A Associação Caatinga iniciou a 4ª Fase do Projeto 'No Clima da Caatinga'. Trata-se de uma iniciativa patrocinada pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
O projeto objetiva diminuir os efeitos potencializadores do aquecimento global por meio da conservação do Semiárido, a partir do desenvolvimento de um modelo integrado de Conservação da Caatinga.
Três anos - Na nova etapa, que terá a duração de três anos, o Projeto, que atua no Semiárido Nordestino desde 2011, vai promover ações que vão desde a restauração florestal até a distribuição de tecnologias sociais de convivência com o Semiárido e adaptação às mudanças climáticas.
A base central do trabalho realizado fica na Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), unidade incluída na categoria Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
Gerida pela Associação Caatinga desde 2000, a área possui 6.285 hectares de extensão e está localizada entre Crateús (Ceará) e Buriti dos Montes (Piauí). Ao redor da RPPN existem 40 comunidades rurais que abrigam cerca de 4 mil famílias.
Clima - O Projeto prevê contribuir com o equilíbrio do Clima, onde em fases anteriores houve o sequestro e emissão evitada de aproximadamente 615 mil toneladas de gás carbônico e a manutenção de Serviços Ecossistêmicos como a Segurança Hídrica na Região.
Daniel Fernandes - O Projeto tem contribuído para reescrever a relação do Sertanejo com o Bioma Caatinga, conservando a natureza. A ideia é estimular um Desenvolvimento Sustentável na Região”, pontua o coordenador geral da Associação Caatinga, Daniel Fernandes.
Eixos - Serão trabalhados sete eixos de atuação:
- Gestão e Criação de Unidades de Conservação.
- Restauração Florestal.
- Educação Ambiental.
- Disseminação de Tecnologias Sociais de Convivência com o Semiárido.
- Fomento à Pesquisa Científica.
- Incentivo a Políticas Públicas Socioambientais.
- Campanhas de Comunicação.
As ações voltadas para a linha de Conservação estarão focadas no monitoramento e aprimoramento da gestão de cinco RPPN, que são áreas legalmente protegidas.
Cinco mil mudas - O 'No Clima da Caatinga' produzirá e plantará cinco mil mudas de espécies nativas da Caatinga. A área beneficiada será a Reserva Natural Serra das Almas e escolas situadas em seu entorno.
A Unidade de Conservação será palco para Pesquisas Científicas que envolvem a observação de primatas e felinos de grande porte por meio de armadilhas fotográficas (câmeras ativadas por sensores de calor e movimento).
Já as ações de Educação e Conservação Ambiental realizadas pelo projeto irão promover atividades contextualizadas para diferentes públicos, em especial para os de Primeira Infância e para as mulheres, estimulando empoderamento e ações empreendedoras. Serão produzidos materiais sobre a Caatinga voltados para educadores.
360º - Serão elaborados vídeos com imagens em 360º da RNSA e da Exposição Interativa 'Caatinga - Um Novo Olhar', possibilitando disseminar conhecimentos sobre o bioma de forma lúdica para um universo maior de pessoas.
Samuel Portela - O No Clima da Caatinga contribui para o incremento da resiliência e capacidade de adaptação de comunidades rurais à semiaridez e mudanças climáticas e ao mesmo tempo gera novas oportunidades de inclusão social, geração de renda e bem-estar de famílias do Semiárido Nordestino”, afirma o coordenador técnico da Associação Caatinga, Samuel Portela.
Prêmios - O 'No Clima da Caatinga' já foi agraciado com sete prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais.
- O Projeto na 1ª Fase foi certificado, em 2013, pelo Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, pela disseminação da técnica de Gestão de Resíduos Sólidos e de Fogões Ecoeficientes.
- Em 2014, na 2ª Fase, recebeu o título Dryland Champions, da UNCCD/Ministério do Meio Ambiente, pela relevância das ações de Combate à Desertificação.
- Ainda em 2014 recebeu da Presidência da República, o Prêmio ODM Brasil, pela importante contribuição do Projeto para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
- Em 2015 conquistou o Prêmio Von Martius de Sustentabilidade, um dos maiores reconhecimentos na Área Ambiental do Brasil.
- Também em 2015, a proposta angariou o apoio do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal para recuperar nascentes do Semiárido e desenvolver ações de reuso de água em pequenas hortas e pomares.
- O Projeto foi certificado em 2015 pelo Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, pela disseminação da técnica de Gestão de Resíduos Sólidos e de Fogões Ecoeficientes.
- Em 2019, foi um dos vencedores do Prêmio 'Experiências inovadoras para a promoção do Desenvolvimento Sustentável', uma honraria organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
História - A Associação Caatinga (AC) foi fundada no Ceará, em 1998 com o apoio do Fundo Samuel Johnson para a Conservação da Caatinga, tendo a missão de promover a conservação das terras, florestas e águas da Caatinga para garantir a permanência de todas as suas formas de vida.
É uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, que atua há 22 anos na conservação e valorização da única floresta exclusivamente brasileira, ameaçada e que concentra a maior Biodiversidade dentre as Regiões Semiáridas do Planeta.
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