Misoginia Online: encontro reúne lideranças e autoridades para debater caminhos de enfrentamento na Era das Plataformas.
Promovido pelo Olabi, evento paralelo à X Conferência do MESECVI e à Reunião de Ministras e Altas Autoridades sobre Mulher do Mercosul, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, discute impactos da violência de gênero nos ambientes digitais e as formas de avançar em políticas e recomendações para proteção de meninas e mulheres.
No Brasil e em outros países da América Latina há consenso sobre a necessidade de promover respostas eficazes e articuladas às violências direcionadas a mulheres e meninas em ambientes digitais. O tema ganhou espaço no governo brasileiro e ocupa parte da programação lateral da X Conferência dos Estados Partes do Mecanismo de Acompanhamento da Convenção de Belém do Pará (MESECVI) – promovida pelo Ministério das Mulheres – com o evento “Misoginia Online: Caminhos para o Enfrentamento”, organizado pelo Olabi em parceria ainda com a Secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República e apoio do Governo do Reino Unido e do Fundo Elas. A programação acontece nesta terça (9) e quarta (10 de dezembro de 2025).
Promovido pelo Olabi, evento paralelo à X Conferência do MESECVI e à Reunião de Ministras e Altas Autoridades sobre Mulher do Mercosul, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, discute impactos da violência de gênero nos ambientes digitais e as formas de avançar em políticas e recomendações para proteção de meninas e mulheres.
No Brasil e em outros países da América Latina há consenso sobre a necessidade de promover respostas eficazes e articuladas às violências direcionadas a mulheres e meninas em ambientes digitais. O tema ganhou espaço no governo brasileiro e ocupa parte da programação lateral da X Conferência dos Estados Partes do Mecanismo de Acompanhamento da Convenção de Belém do Pará (MESECVI) – promovida pelo Ministério das Mulheres – com o evento “Misoginia Online: Caminhos para o Enfrentamento”, organizado pelo Olabi em parceria ainda com a Secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República e apoio do Governo do Reino Unido e do Fundo Elas. A programação acontece nesta terça (9) e quarta (10 de dezembro de 2025).
Governos, organismos internacionais e organizações da sociedade civil têm reforçado que as violências não se limitam a ataques individualizados: operam a partir de arquiteturas de rede, modelos de monetização e mecanismos algorítmicos que amplificam conteúdos misóginos e criam barreiras concretas ao exercício pleno de direitos. Os crimes de ódio, as dinâmicas de adultização, desinformação com viés misógino e estruturas de plataformização da violência moldam a experiência digital e impactam diretamente a cidadania, a participação pública e a segurança de mulheres e meninas.
Ao longo dos dois dias, gestoras públicas, pesquisadoras e líderes que atuam em diferentes setores debatem com o objetivo de contribuir para incidências nas agendas de políticas de internet e direitos de meninas e mulheres. O evento busca avançar na compreensão dos impactos da violência de gênero online sobre a democracia, a cidadania e os direitos humanos, além de construir recomendações capazes de incidir em legislações, diretrizes e políticas públicas.
A programação aprofunda debates sobre a violência de gênero como modelo de negócio e a plataformização da misoginia, examina o ECA Digital sob a perspectiva de gênero – especialmente no que diz respeito à adultização de crianças e meninas – e discute caminhos para a responsabilização e o enfrentamento jurídico aos discursos de ódio. Também estão previstas mesas dedicadas ao intercâmbio regional entre países do Mercosul e ao compartilhamento de práticas e marcos em construção em diferentes órgãos públicos.
A abertura contará com a apresentação “Diversidade by design: projetando algoritmos para a justiça de gênero”, ministrada por Silvana Bahia, codiretora executiva do Olabi, que irá mostrar como as arquiteturas algorítmicas podem reproduzir desigualdades, mas também podem ser pensadas para ampliar justiça, segurança e participação.
