O debate sobre Jair Bolsonaro mobilizou 1.368.500 publicações no Twitter entre as 19h de terça-feira (28) e as 7h desta quarta (29), impulsionado pelas entrevistas realizadas pelo "Jornal Nacional" e pela Globonews com o candidato à Presidência. Um pico de 144.500 menções (14,4 mil por minuto) foi registrado entre as 21h e as 21h10. O volume total foi superior ao registrado durante o debate da Band, em 09 de agosto, quando as discussões sobre Bolsonaro alcançaram 817,6 mil menções também em 12 horas de análise, com um pico de 4,9 mil tuítes por minuto. Já a repercussão da sabatina anterior promovida pela GloboNews com o candidato, em 03 de agosto, gerou um pico com 3,5 mil menções por minuto no dia 04.


Com as entrevistas de ontem, foi observado ainda um aumento do engajamento nas postagens da página oficial de Jair Bolsonaro no Facebook. Na segunda (27), foram 112.002 curtidas, reações, comentários e compartilhamentos, enquanto na terça (28) foram 1.077.913 de interações — maior engajamento diário da página do candidato ao menos desde 1o de janeiro de 2017 e primeiro dia com volume de interações superior a um milhão.

O debate temático
Assim como na sabatina de Ciro Gomes, a condução da entrevista pela bancada do "Jornal Nacional" foi o que mais mobilizou o debate no Twitter sobre Jair Bolsonaro. Porém, se o apresentador William Bonner foi o foco nas discussões sobre Ciro, no caso de Bolsonaro foi a jornalista Renata Vasconcellos que protagonizou a associação com o candidato. A fala do deputado sobre diferença salarial entre homens e mulheres e a réplica da jornalista sobre o assunto provocaram ampla discussão na rede, principalmente sobre gênero.

Como regularmente ocorre nas discussões sobre Bolsonaro na rede, esse debate também foi fortemente polarizado entre apoiadores e críticos do candidato. Enquanto parte das menções enaltece o questionamento feito por Bolsonaro sobre os salários dos apresentadores, outra elogia a atuação da apresentadora ao replicar a fala com "educação, inteligência e classe". Os elogios a Renata Vasconcellos representam cerca de 38% das referências sobre a condução da entrevista com Bolsonaro. Os usuários também aproveitaram o embate entre o candidato e a apresentadora para, em tom irônico, questionar as pesquisas eleitorais e perguntar em quem o eleitor deveria de fato votar: Bolsonaro ou Vasconcellos.
Já o candidato teve a sua postura como um todo elogiada por seus apoiadores, que ressaltaram características como espontaneidade, coragem e linguagem simples na comunicação com o eleitorado, além de elogios à defesa de valores conservadores como família e religião. Os usuários destacaram ainda o apoio ao Golpe Militar de 64. De forma geral, as menções críticas, além de abordarem negativamente a questão das diferenças salariais entre homens e mulheres, apresentam questionamentos sobre a veracidade das falas de Bolsonaro.
Os usuários também acusam Bolsonaro de espalhar desinformação ao afirmar que um livro que supostamente incentiva sexo entre crianças estaria sendo distribuído em escolas e que a Câmara dos Deputados teria promovido o "9º Seminário LGBT infantil". Conforme checado pela Agência Lupa — parceira da Sala de Democracia Digital — nunca houve no Congresso um "seminário LGBT infantil". O que há, anualmente, é um encontro para discutir questões relacionadas à comunidade LGBT, com um tema diferente a cada edição. Em 2012, o tema era "Infância e sexualidade".
Sobre a temática Segurança Pública, repercutiu a fala de Bolsonaro de que criminoso não é "ser humano normal". Alguns perfis também defenderam a liberação do porte de armas e a ideia de que "bandido bom é bandido morto".
Já a temática econômica foi uma das menos comentadas no debate sobre Bolsonaro. Ainda assim, vale destacar as críticas de usuários ao fato de o candidato ter votado, na Câmara dos Deputados, contra a PEC das Domésticas; e a defesa de apoiadores de Bolsonaro à escolha de Paulo Guedes como ministro da Economia, caso eleito, por admitir não dominar o assunto.

