Encontrei no Seminário Nacional pela Alfabetização 2025 realizado, no Gran Mareiro Hotel Praia do Futuro nesta quarta-feira (6) e quinta-feira (7/8), os jornalistas:
- Alana Araújo.
- José Paulo Araújo.
- Carol Kossling.
- Lucirene Maciel.
- Amélia Mamede.
- Henrique Polidoro.
- Mauro Costa.
- Aurimar Monteiro.
Seminário comandado pelo professor Veveu Arrudao, presidente da Associação Bem Comum com as presenças de:
- Evandro Leitão.
- Camilo Santana.
- Cid Gomes.
- Izolda Cela.
- Ricardo Pereira.
- Rodrigo Coelho.
- Manuel Palacios.
- Marcio Pochmann.
- Janiele Braga.
No primeiro Painel da quinta (7) foram discutidas “Práticas e Políticas para a Promoção da Alfabetização com Equidade e Inclusão”. A mesa trouxe um olhar cuidadoso e sensível sobre os desafios da diversidade na educação. Com mediação de Socorro Batista, secretária de Estado da Educação do Rio Grande do Norte, o painel reuniu representantes de diferentes instituições que atuam diretamente com políticas de dados, formação, inclusão e equidade.
Márcio Pochmann, presidente do IBGE, destacou o papel das políticas públicas eficazes:
Márcio Pochmann, presidente do IBGE, destacou o papel das políticas públicas eficazes:
- Estamos vivendo uma época permeada de mudanças e isso nos leva a refletir sobre a alfabetização. O Brasil é um país que se coloca cada vez mais no centro do mundo, com as suas dificuldades, evidentemente, mas também com uma imensa oportunidade de ter um desafio de construir políticas de natureza preditiva, de enfrentamento das desigualdades regionais”.
Mário Bento, diretor do Programa de Indicadores do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), reforçou que a equidade precisa estar no centro das decisões:
Mário Bento, diretor do Programa de Indicadores do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), reforçou que a equidade precisa estar no centro das decisões:
- Neste diálogo tão importante, a gente precisa discutir a importância de trabalhar com a informação racial dentro dos dados, para nos permitir entender o presente, pensar à frente e construir um futuro para todas as crianças e para todos que precisam estar nessa sociedade em pé de igualdade. Não se trata apenas de oferecer o mesmo para todos, mas de garantir o que cada criança precisa para aprender. Isso exige intencionalidade e sensibilidade antirracista”.
Representando o Programa AlfaMais Goiás, a secretária de Educação do Estado, Fátima Rossi compartilhou experiências do estado:
Representando o Programa AlfaMais Goiás, a secretária de Educação do Estado, Fátima Rossi compartilhou experiências do estado:
- O avanço em Goiás só foi possível porque enfrentamos nossas desigualdades educacionais de frente. Nós tínhamos uma inquietação: alfabetizar todas as crianças na idade certa, inclusive as indígenas. E foi com essa inquietação que nasceu um material didático especial para elas. Assumimos o compromisso de elaborar esse material para os povos originários do nosso estado. E foi a partir daí que começamos a tirar o projeto de alfabetizar crianças indígenas do papel. Pensamos que promover equidade exige escuta ativa, pactuação com os municípios e trabalho com foco no chão da escola”.
Kátia Cibas, coordenadora de formação do Instituto Rodrigo Mendes, defendeu a inclusão como pilar estruturante:
Kátia Cibas, coordenadora de formação do Instituto Rodrigo Mendes, defendeu a inclusão como pilar estruturante:
- No Instituto Rodrigo Mendes temos a missão de colaborar para que toda pessoa com deficiência tenha uma educação de qualidade, em escolas inclusivas. Nosso sonho é fazer parte de uma sociedade inclusiva, que garanta a igualdade de direitos e valorize as diferenças humanas. O que estamos fazendo? Quais são as barreiras impostas que não possibilitam a aprendizagem? Então, é preciso romper a lógica da exclusão pela omissão. A formação de professores tem que considerar a diversidade humana como regra e não como exceção”.
