O Blog do Lauriberto recebeu a seguinte mensagem do engenheiro Cássio Borges (foto):
- Caros amigos:
Remeto-lhes o trabalho que finalizei juntamente com outros conceituados técnicos intitulado REVITALIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DO DNOCS que, sem dúvida, será uma grande contribuição técnica e científica deste grupo que se formou à margem e independência do DNOCS em defesa daquela Autarquia, que tive a honra e a satisfação de participar de quase todas as suas mais recentes realizações nestes últimos 30 ou 40 anos.
Esta é a terceira publicação que nestes dois últimos anos tive a honra e a satisfação de ter ao meu lado figuras exponenciais de nossa região como o engenheiro agrônomo e economista Otamar de Carvalho, José Maria Marques de Carvalho, engenheiro agrônomo e economista, aposentado do Banco do Nordeste, Evandro Bezerra, competente e conceituado engenheiro agrônomo aposentado do DNOCS, engenheiro civil, Angelo Guerra , eleito pela Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, em 2018, um dos melhores Diretores Gerais do DNOCS nestes últimos 30 anos e Flávio Viriato de Saboya, Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará , que sempre este ao meu lado nesta árdua luta em favor e em defesa do Dnocs.
Estas personalidades, desinteressadas de qualquer beneficio ou vantagens pessoais que lhe queiram atribuir, se debruçaram, por meses, sobre o tema da Manutenção e Revitalização do Dnocs, tendo merecido o seguinte comentário do jornalista e advogado Reginaldo Vasconcelos, presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, na sua brilhante APRESENTAÇÃO do trabalho que escreveram, sem dúvida dando uma grande contribuição para a comunidade técnica/cientifica de nossa Região, comprovadamente omissa e indiferente aos imperativos da moderna e pura Ciência Hidrológica, que me fez publicar um livro de 400 páginas com o título ”Em Defesa da Engenharia Nacional”:
“A constelação de cientistas que se debruçam sobre o tema da manutenção e revitalização do Dnocs, que abraçaram essa causa e que elaboraram o presente estudo, é o crème de la crème da inteligência nacional no campo da engenharia hidrológica – visto que o Nordeste do País, em razão das recorrentes secas, é o foco principal a demandar essa matéria: a acumulação, a administração e a distribuição dos recursos hídricos, para o consumo humano, a pecuária e a agricultura.
O Dnocs, por seu turno, entidade secular pioneira no combate à estiagem, mais propriamente aos deletérios efeitos da seca sobre as populações xerófilas, é uma das instituições científicas mais veteranas e beneméritas do Brasil – a exemplo do Museu Nacional, do Instituto Butantan, do Instituto Pasteur, da Fundação Oswaldo Cruz – malgrado tenha sido tratado como o “patinho feio” dos equipamentos estatais, pelo desprestígio político que marca a nossa região setentrional.
Entretanto, nenhum estamento científico tem reunido mais conhecimento e mais experiência sobre o fenômeno da estiagem que o Dnocs, e sobre os métodos mais adequados de contornar os seus efeitos no semiárido brasileiro, valiosíssima expertise conquistada com “a mão na massa” há tantas décadas, na construção de açudagem e irrigação, no desenvolvimento de culturas próprias, nas pesquisas em piscicultura e em ações de peixamento dos açudes, assistindo os sacrificados habitantes da caatinga com atenção e desvelo.
Tamanha é a tradição dessa entidade neste quadrante do País que dificilmente se encontra um nordestino que não tenha uma história que vincule ao Dnocs a sua história pessoal – beneficiários ancestrais das suas ações sertanejas, agricultores humildes, pecuaristas heroicos, ex-servidores do Órgão, familiares destes – eu inclusive, descendente do engenheiro Aires de Sousa, um dos seus mais antigos diretores, neto e filho de fazendeiro cearenses, sobrinho de diversos engenheiros do passado da entidade.
Por essas ligações de família, testemunhei pessoalmente, na minha infância, a construção do Açude de Orós, as operações sociais e humanitárias do Dnocs durante a seca de 1958, em torno dos seus postos agrícolas implantados nos sertões, verdadeiros oásis a que as populações famélicas se acostavam para garantir a sobrevivência – os “fornecimentos”, as obras de emergência, não raro o avião da autarquia socorrendo pessoas doentes e transportando técnicos e autoridade científicas para o sáfaro sertão.
Nesse período, o então emergente Estado de Israel enviou ao Brasil os seus engenheiros para trocar experiências com os cientistas do Dnocs, a fim de compartilharem conhecimentos sobre as agruras climáticas do nosso semiárido, e as securas do deserto em que aquele país foi construído. O melhor aproveitamento da água, as culturas mais resistentes ao estio, as políticas estatais mais proativas na viabilização e proteção da agricultura e da pecuária em áreas mais agrestes do Planeta.
