Depois que a pediatra cearense, secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro afirmou nesta terça-feira (25 de maio), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal, que sua secretaria fez 25 cursos para treinar agentes de saúde, Humberto Costa (PT-PE) disse que esse número não faz 'nem cócegas' e que a pandemia foi controlada em outros países com atenção básica.
Segundo Mayra Pinheiro, o papel do Ministério de Saúde é dar orientação segura aos profissionais, de acordo com autonomia conferida pelo CFM. Ela disse que o uso de cloroquina em excesso resultou em mortes e isso estigmatizou o uso do medicamento.
Otto Alencar (PSD-BA) garantiu, com base em análise científica, que não há estudos no mundo que mostrem que os antiparasitários cloroquina e hidroxicloroquina tenham ação antiviral. Mayra manteve a defesa do uso dos medicamentos.
Omar Aziz criticou Bolsonaro por ter postado nas redes o PL 1.912/202, que criminaliza prescrição de remédio sem comprovação científica, e informou já ter retirado o texto do Senado "após ouvir diversos médicos".
Secretária diz que ministério não precisa seguir orientação de sociedades médicas
A testemunha disse não achar “adequado” ser chamada de “capitã cloroquina”. “Não acho o termo adequado. Não sou oficial de carreira militar. Sou uma médica respeitada no meu estado. Prefiro ser chamada doutora Mayra Pinheiro".
Questionada por Eliziane Gama (Cidadania-MA) sobre por que não seguiu recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria para não uso de cloroquina em crianças, Mayra disse que o Ministério da Saúde não é obrigado a atender essas recomendações.
Houve extração indevida de dados do TrateCov, afirma Mayra Pinheiro
Secretária diz que não houve hackeamento em aplicativo, apenas extração de dados
Na última resposta a Renan Calheiros, a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, disse que mantém a recomendação de cloroquina e hidroxicloroquina no chamado "tratamento precoce" contra a covid-19.
Mayra disse que não orientou o ministro Pazuello a submeter a autorização da cloroquina à Conitec antes de publicar notas informativas que orientam o uso do medicamento devido à lentidão do processo e por "priorizar salvar vidas".
Omar Aziz (PSD-AM) perguntou a Mayra sobre o aplicativo TrateCov: "A senhora disse que o TrateCov salvaria muitas vidas, mas por que foi retirado ar?" Mayra respondeu que não havia segurança por ter sido invadido por hacker.
Questionada por Renan sobre o aplicativo TrateCov, Mayra afirmou que os parâmetros da plataforma seguiam estudo internacional. Ela disse que a ferramenta poderia ter salvado muitas vidas se não tivesse sido invadida por hacker.
Mayra Pinheiro confirmou que sua secretaria no Ministério da Saúde foi responsável pelo desenvolvimento do TrateCov, aplicativo para tratamento da covid-19. Segundo ela, a plataforma nunca foi colocada no ar, tendo sido apresentado um protótipo.
Com informações e foto da Agência Senado.
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