores europeus ao Brasil, havia entre dois e quatro milhões de indígenas aqui estabelecidos. De acordo com dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número atual desta etnia ultrapassa pouco mais de 896 mil pessoas. A maior parte vive atualmente no interior de 726 terras indígenas, de norte a sul do território nacional.
“Papo SUS”: Saúde indígena em pauta
Terça-feira (19), às 19h30
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