Jornalista e escritor Eliézer Rodrigues - LEONARDO, O ÚLTIMO JORNALEIRO-Dos domingos de outrora, também, surgem no meu retrovisor as idas à Praça do Ferreira, na banca do Bodinho, com objetivo de comprar Jornais do Sul, especialmente o Jornal do Brasil (JB). Fazia fila de leitores, diante daquela montanha de exemplares de Jornais. E quando o avião atrasava ? Era um sufoco. No mesmo dia, voltava, novamente à banca do Bodinho, muitas vezes à noite. Naquele dia da semana, comprar Jornal do Sul, na Praça do Ferreira, era um ritual. O Jornal do Brasil fechou, o Bodinho morreu, as Bancas de Jornais e revistas estão desaparecendo por falta de compradores. Até a figura do jornaleiro desapareceu das esquinas. Leonardo (foto) foi o último jornaleiro que conheci, à época ainda existia o Diário do Nordeste impresso.
- Jornalista, radialista, professor e ex-jornaleiro Lauriberto Braga - Fui jornaleiro nos anos 1970 e nos primeiros anos 1980, antes de entrar, na Faculdade de Comunicação Social-Jornalismo, da Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1983. Vendia, no Mercado São Sebastião, seis Jornais: O Povo, Unitário, Correio do Ceará, Tribuna do Ceará, O Estado e Diário do Nordeste. Aproveitava para lê as edições sempre bem informativas dos seis Jornais Cearenses. Dai o desejo de ser jornalista e professsor.
- Autônoma Socorro Souza - Que saudade desse tempo! Nosso último jornaleiro Leonardo, hoje vende verdura nas portas em um carrinho de mão. Lembro deles nos semáforos da Cidade. Eram muitos. Lembro, que tinha um caminho, que em frente ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), deixavam eles e cada qual ia para seu Posto de Trabalho".
- Jornalista Ednna Maria - Pois num é Eliezer, ler os Jornais do Sul, era um privilégio para mim. A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) tinha a assinatura de alguns, como a Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo (Estadão). Quanto aos jornaleiros, que chegavam cedo aos sinais, para vender Jornal, era uma alegria vê-los. Que pena que tudo muda tão rápido.
- Conteudista Digital Hamilton Freitas - Lembro que o meu primo trabalhou na entrega de Jornais nas casas dos Assinantes. Vizinho a casa dos meus pais, quando eu era criança, tínhamos uma família, que sempre comprava o Diário do Nordeste, no domingo. Peguei gosto pela leitura dos Jornais. Já eu adolescente, na semana, lia na Biblioteca Municipal de Caucaia, onde anos mais tarde me tornaria diretor. Depois fui morar em Fortaleza, onde lia todos os Jornais Semanais, na Biblioteca do Serviço Social do Comércio-Sesc São Sebastião.Durante muitos anos, alimentava o sonho de ser assinante do O Povo, meu preferido. Que delícia folear um jornal fresquinho logo pela manhã".
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