Morreu neste domingo (13 de fevereiro de 2022), em Fortaleza, aos 95 anos o empresário José Romcy.
Juntamente com o irmão, Antônio, José Romcy (foto com esposa Leda Buhamra) construiu uma carreira de sucesso à frente das lojas Romcy, uma das maiores Redes de Departamento e Supermercados que o Ceará já teve. Chegou a empregar diretamente 4.500 pessoas e tinha como ponto forte preços baixos e propagandas.
O Grupo começou em 1948 e foi até a década de 1990 com uma Rede de 13 lojas, sendo 11 em Fortaleza, uma em Maracanaú e uma Central de Compras em São Paulo.
José Romcy era casado com Leda Buhamra Romcy com quem teve quatro filhos (Ricardo, Cláudio, Roberto e Silvana) e vários netos e bisnetos.
Tradicional família de origem sírio libanesa, o clã Romcy chegou a Fortaleza em 1892, com o patriarca Elias Jacob Romcy e a esposa Adelaide Zahlut Romcy.
O velório será nesta segunda-feira (14), a partir das seis da manhã, no Complexo Funerário Ethernus (Rua Padre Valdevino, 1688) com missa de corpo presente às 13 horas., seguida de sepultamento no Cemitério Jardim Metropolitano.
Radialista Cláudio Teran - Um dos maiores empreendedores de todos os tempos na história do Ceará. Tinha 95 anos, e foi um dos fundadores das Lojas Romcy. A propaganda, "Romcy é Romcy barato todo dia" foi por décadas a marca registrada de um negócio que atraia pelas boas ofertas. O saudoso Assis Santos, radialista e homem de mídia com seu vozeirão, ficou conhecido de todos por anunciar os produtos Romcy em horários como o da novela das oito. Zé fundou as Lojas Romcy com seu irmão, Antônio (falecido em 2015) em 1961. Juntos mudaram o varejo cearense pela ousadia. As gigantescas Romcy foram pioneiras no Estado como lojas de departamento. Outro pioneirismo foi o comercio instantâneo movido por propagandas diárias em Rádios, TV, Jornais e na distribuição de folhetos. O Romcy modernizou o comércio do Centro de Fortaleza, e foi visionário ao apostar na descentralização quando implantou as lojas do Montese, Aldeota e Planalto. Nos anos setenta, a Loja do Romcy com sua escada rolante era um símbolo da pujança que o Centro hoje em dia decadente, ainda ostentava. e havia uma sorveteria especial no andar de cima que unia as famílias de clientes, outra estratégia inovadora. Foram décadas de sucesso e ousadia como o agressivo sistema de crediário onde era apregoado que se podia comprar até sem ter carteira de trabalho assinada. Os sucessivos planos econômicos e as idas e vindas da economia nos anos 1990 foram brutais com o Romcy e o império ruiu. A falência representou desemprego e o fim de uma era. José e Antônio perderam força e amarguraram por longo tempo a gestão da massa falida para encerrar as dividas. O prédio onde hoje é o Shopping Benfica, ficou embargado por anos. Ali era para ter sido a última grande loja do Romcy. Curiosamente a informatização da imprensa no Ceará iniciou com o malogro do Romcy. Para pagar o que devia ao Sistema Verdes Mares, o parceiro das propagandas diárias, o estoque da Romcy Informativa equipou com computadores a redação do Diário do Nordeste, mudando paradigmas. E aposentando as máquinas de escrever. A história dos irmãos Romcy daria um denso livro. Os marcos permanecem representados por prédios como o do Carrefour que muitos ainda situam como Romcy Aldeota...
Qual é o parentesco dele com a atriz Ruth Romcy?
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