A hashtag mais utilizada nas discussões associadas a Jair Bolsonaro corrobora com a repercussão da sabatina no "Jornal Nacional": #bolsonaronojornalnacional, presente em mais da metade dos tuítes do período (766.360 postagens). A segunda hashtag, #eleições2018, foi publicada em 2,8% das postagens (38.318 publicações). Já a hashtag #bolsonaronaglobonews, que repercute a sabatina no "Jornal das 10" da Globonews, esteve presente em apenas 1% das postagens (13.685 publicações). Vale mencionar também hashtags de apoiadores do presidenciável, presentes em menos de 1% dos posts: #bolsonaropresidente17, #bolsonaro17 e #bolsonaro2018.



Com as entrevistas de ontem, foi observado ainda um aumento do engajamento nas postagens da página oficial de Jair Bolsonaro no Facebook. Na segunda (27), foram 112.002 curtidas, reações, comentários e compartilhamentos, enquanto na terça (28) foram 1.077.913 de interações — maior engajamento diário da página do candidato ao menos desde 1o de janeiro de 2017 e primeiro dia com volume de interações superior a um milhão.

O debate temático
Assim como na sabatina de Ciro Gomes, a condução da entrevista pela bancada do "Jornal Nacional" foi o que mais mobilizou o debate no Twitter sobre Jair Bolsonaro. Porém, se o apresentador William Bonner foi o foco nas discussões sobre Ciro, no caso de Bolsonaro foi a jornalista Renata Vasconcellos que protagonizou a associação com o candidato. A fala do deputado sobre diferença salarial entre homens e mulheres e a réplica da jornalista sobre o assunto provocaram ampla discussão na rede, principalmente sobre gênero.

Como regularmente ocorre nas discussões sobre Bolsonaro na rede, esse debate também foi fortemente polarizado entre apoiadores e críticos do candidato. Enquanto parte das menções enaltece o questionamento feito por Bolsonaro sobre os salários dos apresentadores, outra elogia a atuação da apresentadora ao replicar a fala com "educação, inteligência e classe". Os elogios a Renata Vasconcellos representam cerca de 38% das referências sobre a condução da entrevista com Bolsonaro. Os usuários também aproveitaram o embate entre o candidato e a apresentadora para, em tom irônico, questionar as pesquisas eleitorais e perguntar em quem o eleitor deveria de fato votar: Bolsonaro ou Vasconcellos.
Já o candidato teve a sua postura como um todo elogiada por seus apoiadores, que ressaltaram características como espontaneidade, coragem e linguagem simples na comunicação com o eleitorado, além de elogios à defesa de valores conservadores como família e religião. Os usuários destacaram ainda o apoio ao Golpe Militar de 64. De forma geral, as menções críticas, além de abordarem negativamente a questão das diferenças salariais entre homens e mulheres, apresentam questionamentos sobre a veracidade das falas de Bolsonaro.
Os usuários também acusam Bolsonaro de espalhar desinformação ao afirmar que um livro que supostamente incentiva sexo entre crianças estaria sendo distribuído em escolas e que a Câmara dos Deputados teria promovido o "9º Seminário LGBT infantil". Conforme checado pela Agência Lupa — parceira da Sala de Democracia Digital — nunca houve no Congresso um "seminário LGBT infantil". O que há, anualmente, é um encontro para discutir questões relacionadas à comunidade LGBT, com um tema diferente a cada edição. Em 2012, o tema era "Infância e sexualidade".
Sobre a temática Segurança Pública, repercutiu a fala de Bolsonaro de que criminoso não é "ser humano normal". Alguns perfis também defenderam a liberação do porte de armas e a ideia de que "bandido bom é bandido morto".
Já a temática econômica foi uma das menos comentadas no debate sobre Bolsonaro. Ainda assim, vale destacar as críticas de usuários ao fato de o candidato ter votado, na Câmara dos Deputados, contra a PEC das Domésticas; e a defesa de apoiadores de Bolsonaro à escolha de Paulo Guedes como ministro da Economia, caso eleito, por admitir não dominar o assunto.

A hashtag mais utilizada nas discussões associadas a Jair Bolsonaro corrobora com a repercussão da sabatina no "Jornal Nacional": #bolsonaronojornalnacional, presente em mais da metade dos tuítes do período (766.360 postagens). A segunda hashtag, #eleições2018, foi publicada em 2,8% das postagens (38.318 publicações). Já a hashtag #bolsonaronaglobonews, que repercute a sabatina no "Jornal das 10" da Globonews, esteve presente em apenas 1% das postagens (13.685 publicações). Vale mencionar também hashtags de apoiadores do presidenciável, presentes em menos de 1% dos posts: #bolsonaropresidente17, #bolsonaro17 e #bolsonaro2018.

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