O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes foi hostilizado nessa sexta-feira (14/7) por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Fiumicino, em Roma.
Alexandre de Moraes retornava ao Brasil com a família quando foi abordado por três brasileiros que o chamaram de “bandido, comunista e comprado”. O grupo era composto por uma mulher e dois homens.
Os brasileiros desembarcaram na manhã deste sábado (15/7) no Aeroporto Internacional nternacional de Guarulhos. Já identificados pela Polícia Federal (PF), eles serão investigados por crime contra a honra, ameaça e agressão.
Alexandre de Moraes estava na Itália para fazer uma palestra na Universidade de Siena. Na noite de sexta, quando estava no aeroporto de Roma, foi vítima de agressões. O filho de Alexandre de Moraes, que o acompanhava na viagem, chegou a ser agredido por um dos envolvidos.
A TV Globo teve acesso as fotos feitas ainda no aeroporto de Roma e no aeroporto de Guarulhos, onde os agressores desembarcaram.
A Polícia Federal identificou que os agressores são:
- Andréia Mantovani.
- Roberto Mantovani Filho.
- Alex Zanatta.
A ação começou quando Andréia Mantovani chamou Moraes de “bandido, comunista e comprado”. Logo depois, o marido dela, Roberto Mantovani Filho, gritou e agrediu fisicamente o filho do ministro.
Mantovani Filho chegou a acertar o rosto do rapaz. Com o impacto, os óculos do filho do ministro caíram no chão.
Após a agressão, Roberto, Andréia e Alex Zanatta prosseguiram com os xingamentos.
Os envolvidos na ação foram abordados pela Polícia Federal ao desembarcarem no Brasil depois de identificados por reconhecimento facial.
Neste sábado, o adido da Polícia Federal em Roma pediu à Policia Italiana ajuda para conseguir mais informações sobre o caso. Um acordo de cooperação internacional permite à PF solicitar, inclusive, as imagens das câmeras do aeroporto.
Segundo o código penal, os crimes praticados por brasileiros, embora cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira.
Na noite deste sábado, a PF instaurou inquérito para apurar o caso. Os envolvidos podem responder por agressão, ameaça, injúria e difamação.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, repudiou a situação e classificou o ato dos brasileiros como “criminoso”.
- Até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, em locais públicos, mesmo quando acompanhados de suas famílias? Comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso. Querem ser “elite” mas não têm a educação mais elementar”, declarou Dino.
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