- Ceará Rádio Clube.
- Uirapuru.
- Assunção.
- Dragão do Mar.
- Cidade.
- Rita Oliveira: Lamentável. Muito amigo. Muito competente. Um entusiasta na sua especialidade. Exigia o máximo durante a gravação de um texto, para conseguir do locutor, o melhor que ele podia oferecer. E quem buscava se aprimorar, encontrava nele um grande parceiro, profissional e amigo. Boas lembranças!
- Yeda Moreira: Conheci Mauro Coutinho, na Rádio Dragão do Mar.Um sonoplasta competentíssimo,não tinha pra ninguém. Tinha o Antônio Cícero, que era discotecário. Dragão tinha um elenco tipo: Rede Globo Bateu uma saudade danada!
- Soares Moreno: Eu tive o privilégio de conhecer e trabalhar com ele, na Rádio Cidade, onde ele era meu chefe. Aprendi muito com ele tanto no Rádio, como na Televisão tudo sobre Áudio".
- Eliézer Rodrigues: Convivi com o Mauro Coutinho em vários momentos, especialmente no Theatro José de Alencar. Pêsames à família. Grande Mauro".
- Cláudio Teran: A MORTE DO CONTROLISTA-Mauro Coutinho, o Maestro, se foi. Era, talvez,
o último dos pioneiros da sonoplastia de Rádio ainda vivos. Quem vai zelar por sua memória? Quando nasceu (1937), a Ceará Rádio Clube já estava há 6 anos no ar. Mauro Coutinho era um moço de uns 15 anos ao ser admitido. O gosto pela Música e a Sonorização fizeram dele rapidamente um bamba na arte de operar diante dos controles da mesa de som. Era ali o "coração" da Rádio. Do Rádio. Das Rádios. Trabalhando nas precárias condições da era de ouro, Mauro Coutinho entendia de vozes e de timbres. De equalizações como ninguém. Então se tornou referência, e ensinou o ofício
de "operar". Formou um sem número de novos sonoplastas e operadores de áudio no Rádio. Os primeiros operadores das Rádios, Cidade, Dragão do Mar, Uirapuru e Assunção AM foram preparados para a profissão pelo Mauro. Conhecido, respeitado, virou professor, pois
era demandado a palestrar e ensinar radialistas em todas as regiões. Abria uma emissora, e o cara convocado para o treinamento era ele. Em 1956, e em paralelo ao trabalho no Rádio, foi admitido na sonoplastia do Theatro José de Alencar, onde ficou de 1956 a 2022.
Na cabine de som do teatro, Mauro ganhou o apelido. 'Maestro'. E com maestria sonorizou os mais diversos eventos, espetáculos, shows... Quando a Televisão chegou no CE, trazida
pelos Diários Associados em 1960, Mauro foi o controlista que assumiu a sonorização.
O ouvido afiado de Mauro Coutinho lapidou nomes do Rádio que aprenderam a falar aos
microfones com ele. Moésio Loiola, Samantha Marques, Paulo Oliveira, João Inácio Júnior...
A cara dele, em um primeiro olhar, era do tipo, "poucos amigos". Sua carranca, quase
caricatural, mas era doce no trato, brincalhão e mordaz diante daquilo que condenava.
Ante a decadência administrativa do Rádio, reclamava a seu modo com um bordão. 'E aí
Mauro, tudo bem'? "Tudo esculhambado". Outra. Odiava ser chamado de 'controlista'.
"É sonoplasta. Chame de operador de áudio, mas quem é do meio e chama controlista é
alguém que não nos respeita", bradava. Com o passar dos anos, Mauro Coutinho
se tornou um bambambã dos estúdios de gravação. Trabalhou e produziu discos de
vários artistas cearenses. Pegue um disco antigo e o nome dele tá na contracapa.
A provocação sobre a memória do Mauro é porque o Rádio cearense não zela como
deveria, para preservar a própria história. A nota da Secult definiu Coutinho como
"patrimônio", mas será que alguém o ouviu para que contasse sobre seus feitos? E um
documentário sobre a história do Rádio e de seus pioneiros? Seus maiores heróis?
Se fizerem, um dia, será sem Mauro... Seu derradeiro 'fade out' se deu aos 87 anos.
Eu ficaria grato se fotos dele operando e trabalhando surgissem e fossem postadas
nos comentários em sua homenagem. Não encontrei nenhuma, o que não me
impediu de reverenciar o gigante do Rádio e da sonoplastia que Mauro Coutinho foi...
1937-2024".
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