Enfim, nesta obra intitulada “Revitalização e Fortalecimento do Dnocs”, elaborada pelos engenheiros Otamar de Carvalho, Cássio Borges, José Maria Carvalho, Ângelo Guerra, Flávio Saboya e Evandro Bezerra estão cientificamente fundamentadas todas as razões pelas quais o Dnocs deve ser mantido e revigorado pelo Governo Federal, bem como estão escrutinadas as fórmulas administrativas para o seu soerguimento, com o melhor aproveitamento dos seus potenciais técnico-científicos para a melhoria do índice de desenvolvimento humano e o progresso econômico do Nordeste.
Reginaldo Vasconcelos- Jornalista e advogado
Presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo”
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Continuando este despretensioso comentário sobre o trabalho que concluímos recentemente sobre a Manutenção e Revitalização do Dnocs, permito-me fazer as seguintes perguntas aos mandachuvas dos Recursos Hídricos do estado do Ceará, porque, de fato, até hoje, não encontrei resposta para esta pergunta:
Estou aguardando resposta para esta indagação há mais de 30 anos: Qual é, finalmente, oficialmente vazão regularizada do Açude Castanhão, o maior deste Estado? É 30 metros cúbicos por segundo, como afirmaram os seus projetistas, no caso o extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento-DNOS? É 19 metros cúbicos por segundo, como afirmaram os professores do Curso de Metrado da Universidade Federal do Ceará? É entre 10 e 13 m³/s, segundo afirmação do eminente Professor Theophilo Benedito Ottoni Netto em relatório para a SEMACE, ou somente 10 m³/s, segundo o engenheiro Hypérides Macedo em palestra no Senado Federal?
E no que se refere ao índice evaporimétrico? É mesmo 1.700 milímetros como está dito no projeto do referido reservatório elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento-DNOS em 1985, ou é 2893,5, milímetros como foi considerado no EIA/RIMA do mencionado empreendimento? Qual a consequência desta abismal diferença?
E aí vem mais esta pergunta: Como se pode fazer a gestão dos recursos hídricos no Ceará sem se ter as respostas destas e de outras pertinentes perguntas?
Remeto-lhes o trabalho que finalizei juntamente com outros conceituados técnicos intitulado REVITALIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DO DNOCS que, sem dúvida, será uma grande contribuição técnica e científica deste grupo que se formou à margem e independência do DNOCS em defesa daquela Autarquia, que tive a honra e a satisfação de participar de quase todas as suas mais recentes realizações nestes últimos 30 ou 40 anos.
Esta é a terceira publicação que nestes dois últimos anos tive a honra e a satisfação de ter ao meu lado figuras exponenciais de nossa região como o engenheiro agrônomo e economista Otamar de Carvalho, José Maria Marques de Carvalho, engenheiro agrônomo e economista, aposentado do Banco do Nordeste, Evandro Bezerra, competente e conceituado engenheiro agrônomo aposentado do DNOCS, engenheiro civil, Angelo Guerra , eleito pela Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, em 2018, um dos melhores Diretores Gerais do DNOCS nestes últimos 30 anos e Flávio Viriato de Saboya, Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará , que sempre este ao meu lado nesta árdua luta em favor e em defesa do Dnocs.
Estas personalidades, desinteressadas de qualquer beneficio ou vantagens pessoais que lhe queiram atribuir, se debruçaram, por meses, sobre o tema da Manutenção e Revitalização do Dnocs, tendo merecido o seguinte comentário do jornalista e advogado Reginaldo Vasconcelos, presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, na sua brilhante APRESENTAÇÃO do trabalho que escreveram, sem dúvida dando uma grande contribuição para a comunidade técnica/cientifica de nossa Região, comprovadamente omissa e indiferente aos imperativos da moderna e pura Ciência Hidrológica, que me fez publicar um livro de 400 páginas com o título ”Em Defesa da Engenharia Nacional”:
“A constelação de cientistas que se debruçam sobre o tema da manutenção e revitalização do Dnocs, que abraçaram essa causa e que elaboraram o presente estudo, é o crème de la crème da inteligência nacional no campo da engenharia hidrológica – visto que o Nordeste do País, em razão das recorrentes secas, é o foco principal a demandar essa matéria: a acumulação, a administração e a distribuição dos recursos hídricos, para o consumo humano, a pecuária e a agricultura.
