Informa o jornal O Globo a morte da escritora, atriz, roteirista, apresentadora de TV e colunista Fernanda Young, aos 49 anos. Ela morreu às três da madrugada deste domingo (25), no Hospital de Gonçalves (MG), onde a família tem sítio. A atriz foi vitimada por uma crise de asma seguida de parada respiratória.
Fernanda, que sofria de asma desde a adolescência, começou a sentir falta de ar no fim da tarde de sábado (24), conforme relato de Rosário Gondim, amiga da escritora, que mora na cidade mineira.
— Não estava com ela, mas soube que, à noite, o quadro piorou e Fernanda tomou um remédio que fez com que o quadro melhorasse num primeiro momento — contou Rosário.
— Horas depois, no entanto, Fernanda passou mal novamente, vomitou e acabou aspirando o vômito, o que foi fatal.
O caseiro do sítio teria tentado reanimá-la com massagem cardíaca e a levado ao hospital local, onde a escritora faleceu. O velório é realizado deste às 13 horas, no cemitério Congonhas, em São Paulo. O sepultamento será às 16h15.
Em sua última postagem no Instagram, feita há 14 horas de sábado (24), Fernanda compartilhou a foto da sala de estar do sítio em Gonçalves (MG), onde estava na noite de sábado. Junto da foto, escreveu a legenda: 'Onde queres descanso, sou desejo'.
A atriz entraria em cartaz em 12 de setembro em São Paulo com a peça "Ainda nada de novo", em que contracenaria com Fernanda Nobre (foto Bob Wolfenson):
"Fernanda Nobre e Fernanda Young, interpretariam um casal de artistas em atrito na peça “Ainda nada de novo” , com direção de José Roberto Jardim. A montagem tinha estreia marcada para o próximo dia 12, no Centro Cultural São Paulo, e marcaria a volta aos palcos de Young, que morreu neste domingo aos 49 anos . Ela faria esse trabalho depois de 11 anos de sua primeira e única experiência teatral como intérprete.
As cenas flagravam um dia no ensaio de uma obra artística criada por uma diretora (Young) e uma atriz (Nobre) que também são amantes. As tensões surgidas a partir desse encontro se misturariam às suas questões íntimas, profissionais e emocionais.
Sobre o fato de viver uma relação homossexual, Young comentou ter na bagagem uma experiência na vida real: “Já tive uma relação lésbica e foi algo intenso. Espero que todas as pessoas de bom senso sejam capazes de amar livremente, desde que haja consentimento mútuo”.
Já a parceira de cena, Fernanda Nobre, preferiu não responder à pergunta de maneira direta. "Não quero que isso seja uma curiosidade. Precisamos naturalizar todos os tipos de relações", diz, explicando porque a peça trata da relação entre duas mulheres: "A história poderia ser vivida entre um homem e uma mulher ou entre dois homens. Mas, ao colocarmos duas mulheres em cena, excluímos o machismo dessa relação. Fica horizontal".
Para as fotos de divulgação, as duas atrizes posaram nuas para o badalado fotógrafo Bob Wolfenson. Mas Young adiantou que, na peça, haveria "pinceladas de nudez" exploradas por meio de imagens projetadas. É que, além das atrizes, dois cinegrafistas – ou performers-técnicos – estariam no palco, registrando em tempo real ângulos não vistos pelo público, dando uma nova perspectiva e poética diferente da convencional do teatro. Eles registrariam closes, hipercloses, gestos e expressões faciais, revelando tudo ao público em tempo real por meio de um telão com 7 metros de comprimento por 2,20 metros de altura.
"Há uma grande sensualidade em cena, porque a criação é uma cosia muito erótica", descreveu Young, sobre as demonstrações físicas de afeto que são encenadas na peça. "Mas, em hipótese alguma, isso é feito de maneira vulgar".
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LAMENTOS - Ouvidos pela Folha Press amigos lamentam a morte de Fernanda Young:
Marcelo Rubens Paiva, escritor, dramaturgo e jornalista
"Fernanda Young... Provocadora, ousada, irônica, inteligente. Grande talento. Eu era fã e amigo".
Fábio Porchat, humorista, ator e apresentador de programa de TV
"Posso dizer que com "Os Normais" minha carreira meio que começou. Obrigado Fernanda Young por colocar num papel toda sua maluquice! Meu abraço pra família e para os amigos".
Walcyr Carrasco, escritor e dramaturgo
"Triste notícia recebi hoje com a morte precoce da Fernanda Young, essa menina talentosa, de humor ácido e de tantos trabalhos excepcionais como escritora, roteirista, atriz, apresentadora, entre outros. Descanse em paz! #ripfernandayoung #fernandayoung
Padre Fábio de Melo
"Vou sentir muita falta das nossas longas conversas. E o encontro em Gonçalves, o almoço, a roda de música, ficarão na espera, na longa espera... Vai com Deus, minha amiga. Dê um beijo Nele por mim."
Manuela D'Avilla, jornalista e política
"Eu gritei um palavrão feio quando soube da morte dela. Nunca a conheci mas sempre quis ter um pouco do talento, graça, rebeldia e liberdade que ela me transmitia. Que sua família receba uma braço solidário. Obrigada, Fernanda Young."
Alexandre Nero, ator
"Chocado com a morte da Fernanda Young. Não a conhecia, mas desejava muito trabalhar nas coisas dela um dia. Sempre admirei sua parceria com o Alexandre Machado. Muita luz para os familiares e amigos!"