Charmenia Freitas, gerente da Célula de Diversidade da Secretaria de Educação de Fortaleza (CE), trouxe uma perspectiva mais macro:
Charmenia Freitas, gerente da Célula de Diversidade da Secretaria de Educação de Fortaleza (CE), trouxe uma perspectiva mais macro:
- A Coordenadoria da Diversidade e Inclusão no município de Fortaleza veio para falar de equidade racial, porque enquanto na nossa sociedade existirem pessoas racistas, homofóbicas, transfóbicas ou com outro qualquer tipo de preconceito capacitista, nós não seremos uma sociedade amplamente ética. Equidade, para nós, é Política concreta. É chegar nas escolas com material, com formação e com representatividade”.
O segundo painel da manhã desta quinta (7) trouxe para a discussão as “Avaliações em larga escala: Indicador Criança Alfabetizada, SAEB e expectativas de aprendizagem”. Com um debate técnico sobre os instrumentos de avaliação da alfabetização e dos anos iniciais, a mesa foi mediada por Fábio Pereira Vaz, secretário de Estado da Educação do Tocantins, que abriu a conversa apresentando uma reflexão sobre seu Estado:
- O Estado do Tocantins teve seu sistema de avaliação criado em 2023. E na hora de apresentar os resultados para o MEC, nós fomos o maior avanço percentual do país. Eu fui prefeito por muitos anos, e eu fui um prefeito educador, mas vi no estado a dificuldade que é a alta gestão compreender os números. E nós precisamos dar condições de facilitar esse entendimento. Avaliação não é um fim em si mesma, mas uma ferramenta para a tomada de decisões pedagógicas com mais precisão e Justiça.”
Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), enfatizou os processos de avaliação:
Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), enfatizou os processos de avaliação:
- A avaliação feita pelos sistemas estaduais serve como uma ferramenta de apoio à gestão de uma maneira muito mais significativa do que uma avaliação nacional sem o ponto de vista das iniciativas estaduais. No rastro dessa iniciativa, sistemas de incentivo estaduais ao progresso da educação brasileira foram criados em quase todas as unidades da Federação. Precisa-se criar um ambiente de incentivo continuado, que seja vinculado entre a União e o Estado. Nós precisamos ter avaliações convergentes e estamos empenhados em tornar nossas avaliações mais sensíveis às realidades das redes e mais úteis para o planejamento educacional”, reforçou.
Hilda Linhares, diretora de Avaliação da Educação Básica do INEP, finalizou a manhã reforçando a importância da realização de grandes encontros como o Seminário Nacional pela Alfabetização:
Hilda Linhares, diretora de Avaliação da Educação Básica do INEP, finalizou a manhã reforçando a importância da realização de grandes encontros como o Seminário Nacional pela Alfabetização:
- Momentos como esse têm um papel importante porque, para além desta possibilidade de trocas e aprendizados, também são momentos de celebração das nossas trajetórias. Eu olho para o que construímos até hoje e me sinto muito privilegiada porque vejo pessoas que, ao longo do tempo, vêm contribuído de uma forma significativa para o avanço da Educação no país e poder compartilhar agora, deste lugar de diretoria de avaliação da educação básica, com essa plateia, aquilo que nós temos projetado para o SAEB e como nós percebemos que isso possa trazer uma contribuição para as redes, é realmente muito especial. Não basta medir. É preciso devolver os dados às redes com sentido, com clareza e com intenção pedagógica”.
O último dia foi dedicado a reflexões sobre a cooperação federativa e a mobilização social. A primeira mesa, com o tema “Fortalecimento das Regionais e a Política de Alfabetização: Caminhos para uma Colaboração”, reuniu Maurício Holanda, consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Emanuelle Oliveira, secretária executiva de Cooperação com os Municípios do Ceará, e Gislene Nara Dias da Silva, formadora alfabetizadora do Espírito Santo.
Maurício Holanda destacou a importância da articulação entre estados e municípios para o êxito das políticas públicas.