Em seguida, o painel “Violência de gênero como modelo de negócio: a plataformização da misoginia”, com Bianca Kremer (CGI.br), Nina Santos (SPDIGI/Secom/PR), Daniela Silva e Mariana Valente (participação remota), analisa como arquiteturas de rede, monetização e dinâmicas algorítmicas sustentam e amplificam conteúdos misóginos. A conversa será mediada por Gabriela Agustini, também codiretora executiva do Olabi. O dia termina com a Mesa de Ministras do Mercosul, dedicada a apresentar abordagens e respostas regionais articuladas para enfrentar a violência online.
O segundo dia (quarta-10) aprofunda o debate a partir da perspectiva da infância e da responsabilização jurídica. A programação começa com o Painel “ECA Digital sob a perspectiva de gênero: Misoginia e Adultização de crianças no ambiente online”, reunindo Horrara Moreira (Instituto Curumim Erê), Janara Sousa (Ministério das Mulheres), Luciana Belin (NetLab/UFRJ), Fabiana Pinto (Mulheres Negras Decidem), Livia Rocha (Girl Up) e Maria Mello (participação remota), com mediação de Mariana Ochs (Educamídia). As convidadas analisam como meninas são expostas a ataques, práticas de adultização e conteúdos misóginos que ainda carecem de regulação e respostas públicas.
Na quarta-feira à tarde, a “Mesa de diálogo sobre misoginia e responsabilização” aborda o ciclo da violência online e os desafios jurídicos para enfrentar discursos de ódio direcionados a meninas e mulheres, discutindo limites regulatórios, caminhos para responsabilização e a necessidade de articulação entre órgãos públicos, plataformas e sociedade civil.
Gabriela Agustini explica, que a Misoginia Online opera em múltiplas camadas, sociais, técnicas, econômicas e políticas.
Ao longo dos dois dias, gestoras públicas, pesquisadoras e líderes que atuam em diferentes setores debatem com o objetivo de contribuir para incidências nas agendas de políticas de internet e direitos de meninas e mulheres. O evento busca avançar na compreensão dos impactos da violência de gênero online sobre a democracia, a cidadania e os direitos humanos, além de construir recomendações capazes de incidir em legislações, diretrizes e políticas públicas.
A programação aprofunda debates sobre a violência de gênero como modelo de negócio e a plataformização da misoginia, examina o ECA Digital sob a perspectiva de gênero – especialmente no que diz respeito à adultização de crianças e meninas – e discute caminhos para a responsabilização e o enfrentamento jurídico aos discursos de ódio. Também estão previstas mesas dedicadas ao intercâmbio regional entre países do Mercosul e ao compartilhamento de práticas e marcos em construção em diferentes órgãos públicos.
A abertura contará com a apresentação “Diversidade by design: projetando algoritmos para a justiça de gênero”, ministrada por Silvana Bahia, codiretora executiva do Olabi, que irá mostrar como as arquiteturas algorítmicas podem reproduzir desigualdades, mas também podem ser pensadas para ampliar justiça, segurança e participação.
Em seguida, o painel “Violência de gênero como modelo de negócio: a plataformização da misoginia”, com Bianca Kremer (CGI.br), Nina Santos (SPDIGI/Secom/PR), Daniela Silva e Mariana Valente (participação remota), analisa como arquiteturas de rede, monetização e dinâmicas algorítmicas sustentam e amplificam conteúdos misóginos. A conversa será mediada por Gabriela Agustini, também codiretora executiva do Olabi. O dia termina com a Mesa de Ministras do Mercosul, dedicada a apresentar abordagens e respostas regionais articuladas para enfrentar a violência online.
O segundo dia (quarta-10) aprofunda o debate a partir da perspectiva da infância e da responsabilização jurídica. A programação começa com o Painel “ECA Digital sob a perspectiva de gênero: Misoginia e Adultização de crianças no ambiente online”, reunindo Horrara Moreira (Instituto Curumim Erê), Janara Sousa (Ministério das Mulheres), Luciana Belin (NetLab/UFRJ), Fabiana Pinto (Mulheres Negras Decidem), Livia Rocha (Girl Up) e Maria Mello (participação remota), com mediação de Mariana Ochs (Educamídia). As convidadas analisam como meninas são expostas a ataques, práticas de adultização e conteúdos misóginos que ainda carecem de regulação e respostas públicas.
