Nove governadores participaram do Evento Virtual 'Escrevendo o Amanhã - Alfabetização em Regime de Colaboração', que discutiu a importância do regime de colaboração entre Estados e Municípios para promover uma Alfabetização de Qualidade, com acesso a todos os estudantes e na Idade Certa.
Maranhão - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), mostrou preocupação em manter os avanços já alcançados na educação, lembrando das próximas eleições municipais e possíveis trocas de gestores. E foi categórico ao falar do aumento das desigualdades na Pandemia. "O caminho é conseguirmos formas institucionais que perenizem essas conquistas já alcançadas na educação. Mas muito me preocupa os efeitos da pandemia, pois estamos aprofundando o fosso entre ricos e pobres. Esse é o principal desafio da nossa geração e é preciso que haja um debate organizado para avançar em soluções para isso", disse Flávio Dino.
Pernambuco - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lembrou que conseguiu a adesão de todos os municípios na parceria pela educação. "O compromisso do governo e da sociedade com a educação faz com que decisões políticas e de gestão aconteça de forma mais natural", destacou Paulo Câmara.
Espírito Santo - No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) explicou que a Pactuação possibilitou uma uniformidade nas ações e condições dos municípios, que vivem hoje uma situação de precariedade financeira. "Compreendo a dificuldade dos municípios, por isso o estado entrou no projeto e vem desenvolvendo a pactuação com eles", salientou Renato Casagrande.
Sergipe - Mas nem todos Estados obtiveram adesão fácil dos municípios. O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), considera a fase de Pactuação a mais difícil: "Vamos continuar nessa luta e nesse investimento, retomar os contatos que estávamos tendo para o regime de colaboração com os municípios", falou.
David Saad reforçou como o regime de colaboração entre Estados e Municípios é fundamental para promover a alfabetização na idade correta: "Vivemos uma tragédia no Brasil: 55% das crianças de oito anos de idade não sabem ler. Porém, muitos estados estão colaborando e trabalhando juntos com seus municípios. Sabemos que o compromisso técnico e político e envolvimento das lideranças são fundamentais, por isso, apoiamos a política em regime de colaboração, pois é transformadora, corajosa, inteligente e republicana", falou Saad.
A participação dos nove governadores encerrou o evento. Todos aderiram ao PARC e têm realizado Pactuação com os municípios para apoiá-los na Alfabetização.
Estudos sobre Alfabetização - No evento também foram apresentados dois estudos pelas pesquisadoras Paula Louzano, atual diretora da Faculdade de Educação da Universidade Diego Portales, no Chile, e a americana Catherine Snow, professora da Faculdade de Educação de Harvard (Estados Unidos).
Convidada especial do evento, Catherine Snow falou sobre a "Alfabetização em Contextos de Desigualdade". Ela apresentou amplo Panorama sobre as habilidades e diferentes idades e as correntes metodológicas que se alternam na educação: "Uma diz: ‘esqueçam o código e ensinem o significado', levando o pêndulo para um lado; e outra força o deslocamento para o outro lado, afirmando: 'esqueçam o significado e ensinem o código. Porém, é preciso muito mais que isso para levar às crianças à leitura: a motivação. Por isso, hoje, o pêndulo está no meio, conjugando código, significado e motivação. Ensina-se ambas as extremidades do pêndulo, permitindo que a criança aprenda mais", explicou Catherine Snow.
ESCOLA ENCANTADORA - "A Escola precisa ser encantadora e ampliar o mundo dos alunos. Por isso, é importante que a sociedade se junte ao desafio de assumir a educação como compromisso e ferramenta transformadora. Educação pública é aquela que vai possibilitar que o país dê um salto, elevando o Brasil numa merecida situação de desenvolvimento", afirmou o presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia (também secretário municipal de Educação de Sud Mennucci-SP), que participou do painel a importância da cooperação para as Políticas de Educação.
O Painel contou com a participação da secretária da Educação do Mato Grosso do Sul e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecília Motta. Para ela, Consed e Undime, juntos à União, podem contribuir com uma agenda de compromissos de políticas da educação pelo Estado. "Parece que o Brasil se acostumou com o analfabetismo. Temos de estar unidos para o fortalecimento dessas políticas, também junto com a população, organizações e instituições", destacou.
O evento teve a participação de secretários de Educação na mesa 'Importância do Regime de Colaboração para Implementação da Política de Alfabetização no Estado', mediada pelo diretor-executivo da Associação Bem Comum e ex-prefeito de Sobral (CE), Clodoveu Arruda. Participaram:
Os nove governadores que participaram do Evento:
- Camilo Santana (Ceará).