O último dia foi dedicado a reflexões sobre a cooperação federativa e a mobilização social. A primeira mesa, com o tema “Fortalecimento das Regionais e a Política de Alfabetização: Caminhos para uma Colaboração”, reuniu Maurício Holanda, consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Emanuelle Oliveira, secretária executiva de Cooperação com os Municípios do Ceará, e Gislene Nara Dias da Silva, formadora alfabetizadora do Espírito Santo.
Maurício Holanda destacou a importância da articulação entre estados e municípios para o êxito das políticas públicas.
- Uma política de alfabetização só tem chance de sucesso se for construída com colaboração real entre municípios e estados. Mas muitas vezes, um elo essencial é negligenciado nesse processo”, ressalta.
Já Emanuelle Oliveira reforçou a necessidade de relações horizontais entre os entes federativos.
Já Emanuelle Oliveira reforçou a necessidade de relações horizontais entre os entes federativos.
- Quando falamos em fortalecimento, falamos em colaboração lado a lado. Não se trata de uma relação hierárquica, mas de um envolvimento conjunto e comprometido entre estados e municípios”, destaca.
No segundo pPnel, “Alfabetização como Compromisso Ético do Brasil: O Engajamento Público e a Mobilização Social”, o debate ampliou-se para o papel da sociedade e das instituições no enfrentamento do desafio educacional. A discussão contou com a presença do senador Cid Gomes, presidente da Subcomissão Permanente de Alfabetização no Senado Federal, além de Rodrigo Coelho Conselheiro do Tribunal de Contas/ES, Ricardo Pereira, ex-prefeito de Princesa Isabel/PB, Laôr Fernandes Representante FIESP, Roberta Oliveira Representante do Conselho Nacional do Sesi, e Antônia Janiele Braga da Silva Mãe de 3 estudantes de Escola Pública/Sobral-CE.
Durante o painel, o senador Cid Gomes defendeu a alfabetização como prioridade nacional e destacou a educação como vetor de transformação social.
No segundo pPnel, “Alfabetização como Compromisso Ético do Brasil: O Engajamento Público e a Mobilização Social”, o debate ampliou-se para o papel da sociedade e das instituições no enfrentamento do desafio educacional. A discussão contou com a presença do senador Cid Gomes, presidente da Subcomissão Permanente de Alfabetização no Senado Federal, além de Rodrigo Coelho Conselheiro do Tribunal de Contas/ES, Ricardo Pereira, ex-prefeito de Princesa Isabel/PB, Laôr Fernandes Representante FIESP, Roberta Oliveira Representante do Conselho Nacional do Sesi, e Antônia Janiele Braga da Silva Mãe de 3 estudantes de Escola Pública/Sobral-CE.
Durante o painel, o senador Cid Gomes defendeu a alfabetização como prioridade nacional e destacou a educação como vetor de transformação social.
- Estou na vida pública porque acredito que todas as pessoas devem ter a chance de realizar seus sonhos, e isso só é possível por meio da Educação. Nosso maior desafio é garantir uma escola pública de qualidade para todos os brasileiros”, lembra.
A mesa foi mediada por Veveu Arruda, diretor-presidente da Associação Bem Comum, que destacou o papel da liderança política na consolidação de políticas de alfabetização.
O encerramento do Seminário consolidou o evento como um marco no debate educacional brasileiro. Entre consensos e divergências, ficou claro o recado dos participantes: alfabetizar todas as crianças é uma urgência ética, política e social. Para isso, será necessário compromisso federativo, investimento consistente e engajamento ativo de toda a sociedade.
A mesa foi mediada por Veveu Arruda, diretor-presidente da Associação Bem Comum, que destacou o papel da liderança política na consolidação de políticas de alfabetização.
O encerramento do Seminário consolidou o evento como um marco no debate educacional brasileiro. Entre consensos e divergências, ficou claro o recado dos participantes: alfabetizar todas as crianças é uma urgência ética, política e social. Para isso, será necessário compromisso federativo, investimento consistente e engajamento ativo de toda a sociedade.
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