Sâmia Bonfim, deputada federal
"Estarrecida com a notícia da morte de Fernanda Young. Jovem, talentosa e arrojada, escreveu como poucas sobre o cotidiano da mulher diante das mudanças do mundo. Toda solidariedade aos familiares, amigos, colegas e demais fãs".
— Não estava com ela, mas soube que, à noite, o quadro piorou e Fernanda tomou um remédio que fez com que o quadro melhorasse num primeiro momento — contou Rosário.
— Horas depois, no entanto, Fernanda passou mal novamente, vomitou e acabou aspirando o vômito, o que foi fatal.
O caseiro do sítio teria tentado reanimá-la com massagem cardíaca e a levado ao hospital local, onde a escritora faleceu. O velório é realizado deste às 13 horas, no cemitério Congonhas, em São Paulo. O sepultamento será às 16h15.
Em sua última postagem no Instagram, feita há 14 horas de sábado (24), Fernanda compartilhou a foto da sala de estar do sítio em Gonçalves (MG), onde estava na noite de sábado. Junto da foto, escreveu a legenda: 'Onde queres descanso, sou desejo'.
A atriz entraria em cartaz em 12 de setembro em São Paulo com a peça "Ainda nada de novo", em que contracenaria com Fernanda Nobre (foto Bob Wolfenson):
"Fernanda Nobre e Fernanda Young, interpretariam um casal de artistas em atrito na peça “Ainda nada de novo” , com direção de José Roberto Jardim. A montagem tinha estreia marcada para o próximo dia 12, no Centro Cultural São Paulo, e marcaria a volta aos palcos de Young, que morreu neste domingo aos 49 anos . Ela faria esse trabalho depois de 11 anos de sua primeira e única experiência teatral como intérprete.
As cenas flagravam um dia no ensaio de uma obra artística criada por uma diretora (Young) e uma atriz (Nobre) que também são amantes. As tensões surgidas a partir desse encontro se misturariam às suas questões íntimas, profissionais e emocionais.
Sobre o fato de viver uma relação homossexual, Young comentou ter na bagagem uma experiência na vida real: “Já tive uma relação lésbica e foi algo intenso. Espero que todas as pessoas de bom senso sejam capazes de amar livremente, desde que haja consentimento mútuo”.
Já a parceira de cena, Fernanda Nobre, preferiu não responder à pergunta de maneira direta. "Não quero que isso seja uma curiosidade. Precisamos naturalizar todos os tipos de relações", diz, explicando porque a peça trata da relação entre duas mulheres: "A história poderia ser vivida entre um homem e uma mulher ou entre dois homens. Mas, ao colocarmos duas mulheres em cena, excluímos o machismo dessa relação. Fica horizontal".
Para as fotos de divulgação, as duas atrizes posaram nuas para o badalado fotógrafo Bob Wolfenson. Mas Young adiantou que, na peça, haveria "pinceladas de nudez" exploradas por meio de imagens projetadas. É que, além das atrizes, dois cinegrafistas – ou performers-técnicos – estariam no palco, registrando em tempo real ângulos não vistos pelo público, dando uma nova perspectiva e poética diferente da convencional do teatro. Eles registrariam closes, hipercloses, gestos e expressões faciais, revelando tudo ao público em tempo real por meio de um telão com 7 metros de comprimento por 2,20 metros de altura.
"Há uma grande sensualidade em cena, porque a criação é uma cosia muito erótica", descreveu Young, sobre as demonstrações físicas de afeto que são encenadas na peça. "Mas, em hipótese alguma, isso é feito de maneira vulgar".
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LAMENTOS - Ouvidos pela Folha Press amigos lamentam a morte de Fernanda Young:
Marcelo Rubens Paiva, escritor, dramaturgo e jornalista
"Fernanda Young... Provocadora, ousada, irônica, inteligente. Grande talento. Eu era fã e amigo".
Fábio Porchat, humorista, ator e apresentador de programa de TV
"Posso dizer que com "Os Normais" minha carreira meio que começou. Obrigado Fernanda Young por colocar num papel toda sua maluquice! Meu abraço pra família e para os amigos".
Walcyr Carrasco, escritor e dramaturgo
"Triste notícia recebi hoje com a morte precoce da Fernanda Young, essa menina talentosa, de humor ácido e de tantos trabalhos excepcionais como escritora, roteirista, atriz, apresentadora, entre outros. Descanse em paz! #ripfernandayoung #fernandayoung
Padre Fábio de Melo
"Vou sentir muita falta das nossas longas conversas. E o encontro em Gonçalves, o almoço, a roda de música, ficarão na espera, na longa espera... Vai com Deus, minha amiga. Dê um beijo Nele por mim."
Manuela D'Avilla, jornalista e política
"Eu gritei um palavrão feio quando soube da morte dela. Nunca a conheci mas sempre quis ter um pouco do talento, graça, rebeldia e liberdade que ela me transmitia. Que sua família receba uma braço solidário. Obrigada, Fernanda Young."
Alexandre Nero, ator
"Chocado com a morte da Fernanda Young. Não a conhecia, mas desejava muito trabalhar nas coisas dela um dia. Sempre admirei sua parceria com o Alexandre Machado. Muita luz para os familiares e amigos!"
Sâmia Bonfim, deputada federal
"Estarrecida com a notícia da morte de Fernanda Young. Jovem, talentosa e arrojada, escreveu como poucas sobre o cotidiano da mulher diante das mudanças do mundo. Toda solidariedade aos familiares, amigos, colegas e demais fãs".
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