Dia Mundial do Glaucoma, uma data importante que visa conscientizar sobre este problema que atinge 900 mil pessoas por ano em todo o Brasil. Para esse tema, o professor e médico oftalmologista, Jaílton Vieira Silva, do Hospital Universitário Walter Cantídio, (HUWC), vinculado à Rede Ebserh, fala sobre a doença, tratamento e medidas de prevenção.
De acordo com o especialista, o glaucoma é uma doença degenerativa de causa desconhecida que leva a perda progressiva das fibras do nervo óptico e que tem na pressão intraocular o seu principal fator de risco.
- É atualmente uma das mais prevalentes causas de cegueira irreversível no mundo. Existem formas congênitas, agudas e crônicas”, alerta o médico.
Ele explica, que o Glaucoma em sua forma mais comum é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas, sendo a consulta regular com um médico oftalmologista, a única forma de prevenção.
- Este poderá detectar os sinais da doença, ainda em sua fase inicial e assim prevenir dano progressivo ao nervo óptico e consequentemente a perda da visão”, esclarece.
Segundo ele, como a prevalência da doença aumenta com a idade, a busca ativa de casos de glaucoma deverá se iniciar aos 40 anos e se manter com exame anual pelo médico oftalmologista.
- Em algumas situações, esse rastreio de glaucoma poderá se iniciar mais cedo como nos glaucomas juvenis’, comenta.
Ele fala, que o tratamento pode ser feito com uso de colírios específicos que controlam a pressão intraocular, na grande maioria dos casos, mas também por meio de procedimentos cirúrgicos com uso de laser para casos refratários ou selecionados.
- A doença não tem cura, mas o tratamento pode retardar ou evitar a perda progressiva da vista”, destaca.
Atendimento no HUWC-UFC: O HUWC/Ebserh oferece suporte ao paciente com glaucoma em todas as suas etapas, desde o diagnóstico precoce até o tratamento cirúrgico de casos complexos e, ainda, fazendo parte do programa nacional de dispensação de medicações para portadores de glaucoma crônico.
- Anualmente o HU participa de campanhas informativas e de rastreio de portadores de glaucoma”, diz o médico.
COMO É O ACESSO? De acordo com a especialista, o HUWC recebe pacientes majoritariamente da rede municipal, mas também da rede estadual, principalmente pacientes de outros municípios fora de Fortaleza. “Em linhas gerais, se uma pessoa mora em Fortaleza e quer avaliar se tem glaucoma deverá procurar o posto de saúde que atende ao seu domicílio para que entre no sistema de regulação da Secretaria Municipal de Fortaleza onde será encaminhado, inicialmente, para uma avaliação oftalmológica geral e, sequencialmente, para avaliação de glaucoma, nos casos que se façam necessários”, explica.
Ainda de acordo com o médico, se a pessoa não mora em Fortaleza, poderá ser encaminhada através de ficha de contrarreferência oriunda da cidade de origem.
- O HU não possui unidade de emergência em oftalmologia, portanto, não recebe paciente diretamente sem uma regulação prévia”, finaliza.
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