Sindienergia-CE reúne empresários e Poder Público para discussão do atual cenário da energia eólica offshore e encaminhamentos necessários.
O presidente do Sindienergia-CE, Luis Carlos Queiroz, e o diretor de Geração Centralizada do sindicato, Luiz Eduardo Moraes, receberam, para um momento de diálogo e discussão, empresários e representantes do Poder Público.
Em almoço no Restaurante Santa Grelha, o grupo conversou sobre o atual cenário da geração de energia eólica offshore e os encaminhamentos necessários para o avanço do segmento. A modalidade é de grande relevância para a matriz energética nacional, para o processo de transição energética e para o desenvolvimento econômico do Estado do Ceará, que já conta com mais de 42 projetos mapeados ao longo de sua costa marítima e 26 solicitações protocoladas junto ao IBAMA.
Dentre os representantes institucionais e empresários presentes: Roseane Medeiros, Secretária de Relações Internacionais do Governo do Estado; Brígida Miola, Secretária Executiva da Indústria da SDE; Dickson Araújo, Secretário Executivo de Energia da SEINFRA; Joaquim Rolim, especialista do Núcleo de Energia na FIEC e o ex-vice-governador e ex-secretário de Infraestrutura e do Desenvolvimento Econômico do governo do estado, o engenheiro Maia Júnior. Participaram também do encontro representantes de grandes empresas que atuam na área, como a SERVTEC, com os empresários Lauro Fiúza e Pedro Fiúza; QAIR, com o Gerente de Novos Negócios, Ricardo Couto, e BI Energia, representada por Gaspare Ferrara, Raoni Estefano e Sérgio Araújo.
Um dos pontos unânimes tratados entre os presentes foi a necessidade de uma maior celeridade na instalação da regulamentação da energia eólica offshore e a união de esforços por parte dos diferentes poderes para que o Brasil e o Ceará aproveitem o enorme potencial na área, não ficando para trás em relação a outros países e estados que já avançaram em relação à produção de energia eólica no mar. Para isso, os presentes acordaram a criação de um grupo técnico de discussão e trabalho para a elaboração de um documento que será compartilhado com o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, para posterior alinhamento com o Governo do Estado.
- Não podemos deixar, que as grandes oportunidades do nosso Estado sejam perdidas. A geração eólica offshore representa uma chance única e gigantesca para o Ceará, que dispõe das condições perfeitas para o desenvolvimento de projetos na área, totalizando mais de 66 GW atualmente. Para isso, precisamos nos organizar e dar celeridade à regulamentação. A criação do nosso grupo de trabalho é urgente e o Sindienergia com os seus associados, junto com a Federação das Indústrias, irá tocar esse tema com o governador Elmano de Freitas, que sempre foi bastante solícito às demandas do setor", destacou o presidente do Sindienergia, Luis Carlos Queiroz.
O empresário Lauro Fiúza vê com otimismo o desenvolvimento da eólica offshore e acredita ser questão de tempo a sua viabilidade. Ele destacou as condições perfeitamente favoráveis ao desenvolvimento dessa modalidade no Ceará e disse que a offshore deve ganhar ainda mais espaço quando a eólica onshore desacelerar.
O representante da BI Energia, Raoni Estefano, ressaltou que um dos principais entraves atuais tem sido junto ao IBAMA. Segundo ele, o Instituto tem dificultando o avanço dos projetos na área aguardando a conclusão da regulamentação da lei da offshore, o que tem gerado incertezas no processo de licenciamento ambiental, dificultando a atração de investimentos e a implementação eficaz das iniciativas de energia renovável.
Secretário Executivo de Energia da Infraestrutura do Estado do Ceará, Dickson Araújo, trouxe boas notícias. Segundo ele, hoje já existe um grupo de discussão da eólica offshore, criado pelo CNPE e coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. O representante dos estados no grupo é Hugo Fonseca, que também é membro do Consórcio Nordeste, com o qual o secretário Dickson tem ampla abertura para tratar. Dickson destacou que hoje já existem discussões nesse grupo sobre os diferentes pontos que envolvem a viabilidade da eólica offshore e que eles delimitaram um prazo de até seis meses para apresentar encaminhamentos, contados a partir de novembro desse ano. Dessa forma, os principais pontos levantados pelo grupo técnico que será formado no Ceará poderão ser encaminhados para o grupo nacional, contribuído para um trabalho integrado e mais célere.

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