A Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), em parceria com o Instituto Cultural Iracema abrem o 71º Salão de Abril, nesta terça-feira (8), às 18 horas, no Centro Cultural Casa do Barão de Camocim (Rua General Sampaio).
O Salão de Abril vai até 12 de fevereiro de 2021, de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e no sábado, das 9 às 16 horas. Diante das restrições decorrentes da Pandemia do Novo Coronavírus, a abertura será fechada ao público, mas o espaço fica aberto nos dias seguintes para visitação.
O 71º Salão de Abril ocorre em um momento singular. O Setor Cultural, durante a Pandemia da Covid-19, sofreu um impacto significativo em função do Isolamento Social e de todos os desafios apresentados por este cenário.
Em 77 anos de existência, o principal Salão de Artes do Ceará é realizado após longo período de ajustes e incertezas, ocupando com fotografias, pinturas, performances, videoartes, bordados, esculturas e instalações o Centro Cultural Casa do Barão de Camocim. Para receber o evento, o espaço foi adaptado seguindo todas as regras de higiene e Distanciamento determinadas por Decreto Municipal.
Em 2020, o Salão de Abril homenageia Chico da Silva, que completaria 110 anos. Foram avaliadas 502 obras pela equipe curatorial, formada pelos profissionais Diego Matos (CE / SP), Júlia Rebouças (SE/SP) e Paulo Portella (SP). Dos 336 artistas inscritos, 30 foram selecionados para a mostra.
Obras - As obras expostas no 71º Salão de Abril são:
- “Firmamento”, de Anie Barreto.
- “BRA”, de Benia Almeida.
- “Cachorra parindo” e “Os índios Quixelô”, de Arivanio Alves;
- “-stórias de exposição em isolamento”, de Artur Bombonato;
- “Mastro de Cruzeiro”, de Cadeh Juaçaba;
- “O tempo que o mundo parou”, de Cecília Bichucher;
- “Fugasimpossíveis”, de Clébson Francisco;
- “Bestiário-Casa”, de Raísa Inocêncio e Daniel Rocha;
- “TERRA PROMETIDA”, de Duda Jaguar, Ella Monstra, Ellícia Marie, Lui Fontenele, Muriel Cruz, Rao Ni, Silvia Miranda e Yara Canta;
- “Banho no Rio”, de Félix;
- “ROMARIA-SE”, de Filipe Alves;
- “Deslocamentos”, de Gustavo Diogenes;
- “Crítica Radical”, de Ícaro Lira;
- “Máscara de proteção”, de Jamille Queiroz;
- “124 corpos/365 dias”, de João Paulo Duarte de Sousa;
- “Dragão sobre a Cidade”, de Lana Benigno;
- “Experimento Metamorfa #2”, de Levi Mota Muniz (A Banida) e Leonardo Zingano Netto;
- “Gestos: Lavar”, de Lucas Madi;
- “Favor não deixar a janela aberta”, de Luciana Rodrigues;
- “OVNI: objetos voadores negros ignorados ou naves para a elaboração de um futuro negro”, de Conceição Soares – Teatro na Porta de Casa;
- “Para Vestir Ìgbín”, de Mel Andrade;
- 'Sombra do Tempo', de Naiana Magalhães;
- “Como falar o indizível”, de Renata Froan;
- “Autorretrato: Desde quando você nasceu”, de Simone Barreto;
- “Desejos Reprimidos”, de Soupixo;
- “Centro de Gravidade”, de Sy Gomes;
- “Terraaterra – Como Construir Nosso Próprio País”, de Terroristas del Amor;
- “Aplicabilidades de um Barco”, de Tiago Pedro de Araújo Pereira;
- “Vende-se”, de Virgínia Pinho;
- “Serrinha Luz e Cores”, de Yuri Juatama.
Seminário - A programação do 71º Salão de Abril conta com o Seminário “Chico da Silva: Vida, Obra e Arte Contemporânea”, de 12 a 18 de dezembro, no Canal do Youtube da Secultfor. A ação é composta por palestras, debates e workshops abertos ao público. As ações formativas propõem interlocuções entre público e obras, sobretudo voltadas para formação de novos artistas.
Em 14 de dezembro, às 18 horas, o público poderá assistir a palestra “Chico da Silva e o Salão de Abril – A criação de uma nova escola de artes, trajetória e desafios”, com Hélio Rola e Roberto Galvão, e mediação de Carlos Macêdo.
Já em 16 de dezembro, às 18 horas, ocorre o debate “Chico da Silva: 110 Anos – História e percurso do artista nas artes visuais”, com Gilberto Brito e Graciele Siqueira, mediação do curador Paulo Portella Filho.
Por fim, no dia 18, às 18 horas, Max Perlingeiro e Dodora Guimarães debatem sobre “O Mercado de Arte do Brasil e os desafios para a classe artística – Percurso do artista Chico da Silva”, com mediação de Hélio Rola.
A programação conta com os workshops “Técnicas utilizadas pelo Chico da Silva”, no dia 14, às 18 horas, com o restaurador de obras de artes e estudioso de Chico da Silva, Gilberto Brito. O curador Diego Matos ainda realizará um encontro sobre “Práticas Curatoriais: Experiências, Tipologias e Narrativas”, em 12 e 13 de dezembro, das 11 horas às 12h30. Toda programação ocorrerá no canal da Secultfor na plataforma de vídeos Youtube.
Chico da Silva - Chico da Silva nasceu no Acre, mas fez carreira em Fortaleza ao desenhar a carvão e giz sobre muros e paredes da comunidade de pescadores do bairro Pirambu, na década de 1930.
O artista autodidata, descoberto pelo pintor suíço Jean-Pierre Chablô, ganhou reconhecimento internacional pela sua obra inconfundível. A Prefeitura de Fortaleza instituiu em 2020, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), o “Ano Chico da Silva”, a partir do decreto nº 14.574 de 27 de dezembro de 2019. Entre os projetos que prestam a homenagem ao artista está a 71ª edição do Salão de Abril.
Serviço
- Abertura do 71º Salão de Abril
- Terça (8), às 18 horas.
- Centro Cultural Casa do Barão de Camocim-Rua General Sampaio.
- O evento será fechado ao público, mas nos dias seguintes o espaço abre para visitação, respeitando a capacidade máxima do equipamento e as regras de higiene e Distanciamento Social.
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