Em vídeo gravado após o episódio, Victor relatou o nervosismo com o ocorrido. Ele ainda reforçou que a equipe possui autorização para filmar tudo nos estádios do Mundial no Catar.
- Estou nervoso, estou tremendo. A gente estava com a bandeira de Pernambuco aqui. Estou aqui com alguns voluntários de Recife. Fui atacado por alguns integrantes do Catar e policiais achando que era bandeira LGBT. Fui filmar e eles pegaram meu telefone e só devolveram obrigando a deletar o vídeo que eu fiz. Só consegui meu celular de volta quando eu deletei o vídeo. Isso é um absurdo. Nós temos autorização da Fifa para filmar absolutamente tudo aqui no estádio”, relatou Victor.
Victor informou que irá denunciar o caso para o chefe de comunicação do estádio. “Algumas pessoas vieram e pediram desculpas e disseram que nenhuma pessoa tinha direito de tomar o celular. Se eu quisesse poderia denunciar ao chefe da comunicação aqui do estádio, que eles têm câmeras de segurança. A gente estava entre dois postes e os dois têm câmeras. Eles disseram que eu poderia fazer isso e eu vou fazer”, disse.
O Catar é um país que criminaliza a homossexualidade, com penas que vão desde a prisão à possibilidade de pena de morte. O Governo local não flexibilizou as medidas para o Mundial, e símbolos LGBTQIA+, como bandeiras com arco-íris, estão proibidas.
O movimento de seleções como Inglaterra, França e Dinamarca de apoio à comunidade LGBTQIA+ durante a Copa do Mundo foi vetado pela Fifa. Os capitães destas equipes tinham se planejado para usar braçadeiras com arco-íris e a mensagem "One Love", mas após ameaças de punição da entidade acabaram desistindo.
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