O Açude Castanhão está com 12,47% de acumulo de sua capacidade. Hoje tem um volume de 836.716 metros cúbicos.
- Caros amigos
Este assunto sobre a Barragem do Castanhão não deixa de ser um tema atual do maior interesse para toda a comunidade técnica/científica, não só para o Estado do Ceará, como para todo o Nordeste brasileiro.
É inacreditável que até hoje, desde quando este empreendimento surgiu no cenário técnico/científico cearense em 1985, portanto há 35 anos, ainda não se sabe qual é a vazão regularizada deste que é o maior açude do Ceará.
Para os idealizadores e projetistas desta gigantesca obra a sua vazão regularizada era de 30 metros cúbicos por segundo. Uma quimera, um sonho! Hoje, depois de quatorze anos de discussão, já se admite ser de apenas 10 m³/s, portanto uma diferença de 300%, ou melhor dizendo, um erro, inacreditável, de engenharia de 300%.
Com colegas e amigos da Associação dos Servidores do Dnocs-Assecas, resolvemos fazer uma análise dos erros que foram cometidos no projeto desta mega- barragem e até mesmo quanto à possibilidade de ela romper caso venha a ocorrer uma enchente excepcional como a de 1985, cujo volume afluente foi estimado no livro “A Face Oculta da Barragem do Castanhão – Em Defesa da Engenharia Nacional” em 20,9 bilhões de m³.
No projeto do extinto DNOS-Departamento Nacional e Obras e Saneamento, que tinha sua sede no Rio de Janeiro, para conter as enchentes no Baixo Jaguaribe foi previsto para esta barragem um "volume de espera" de 2,3 bilhões de m³ de água. Mas este volume é insuficiente se comparado com o volume d´água que passou na seção de construção do Açude Castanhão em 1985 que, como foi dito, foi de 20,9 bilhões de m³.
Outro erro capital cometido pelos projetistas é quanto ao índice evaporimétrico que, inicialmente, diziam ser de 1.700 milímetros, mas no Estudo do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental) foi considerado como sendo de 2.893,5 mm. A HIDROESB-Saturnino de Brito, do Rio de Janeiro, em estudo de simulação hidrológica feito para a SEMACE-Superintendência Estadual do Meio Ambiente, considerou este índice como sendo de 2.500 milímetros, tendo encontrado que a vazão regularizada do Castanhão deve siuar-se entrre 10 e 12 m³/s. A utilização correta deste índice é que vai, finalmente, determinar a real vazão regularizada deste polêmico açude.
Esta análise sobre a Barragem do Castanhão começa dizendo ser um erro afirmar que aquela obra acumula 6,7 bilhões de m³ de água. Na realidade, a sua capacidade máxima de acumulação (que gera benefícios) na cota 100m, é de 4, 15 bilhões de m³, mas se for considerado o seu “volume morto” de 250 milhões, poderia ser dito que sua capacidade de acumulação para efeito de regularização, é de 4,4 bilhões de m³, em vez de 6,7 bilhões de m³, como se vê citado na imprensa.
Desta análise decorrente da pergunta feita pelo jornalista Egídio Serpa em sua Coluna do Diário do Nordeste “Para que serve o açude Castanhão?”, resultou na elaboração de um ofício (ver anexo) a ser dirigido ao Sr. Diretor Geral do Dnocs pelo Presidente da Assecas, o qual, segundo me consta (estou ausente de Fortaleza por causa do coronavirus) foi dado entrada do mesmo no gabinete de Sua Senhoria no dia 30 de março último, sob o número 5940001423.2020-39.
Atenciosamente, Cássio Borges".
Confira a carta que o engenheiro Cássio Borges escreveu para o Dnocs sobre o Castanhão:
Este assunto sobre a Barragem do Castanhão não deixa de ser um tema atual do maior interesse para toda a comunidade técnica/científica, não só para o Estado do Ceará, como para todo o Nordeste brasileiro.
É inacreditável que até hoje, desde quando este empreendimento surgiu no cenário técnico/científico cearense em 1985, portanto há 35 anos, ainda não se sabe qual é a vazão regularizada deste que é o maior açude do Ceará.
Para os idealizadores e projetistas desta gigantesca obra a sua vazão regularizada era de 30 metros cúbicos por segundo. Uma quimera, um sonho! Hoje, depois de quatorze anos de discussão, já se admite ser de apenas 10 m³/s, portanto uma diferença de 300%, ou melhor dizendo, um erro, inacreditável, de engenharia de 300%.
Com colegas e amigos da Associação dos Servidores do Dnocs-Assecas, resolvemos fazer uma análise dos erros que foram cometidos no projeto desta mega- barragem e até mesmo quanto à possibilidade de ela romper caso venha a ocorrer uma enchente excepcional como a de 1985, cujo volume afluente foi estimado no livro “A Face Oculta da Barragem do Castanhão – Em Defesa da Engenharia Nacional” em 20,9 bilhões de m³.
No projeto do extinto DNOS-Departamento Nacional e Obras e Saneamento, que tinha sua sede no Rio de Janeiro, para conter as enchentes no Baixo Jaguaribe foi previsto para esta barragem um "volume de espera" de 2,3 bilhões de m³ de água. Mas este volume é insuficiente se comparado com o volume d´água que passou na seção de construção do Açude Castanhão em 1985 que, como foi dito, foi de 20,9 bilhões de m³.
Outro erro capital cometido pelos projetistas é quanto ao índice evaporimétrico que, inicialmente, diziam ser de 1.700 milímetros, mas no Estudo do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental) foi considerado como sendo de 2.893,5 mm. A HIDROESB-Saturnino de Brito, do Rio de Janeiro, em estudo de simulação hidrológica feito para a SEMACE-Superintendência Estadual do Meio Ambiente, considerou este índice como sendo de 2.500 milímetros, tendo encontrado que a vazão regularizada do Castanhão deve siuar-se entrre 10 e 12 m³/s. A utilização correta deste índice é que vai, finalmente, determinar a real vazão regularizada deste polêmico açude.
Esta análise sobre a Barragem do Castanhão começa dizendo ser um erro afirmar que aquela obra acumula 6,7 bilhões de m³ de água. Na realidade, a sua capacidade máxima de acumulação (que gera benefícios) na cota 100m, é de 4, 15 bilhões de m³, mas se for considerado o seu “volume morto” de 250 milhões, poderia ser dito que sua capacidade de acumulação para efeito de regularização, é de 4,4 bilhões de m³, em vez de 6,7 bilhões de m³, como se vê citado na imprensa.
Desta análise decorrente da pergunta feita pelo jornalista Egídio Serpa em sua Coluna do Diário do Nordeste “Para que serve o açude Castanhão?”, resultou na elaboração de um ofício (ver anexo) a ser dirigido ao Sr. Diretor Geral do Dnocs pelo Presidente da Assecas, o qual, segundo me consta (estou ausente de Fortaleza por causa do coronavirus) foi dado entrada do mesmo no gabinete de Sua Senhoria no dia 30 de março último, sob o número 5940001423.2020-39.
Atenciosamente, Cássio Borges".
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