Na quarta-feira à tarde, a “Mesa de diálogo sobre misoginia e responsabilização” aborda o ciclo da violência online e os desafios jurídicos para enfrentar discursos de ódio direcionados a meninas e mulheres, discutindo limites regulatórios, caminhos para responsabilização e a necessidade de articulação entre órgãos públicos, plataformas e sociedade civil.
Gabriela Agustini explica, que a Misoginia Online opera em múltiplas camadas, sociais, técnicas, econômicas e políticas.
- Reunir especialistas que compreendem essas dimensões, da arquitetura de rede às implicações democráticas, é fundamental para avançar em soluções que sejam realmente coletivas e sustentáveis”, completa.
MESECVI
A X Conferência dos Estados Partes do Mecanismo de Acompanhamento da Convenção de Belém do Pará (MESECVI) é o décimo encontro bienal do órgão político responsável por avaliar o cumprimento da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, adotada em 1994. Criado em 2004, o MESECVI reúne Estados, especialistas e organismos regionais para monitorar avanços, produzir recomendações e fortalecer a cooperação hemisférica sobre violência de gênero, incluindo temas como violência digital, acesso à justiça e reparação.
PROGRAMAÇÃO
MESECVI
A X Conferência dos Estados Partes do Mecanismo de Acompanhamento da Convenção de Belém do Pará (MESECVI) é o décimo encontro bienal do órgão político responsável por avaliar o cumprimento da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, adotada em 1994. Criado em 2004, o MESECVI reúne Estados, especialistas e organismos regionais para monitorar avanços, produzir recomendações e fortalecer a cooperação hemisférica sobre violência de gênero, incluindo temas como violência digital, acesso à justiça e reparação.
PROGRAMAÇÃO
Terça (9)
- 16 horas — Abertura.
- 16h20 — Apresentação: “Diversidade by design: projetando algoritmos para a justiça de gênero”-Silvana Bahia (Olabi).
- 17 horas — Painel 1: “Violência de gênero como modelo de negócio: a plataformização da misoginia”-Bianca Kremer (CGI.br), Nina Santos (SPDIGI/Secom/PR), Daniela Silva (especialista em políticas públicas de internet), Mariana Valente (InternetLab / Universidade de St. Gallen — participação remota) com mediação de Gabriela Agustini (Olabi).
- 18h30 — Mesa de Ministras do Mercosul: “Violência online: respostas regionais articuladas”.
- 19h15 — Encerramento.
- 10 horas — Abertura.
- 10h30 — Painel 2: “ECA Digital sob a perspectiva de gênero: misoginia e adultização de crianças no ambiente online” com Horrara Moreira (Instituto Curumim Erê), Janara Sousa (Ministério das Mulheres), Luciane Belin (NetLab/UFRJ), Fabiana Pinto (Mulheres Negras Decidem), Livia Rocha (Girl Up) e Maria Mello (participação remota). Mediação: Mariana Ochs (Educamídia).
- 12 horas — Intervalo para almoço.
- 14h15 — Mesa de diálogo: “Misoginia e responsabilização: ciclo da violência online e enfrentamento jurídico aos discursos de ódio contra meninas e mulheres”.
- 16 horas — Encerramento.
- Misoginia Online: Caminhos para o Enfrentamento.
- 9 e 10 de dezembro de 2025.
- Centro de Eventos do Ceará (Avenida Washington Soares, 999-Edson Queiroz-Fortaleza-Ceará).
- Realização: Olabi, Ministério das Mulheres e Secretaria de Políticas Digitais / Secom-PR
- Apoio: Governo do Reino Unido e Fundo Elas
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