- Belivaldo Chagas (Sergipe).
- Flávio Dino (Maranhão)
- Renan Filho (Alagoas).
- Paulo Câmara (Pernambuco).
- Wellington Dias (Piauí).
- Ronaldo Caiado (Goiás).
- Renato Casagrande (Espírito Santo).
- Waldez Góes (Amapá).
Ceará - "Os Indicadores Positivos da Educação do Ceará foram apresentados no Evento 'Escrevendo o Amanhã: Alfabetização em Regime de Colaboração', que participei ao lado de outros oito governadores. O Encontro foi organizado pela Fundação Lemann, Instituto Natura e Associação Bem Comum. Recentemente, divulgamos os resultados do Spaece, em que alcançamos resultado histórico: pela primeira vez, todos os 184 municípios cearenses atingiram o Nível Desejável de Alfabetização. Investir em Educação é o melhor caminho para termos um Estado mais Justo e Humano", postou no Twitter, nesta sexta-feira (21) o governador cearense Camilo Santana (PT).
A Educação no Ceará foi citada como inspiração para outras Gestões Públicas pelo trabalho desenvolvido na Educação. Camilo Santana disse que, atualmente, 93% dos alunos estão alfabetizados na idade certa (2º Ano do Ensino Fundamental) em todos os municípios cearenses e houve a implementação de um Sistema de Avaliação Permanente (hoje, todo Ensino Fundamental é avaliado no Estado). "Esse modelo tem apresentado resultados importantes para o Ceará e para o Brasil", disse Camilo Santana.
Amapá - "Estamos fazendo uma revolução no Processo Educacional no Brasil", celebra o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), que criticou a "Cultura de Departamento", em que o Sistema Educacional não é olhado de Forma Integrada.
Piauí - Para o governador do Piauí, Wellington Dias (PI), a parceria entre Estado e Municípios é um privilégio: "Se tem esse alicerce de uma educação a partir dos primeiros momentos da vida, com bom resultado, isso certamente vai contribuir a partir das séries seguintes", afirmou Wellington Dias.
Maranhão - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), mostrou preocupação em manter os avanços já alcançados na educação, lembrando das próximas eleições municipais e possíveis trocas de gestores. E foi categórico ao falar do aumento das desigualdades na Pandemia. "O caminho é conseguirmos formas institucionais que perenizem essas conquistas já alcançadas na educação. Mas muito me preocupa os efeitos da pandemia, pois estamos aprofundando o fosso entre ricos e pobres. Esse é o principal desafio da nossa geração e é preciso que haja um debate organizado para avançar em soluções para isso", disse Flávio Dino.
Pernambuco - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lembrou que conseguiu a adesão de todos os municípios na parceria pela educação. "O compromisso do governo e da sociedade com a educação faz com que decisões políticas e de gestão aconteça de forma mais natural", destacou Paulo Câmara.
Espírito Santo - No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) explicou que a Pactuação possibilitou uma uniformidade nas ações e condições dos municípios, que vivem hoje uma situação de precariedade financeira. "Compreendo a dificuldade dos municípios, por isso o estado entrou no projeto e vem desenvolvendo a pactuação com eles", salientou Renato Casagrande.
Sergipe - Mas nem todos Estados obtiveram adesão fácil dos municípios. O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), considera a fase de Pactuação a mais difícil: "Vamos continuar nessa luta e nesse investimento, retomar os contatos que estávamos tendo para o regime de colaboração com os municípios", falou.
Goiás - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), concordou, mas reforçou que o estado deu um grande passo na educação com o projeto. "A Educação é fator primordial".
Alagoas - O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) destacou que o Estado participa do projeto como um articulador. "A alfabetização na idade certa garante as próximas portas para que as crianças e jovens tenham autonomia para abri-las sozinhos", frisou.
Alagoas - O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) destacou que o Estado participa do projeto como um articulador. "A alfabetização na idade certa garante as próximas portas para que as crianças e jovens tenham autonomia para abri-las sozinhos", frisou.
O evento promovido pela Fundação Lemann, Instituto Natura e Associação Bem Comum, que juntos fazem a "Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC)", contou com o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
O diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne; e o diretor-presidente do Instituto Natura, e David Saad, chamaram atenção para a importância da alfabetização para o futuro do País. "Umas das principais causas da Evasão Escolar e da falta de efetividade de nossa Aprendizagem é a Alfabetização, de início, não ser bem feita. A Educação Pública de Qualidade existe para ser um redutor de desigualdade, que o Brasil tanto precisa", disse Denis Mizne.
O diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne; e o diretor-presidente do Instituto Natura, e David Saad, chamaram atenção para a importância da alfabetização para o futuro do País. "Umas das principais causas da Evasão Escolar e da falta de efetividade de nossa Aprendizagem é a Alfabetização, de início, não ser bem feita. A Educação Pública de Qualidade existe para ser um redutor de desigualdade, que o Brasil tanto precisa", disse Denis Mizne.
David Saad reforçou como o regime de colaboração entre Estados e Municípios é fundamental para promover a alfabetização na idade correta: "Vivemos uma tragédia no Brasil: 55% das crianças de oito anos de idade não sabem ler. Porém, muitos estados estão colaborando e trabalhando juntos com seus municípios. Sabemos que o compromisso técnico e político e envolvimento das lideranças são fundamentais, por isso, apoiamos a política em regime de colaboração, pois é transformadora, corajosa, inteligente e republicana", falou Saad.
A participação dos nove governadores encerrou o evento. Todos aderiram ao PARC e têm realizado Pactuação com os municípios para apoiá-los na Alfabetização.
Estudos sobre Alfabetização - No evento também foram apresentados dois estudos pelas pesquisadoras Paula Louzano, atual diretora da Faculdade de Educação da Universidade Diego Portales, no Chile, e a americana Catherine Snow, professora da Faculdade de Educação de Harvard (Estados Unidos).
Paula Louzano mostrou uma comparação entre políticas de alfabetização no Brasil e no Chile, com ênfase nas orientações curriculares e avaliações do desenvolvimento da alfabetização. A pesquisa, que contempla educação infantil e ensino fundamental, tem por intuito auxiliar no impacto da qualidade da educação e nortear o trabalho nas redes de ensino no Brasil e no Chile, que vivem significativa desigualdade social. Ela destacou a importância da alfabetização para a diminuição das desigualdades: "Olhar para alfabetização é olhar para a justiça social", afirmou.
Convidada especial do evento, Catherine Snow falou sobre a "Alfabetização em Contextos de Desigualdade". Ela apresentou amplo Panorama sobre as habilidades e diferentes idades e as correntes metodológicas que se alternam na educação: "Uma diz: ‘esqueçam o código e ensinem o significado', levando o pêndulo para um lado; e outra força o deslocamento para o outro lado, afirmando: 'esqueçam o significado e ensinem o código. Porém, é preciso muito mais que isso para levar às crianças à leitura: a motivação. Por isso, hoje, o pêndulo está no meio, conjugando código, significado e motivação. Ensina-se ambas as extremidades do pêndulo, permitindo que a criança aprenda mais", explicou Catherine Snow.
ESCOLA ENCANTADORA - "A Escola precisa ser encantadora e ampliar o mundo dos alunos. Por isso, é importante que a sociedade se junte ao desafio de assumir a educação como compromisso e ferramenta transformadora. Educação pública é aquela que vai possibilitar que o país dê um salto, elevando o Brasil numa merecida situação de desenvolvimento", afirmou o presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia (também secretário municipal de Educação de Sud Mennucci-SP), que participou do painel a importância da cooperação para as Políticas de Educação.
O Painel contou com a participação da secretária da Educação do Mato Grosso do Sul e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecília Motta. Para ela, Consed e Undime, juntos à União, podem contribuir com uma agenda de compromissos de políticas da educação pelo Estado. "Parece que o Brasil se acostumou com o analfabetismo. Temos de estar unidos para o fortalecimento dessas políticas, também junto com a população, organizações e instituições", destacou.
O evento teve a participação de secretários de Educação na mesa 'Importância do Regime de Colaboração para Implementação da Política de Alfabetização no Estado', mediada pelo diretor-executivo da Associação Bem Comum e ex-prefeito de Sobral (CE), Clodoveu Arruda. Participaram:
- Secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amâncio.
- Secretária de Educação do Amapá, Goreth Sousa.
- Representante da Undime Pernambuco, Natanael José da Silva.
- Representante da Undime Amapá, Luciene Campos.
Clodoveu Arruda enalteceu o papel importante da liderança de governadores e secretários nesse processo. "O espírito colaborativo para que, no final das contas, as crianças, meninos e meninas, sejam os grandes beneficiados. Para que eles possam recuperar, ter direito a sonhar e esperança em romper esse ciclo de exclusão em que eles estão vivendo", concluiu o cearense Clodoveu Arruda.
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