O Dnocs, por seu turno, entidade secular pioneira no combate à estiagem, mais propriamente aos deletérios efeitos da seca sobre as populações xerófilas, é uma das instituições científicas mais veteranas e beneméritas do Brasil – a exemplo do Museu Nacional, do Instituto Butantan, do Instituto Pasteur, da Fundação Oswaldo Cruz – malgrado tenha sido tratado como o “patinho feio” dos equipamentos estatais, pelo desprestígio político que marca a nossa região setentrional.
Entretanto, nenhum estamento científico tem reunido mais conhecimento e mais experiência sobre o fenômeno da estiagem que o Dnocs, e sobre os métodos mais adequados de contornar os seus efeitos no semiárido brasileiro, valiosíssima expertise conquistada com “a mão na massa” há tantas décadas, na construção de açudagem e irrigação, no desenvolvimento de culturas próprias, nas pesquisas em piscicultura e em ações de peixamento dos açudes, assistindo os sacrificados habitantes da caatinga com atenção e desvelo.
Tamanha é a tradição dessa entidade neste quadrante do País que dificilmente se encontra um nordestino que não tenha uma história que vincule ao Dnocs a sua história pessoal – beneficiários ancestrais das suas ações sertanejas, agricultores humildes, pecuaristas heroicos, ex-servidores do Órgão, familiares destes – eu inclusive, descendente do engenheiro Aires de Sousa, um dos seus mais antigos diretores, neto e filho de fazendeiro cearenses, sobrinho de diversos engenheiros do passado da entidade.
Por essas ligações de família, testemunhei pessoalmente, na minha infância, a construção do Açude de Orós, as operações sociais e humanitárias do Dnocs durante a seca de 1958, em torno dos seus postos agrícolas implantados nos sertões, verdadeiros oásis a que as populações famélicas se acostavam para garantir a sobrevivência – os “fornecimentos”, as obras de emergência, não raro o avião da autarquia socorrendo pessoas doentes e transportando técnicos e autoridade científicas para o sáfaro sertão.
Nesse período, o então emergente Estado de Israel enviou ao Brasil os seus engenheiros para trocar experiências com os cientistas do Dnocs, a fim de compartilharem conhecimentos sobre as agruras climáticas do nosso semiárido, e as securas do deserto em que aquele país foi construído. O melhor aproveitamento da água, as culturas mais resistentes ao estio, as políticas estatais mais proativas na viabilização e proteção da agricultura e da pecuária em áreas mais agrestes do Planeta.
Enfim, nesta obra intitulada “Revitalização e Fortalecimento do Dnocs”, elaborada pelos engenheiros Otamar de Carvalho, Cássio Borges, José Maria Carvalho, Ângelo Guerra, Flávio Saboya e Evandro Bezerra estão cientificamente fundamentadas todas as razões pelas quais o Dnocs deve ser mantido e revigorado pelo Governo Federal, bem como estão escrutinadas as fórmulas administrativas para o seu soerguimento, com o melhor aproveitamento dos seus potenciais técnico-científicos para a melhoria do índice de desenvolvimento humano e o progresso econômico do Nordeste.
Reginaldo Vasconcelos- Jornalista e advogado
Presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo”
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Continuando este despretensioso comentário sobre o trabalho que concluímos recentemente sobre a Manutenção e Revitalização do Dnocs, permito-me fazer as seguintes perguntas aos mandachuvas dos Recursos Hídricos do estado do Ceará, porque, de fato, até hoje, não encontrei resposta para esta pergunta:
Estou aguardando resposta para esta indagação há mais de 30 anos: Qual é, finalmente, oficialmente vazão regularizada do Açude Castanhão, o maior deste Estado? É 30 metros cúbicos por segundo, como afirmaram os seus projetistas, no caso o extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento-DNOS? É 19 metros cúbicos por segundo, como afirmaram os professores do Curso de Metrado da Universidade Federal do Ceará? É entre 10 e 13 m³/s, segundo afirmação do eminente Professor Theophilo Benedito Ottoni Netto em relatório para a SEMACE, ou somente 10 m³/s, segundo o engenheiro Hypérides Macedo em palestra no Senado Federal?
E no que se refere ao índice evaporimétrico? É mesmo 1.700 milímetros como está dito no projeto do referido reservatório elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento-DNOS em 1985, ou é 2893,5, milímetros como foi considerado no EIA/RIMA do mencionado empreendimento? Qual a consequência desta abismal diferença?
E aí vem mais esta pergunta: Como se pode fazer a gestão dos recursos hídricos no Ceará sem se ter as respostas destas e de outras pertinentes perguntas?
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