O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou 2020 com alta de 10,16%, subindo 6,13 pontos percentuais em relação a 2019 (4,03%).
Foi a maior taxa da série com desoneração, iniciada em 2013. Em dezembro de 2020, o Índice subiu 1,94%, ficando 0,12 ponto percentual acima da taxa do mês anterior (1,82%). Em dezembro de 2019, o resultado foi de 0,22%.
O Sinapi mede o Custo Nacional para o Setor Habitacional por metro quadrado, que passou para R$ 1.276,40 em dezembro, sendo R$ 710,33 relativos aos materiais e R$ 566,07 à Mão de Obra. Em novembro, o Custo havia sido de R$ 1.252,10.
- A série foi muito impactada, a partir de julho, pelas altas sequenciais das parcelas dos materiais”, explica o gerente da Pesquisa, Augusto Oliveira. “Em agosto, percebemos que a parcela dos materiais se descolou da outra parcela que compõe o Índice, que é a da Mão de Obra, exercendo uma influência muito grande sobre o agregado”, acrescenta.
A parcela dos materiais apresentou também a maior variação mensal de 2020 em dezembro: 3,39%, subindo 0,24 ponto percentual em relação ao mês anterior (3,15%) e 3,52 pontos percentuais frente a dezembro de 2019 (-0,13%). Já parcela da mão de obra registrou taxa de 0,18%, caindo 0,07 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,25%) e 0,41 ponto percentual frente à taxa de dezembro de 2019 (0,59%).
A Pandemia de Covid-19 explica, em parte, as elevações no segmento de materiais, mas as razões são diversas, segundo Oliveira.
- Pequenas obras, feitas em casa, aqueceram o Mercado durante a Pandemia e esta demanda interferiu na oferta de materiais. Indústrias foram afetadas com limitação de pessoal ou de oferta de matéria prima. Várias situações de mercado, em um período atípico, levaram a um quadro de aceleração dos preços no segmento de materiais e insumos da construção civil, em especial aço, cimento e condutores elétricos, dentre outros”, diz Augusto Oliveira.
O acumulado no ano para 2020 foi de 17,28% nos materiais, enquanto a parcela do Custo com Mão de Obra atingiu 2,33%. Em 2019, a parcela dos materiais fechou em 4,54% e a mão de obra, em 3,47%.
Influenciada pela alta significativa na parcela dos materiais, a Região Nordeste apresentou a maior variação Regional em dezembro (2,37%) e o maior resultado acumulado em 2020 (12,50%). Nas demais regiões, os resultados foram:
- 1,75% (Norte).
- 1,69% (Sudeste).
- 2,27% (Sul).
- 1,35% (Centro-Oeste).
Os Custos Regionais, por metro quadrado, foram:
- R$ 1.289,71 (Norte).
- R$ 1.201,17 (Nordeste).
- R$ 1.319,86 (Sudeste).
- R$ 1.335,31 (Sul).
- R$ 1.260,87 (Centro-Oeste).
Roraima ficou com a maior taxa para o último mês do ano, com 3,41%. No acumulado do ano, a Bahia ficou com a maior taxa, 17,08%, registrando também a maior taxa no acumulado da parcela dos materiais, 28,09%.
Com informações da Agência IBGE de Notícias.
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