Informa o professor Antônio Carlos de Freitas, ex-deputado estadual e ex-secretário de Cultura do Ceará:
- Soube há pouco do falecimento do camarada Gustavo Venturi professor da Universidade de São Paulo (USP), sociólogo, militante por uma nova sociedade. Gustavo era um gentleman, finesse a toda prova, sem ser arrogante, soberbo. Um ser humano fantástico, competente e camarada. Lutava contra um câncer, agora virou estrela.
- Na verdade um companheiro extremamente competente e camarada. Essa é a lembrança do Gustavo que me chega a mente agora. Muitas reuniões, e lições inesquecíveis que levarei para o resto da vida. Suas pesquisas e análises precisas foram marcantes para o PT, para Fundação Perseu Abramo, para todas e todos que lutam.
- Até o próximo encontro companheiro, que seja mais demorado, apreciando aquele bom vinho e degustando aquele papo maravilhoso que nos propiciou nessa sua bela passagem por aqui.
Gustavo Venturi!
Presente!
- Professor e jornalista Demétrio Andrade - Não sabia! Inacreditável! Temos um artigo a 4 mãos publicado pela Fundação Perseu Abramo. Um grande teórico e um grande companheiro! Que pena!
- Márcia Scola Dias de Oliveira - Partiu cedo, muito triste. Voa Gustavo Venturi . Que a mãe Terra te receba em seu ventre.
- Nota USP - Com profundo pesar o Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo comunica o falecimento do professor Gustavo Venturi, nesta quinta-feira, 13 de janeiro de 2022. A sua passagem pelo Departamento foi marcada pelo compromisso com os alvos do coletivo, pela dedicação ao trabalho docente, sempre temperados pela sensatez e afetividade que tornavam mais leves os encargos cotidianos e as relações interpessoais. No nosso Departamento titulou-se Mestre em Sociologia (em 1995), tendo-se doutorado, também na USP, em Ciência Política, em 2003, sob a orientação do professor Gabriel Cohn. Inúmeras foram as marcas da sua passagem na Universidade de São Paulo. Ademais do trabalho fecundo que empreendeu no ensino de Métodos na Graduação em Ciências Sociais, Gustavo foi coordenador-adjunto do Consórcio de Informações Sociais (CIS), teve atuação exemplar como cotutor do PET-CS (Programa de Educação Tutorial, do MEC), foi representante do Departamento na Comissão de Direitos Humanos da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [NG1] [AVN2] e assessor do Escritório USP Mulheres, além de pesquisador associado ao Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids (Nepaids - USP), e ao Grupo de Pesquisa em DH (IEA-USP). Sua capacidade de aglutinar colegas e instituições o fez participar, como interlocutor constante do Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP-Unicamp) e do grupo de pesquisa Opinião Pública: marketing político e comportamento eleitoral (CNPq - UFMG). Nos anos mais recentes, a sua agenda intelectual seguia nos animando a explorar fronteiras em temas como moralidade, tolerância à pluralidade identitária, interseccionalidades e direitos humanos. Mas o amplo arco do seu engajamento coletivo e do seu compromisso com o conhecimento socialmente responsável o fez trilhar muitos caminhos antes de chegar à condição de Professor. Estruturou e coordenou o Núcleo de Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo (2007-2014), onde desenvolveu pesquisas, animou redes e publicou resultados em estudos pioneiros sobre cultura política, gêneros e sexualidades, raças e etnias, classes sociais, juventudes e velhices. Enquanto especialista em métodos e técnicas de pesquisa, desde 1996 socializou as ferramentas de análise que dominava em benefício das mais diversas entidades - ONGs, sindicatos, partidos, associações - entre elas o SESC (2006-2013) e a OIT (2013-16). Trabalhou por onze anos no Instituto de Pesquisas Datafolha (1985/96), dirigindo-o por quatro deles. Foi consultor de campanhas eleitorais, além de diretor da Criterium Assessoria em Pesquisas (2001/08), onde atuou na avaliação de políticas públicas, atendendo governos municipais e federal em diferentes áreas. O Departamento de Sociologia se orgulha de tê-lo recebido nessa quadra mais recente da sua trajetória e ter podido se beneficiar da sua energia intelectual, sensibilidade pessoal e do inabalável otimismo, expresso no sorriso que o acompanhou até os últimos momentos. [Nota redigida pela Professora Nadya Araújo Guimarães, com quem Gustavo compartilhou a docência de disciplinas de métodos, a pedido e representando o Departamento de Sociologia].
- Gustavo Venturi foi diretor de operações do Instituto Datafolha e articulista da Folha de São Paulo.
- Jornalista - Paulo Mota - Soube agora que meu amigo Gustavo Venturi não está mais entre nós, após lutar contra um Câncer. Sociólogo brilhante, Gustavo era professor da USP e foi um dos fundadores do Instituto DataFolha. Em 1987, uma decisão do Gustavo mudou totalmente minha vida pra melhor e sempre manifestava minha gratidão quando o encontrava. Eu fazia o último ano de sociologia na UFC, sem perspectivas de trabalho e vi num anúncio de domingo dos classificados do O Povo que o DataFolha estava selecionando pesquisadores no Ceará. Fui lá e foi aí que meu “anjo” Gustavo me selecionou, dentre 79 candidatos, como coordenador do DataFolha no Ceará. Ali foi a ponte pra depois trabalhar como jornalista da Folha de S. Paulo, onde fiquei por 14 anos, e várias oportunidades surgirem em minha vida. Vai em paz, Gustavo, continue brilhando com sua inteligência, elegância e generosidade. Obrigado mais uma vez".
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