Empresas apostam em prática jurídica para acelerar ações de recuperação de crédito
A estratégia tem se mostrado eficaz na recuperação de crédito.
A judicialização não para de crescer no Brasil. De acordo com o relatório Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no ano de 2023 foram peticionados 35 milhões de novas ações nos 91 tribunais de todo o país, um aumento de 9,5% do número de processos em relação a 2022. Mais de 80% das ações estão distribuídas nas Justiças estaduais.
Entre os tipos de ação em que mais ocorrem demandas repetitivas, estão os processos envolvendo cobrança de dívidas e recuperação de crédito. Os escritórios de advocacia que trabalham com os temas realizam uma prática jurídica conhecida como contencioso de massa, onde os clientes, representados legalmente por esses escritórios, possuem múltiplas disputas com características em comum.
De acordo com o advogado Edson Santana, “O contencioso de massa envolve demandas repetitivas e muitas vezes simploriamente padronizadas, o que deve ser visto com cautela pelas empresas credoras. Hoje os resultados positivos na recuperação de crédito estão mais associados a estratégia utilizada do que no simples fato do ajuizamento das ações".
Na área da recuperação de créditos, o contencioso de massa se destaca pela utilização de automatização e padronização dos procedimentos. As instituições financeiras, por exemplo, fazem uso de sistemas e processos uniformes para gerenciar casos similares. Essa abordagem, embora facilite o manejo das demandas, acaba diminuindo a eficiência do trabalho.
Portanto, a eficiência na recuperação do crédito está associada ao tratamento estratégico das demandas. As organizações buscam implementar medidas que acelerem os processos judiciais e administrativos, garantindo uma recuperação rápida e eficaz dos créditos devidos. Ao otimizar essas etapas, as empresas conseguem melhorar seus resultados financeiros e atender às demandas de inadimplência de maneira mais ágil.
Analisar e monitorar os casos também é imprescindível para reduzir os riscos e aumentar o número de sucessos nas ações processuais.
Comentários
Postar um comentário