Morre, aos 84 anos, o jornalista cearense José Gervásio de Paula Lima. Velório, de 10h30 às 16 horas desta quinta-feira (10/7/2025), na sede da Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Rua Joaquim Sá, 545-Dionísio Torres-Fortaleza-Ceará) com celebração às 15 horas.
- Jornalista Lauriberto Braga: Nascido, em 10/4/1941, Gervásio de Paula fez o bom combate no Jornalismo. Pêsames as filhas de Gervásio, Janaina e Giovana (jornalistas) e Juliana.
- Radialista Aderbal Bezerra: Que notícia triste para essa quinta-feira. A gente custa acreditar, que Gervásio nos deixou. Meus sentidos pêsames aos familiares e amigos. E que Deus o receba no Seu Reino".
- Genro de Gervásio, João Alfredo Teles: Referência fundamental para jornalistas de várias gerações, Gervásio, pai de minha companheira Janaina e de Giovana e Juliana (as duas primeiras, jornalistas como ele), deixa como legado sua trajetória de coerência na luta democrática em nosso país, ele, que foi militante do velho Partidão. Seu texto escorreito, combativo e inteligente, assim como seu humor afiado, sua generosidade humanista e seu amor pelas filhas, netas e neto farão muita falta nestes tempos duros de combate ao fascismo. Pessoalmente, sou muito grato a ele por todos os conselhos e propostas, que sempre me dirigiu, especialmente quando fui parlamentar. Fazia questão de me propor homenagens a colegas comunistas por meio de pronunciamentos que eu lia nas tribunas das casas legislativas por onde passei. Não posso esquecer, que foi dele a ideia de renomear a Praça 31 de Março para Praça D. Helder, fazendo justiça ao bravo prelado cearense. De um coração imenso, GP (era assim, que ele assinava suas mensagens) é dessa plêiade de jornalistas, como Jader de Carvalho, Dorian Sampaio e Neno Cavalcante, que não deixam nenhuma riqueza material (que ele desprezava), mas, sim, o testamento de uma vida vivida com integridade, compromisso e dignidade. Descansa em paz, GP! Muito obrigado por tudo!
- Professor Silas de Paula: Meu amigo Gervásio de Paula partiu. Tínhamos o mesmo sobrenome e, com o tempo, nos tornamos família por afeto. Fui adotado pelos De Paula há muitos anos, num gesto de carinho e cumplicidade que a vida nos deu. Trabalhamos juntos no O Mutirão, um jornal independente e corajoso durante os duros tempos da ditadura. A sua escrita afiada, a sua visão crítica e o seu compromisso incansável com a verdade marcaram quem teve o privilégio de cruzar o seu caminho. Vai fazer falta, Gervásio. E muita. Que siga em paz, meu amigo. E, tenho certeza de que, nesta nova dimensão onde você se encontra, não vai sossegar. Vai continuar a sua eterna luta por um mundo mais justo e mais humano".
- Sindjorce: O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) lamenta profundamente o falecimento do jornalista José Gervásio de Paula Lima, aos 84 anos, ocorrido nesta quinta-feira (10/7/2025), em decorrência de complicações de Saúde. Filiado 249, Gervásio tornou-se sócio do Sindjorce em 1º/6/1970 e dedicou toda uma vida ao Jornalismo, exercendo a profissão com coragem, ética e compromisso com a verdade. Iniciou sua trajetória na década de 1950, como aprendiz de revisor no jornal O Estado, e passou por importantes redações cearenses, como O Povo, Diário do Nordeste, Diário do Povo, Gazeta de Notícias e Tribuna do Ceará. Também atuou como correspondente dos jornais Em Tempo (SP), Tribuna da Imprensa, Opinião (RJ) e Jornal do País, além de colaborar com o Jornal do Brasil, Correio do Povo (Porto Alegre) e Correio Braziliense.
Gervásio foi o primeiro editor do jornal alternativo Mutirão, que circulou entre 1977 e 1982, sendo um importante porta-voz dos movimentos sociais e um instrumento de resistência à ditadura militar. Na comunicação radiofônica, atuou como redator das rádios Uirapuru e Dragão do Mar, e também escreveu para revistas como a Caros Amigos. É autor da biografia Américo Barreira: Um Estadista do Municipalismo e coautor da obra Amazônia Retalhada, em parceria com os jornalistas Frota Neto e Euciano Barreira. Durante o Regime Militar Brasileiro, Gervásio foi vítima de prisão arbitrária e tortura. De acordo com o Relatório da Comissão da Verdade do Ceará, ele foi detido em 15/4/1974, em Fortaleza, no lugar de outro militante político, José de Paula. Jornalista combativo, generoso e profundamente humano, Gervásio de Paula deixa um legado de dignidade, solidariedade e resistência. Sua história seguirá como exemplo para toda a categoria. O velório será realizado na sede do Sindjorce (Rua Joaquim Sá, 545-Dionísio Torres), nesta quinta-feira (10/7), das 10h30 às 16 horas, com celebração de despedida às 15 horas. Que sua Memória siga viva na luta por um Jornalismo mais justo, livre e comprometido com os direitos humanos. Toda nossa solidariedade aos familiares, amigos e colegas de profissão". - ACI: A Associação Cearense de Imprensa (ACI) lamenta, com profundo pesar, o falecimento do jornalista José Gervásio de Paula Lima, aos 82 anos, ocorrido nesta quinta-feira (10).
Jornalista combativo, generoso e profundamente humano, Gervásio dedicou a vida a comunicação com coragem, ética e compromisso com a verdade. Atuou em importantes veículos cearenses e nacionais, foi o primeiro editor do jornal alternativo Mutirão, e marcou sua trajetória como uma voz firme na resistência à Ditadura Militar. Autor de obras relevantes como Américo Barreira: Um Estadista do Municipalismo e coautor de Amazônia Retalhada, Gervásio deixa um legado de dignidade, solidariedade e resistência. Sua história seguirá como exemplo para toda a imprensa cearense. A ACI se solidariza com familiares, amigos e colegas de profissão, desejando força neste momento de dor. Que sua memória siga viva na luta por uma imprensa mais justa, humana e corajosa".
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