O Ministério da Saúde estuda a possibilidade de aplicar a terceira dose da vacina contra a covid-19.
O Ministério da Saúde já encomendou um estudo para montar a estratégia de uma terceira dose (D3) em pessoas que tomaram a coronavac e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou estudo de terceira dose das vacinas da pfizer e astrazeneca no Brasil.
Em entrevistas à Rádio FM Assembleia (96,7), os parlamentares estaduais comentaram a proposta do Ministério da Saúde.
O primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE), deputado Antônio Granja (PDT), que é médico, disse que a dose de reforço é oportuna porque a covid-19 é uma doença ainda muito desconhecida e os cientistas estão pesquisando e debatendo sobre o novo coronavíruspara avançar os estudos não só sobre a doença em si, como também na questão da vacina.
Antônio Granja (foto) cita que alguns países já estão preconizando a necessidade da terceira dose, inclusive os Estados Unidos.
- Eu acho que é muito oportuno fazer essa dose de reforço. Mas nós temos ainda que avançar muito na questão da imunização, tanto na aplicação da primeira, como na aplicação da segunda dose, que está muito atrasada. Se vai ser dada a terceira dose só quando todas as pessoas tomarem a primeira dose é algo a se discutir. As entidades científicas vão se debruçar sobre o tema para saber qual e como obter o melhor resultado”, informa Antônio Granja.
Para Heitor Férrer (SD), também médico, não se pode fugir da ciência. Segundo ele, para gerar a chamada imunidade de rebanho, é preciso que o país tenha vacinado entre 60% e 70% da população. Os países que já atingiram esse percentual de vacinação tem o privilégio agora de, seguindo a Ciência, fazer a aplicação de uma terceira dose.
- O grande problema do Brasil é que nós não temos avançado nessa vacinação como deveríamos. Com a segunda dose, temos apenas 25% de brasileiros vacinados. Ainda é muito pouco”, afirma Heitor Férrer.
Férrer acrescenta que tomou a vacina em fevereiro e já está na fase final de proteção contra a doença. Como é médico e todos os dias atende pacientes que podem estar com covid-19, esses pacientes podem transmitir o vírus para ele.
Por isso, explica Heitor Férrer, que há a intenção de aplicar a terceira dose, esse dose de reforço, primeiro nos mais idosos e nas pessoas que fazem a Saúde no Brasil, porque quem tomou a vacina em fevereiro já pode estar com a imunidade prejudicada.
No entendimento de Acrísio Sena (PT), é preciso que a Ciência avalie bem a decisão de aplicar ou não uma terceira dose da vacina.
- Os Estados Unidos já concluíram a aplicação da vacinação de suas respectivas populações. Mas nós, no Brasil, ainda não concluímos nem a primeira fase. Então, eles já podem ter essa garantia da terceira dose aplicada que nós não temos”, lembra Acrísio Sena.
Acrísio adianta que o fundamental é concluir a vacinação de todos no Brasil.
- Nós temos que concluir a vacinação de todos e depois avançar para uma terceira dose principalmente da coronavac, que foi constituída num contexto em que não havia tantas variantes da covid como hoje”, pontua Acrísio Sena.
A expectativa do Governo Federal é que todos os brasileiros vacináveis recebam a primeira dose da vacina contra a covid até o próximo mês. E o Ministério da Saúde estuda diminuir, a partir de setembro, o intervalo entre as doses da vacina da pfizer para 21 dias.
Com informações e foto da Agência de Notícias da ALCE.
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